segunda-feira, 30 de maio de 2011

Little Walter

Marion Walter Jacobs, conhecido como Little Walter (Marksville, Louisiana, primeiro de Maio de 1930 — Burbank, 15 de Fevereiro de 1968) foi um cantor, guitarrista e gaitista de blues norte-americano. Um de seus maiores sucessos foi a canção "My Babe" em 1955 composta por Willie Dixon.

Dizer que Little Walter está para harmônica de blues como Charlie Parker está para o saxofone de jazz e Jimmy Hendrix para guitarra de rock não é nenhum exagero.

Indiscutivelmente o mais revolucionário e influente artista da história desse instrumento no blues, Little Walter Jacobs criou a maior parte do arsenal de técnicas e fraseados que passaram a ser ouvidos desde então no instrumento. Escutem abaixo "Thunderbird": (Para a Tiffany Harp, com todo o carinho de um bossa-novista que é o seu pai...)




Fontes: Wikipedia; Youtube; Little Walter - Um Tributo, por Flávio Guimarães.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A governanta

Ela chega amanhã. Vai ganhar Cr$ 100 mil, mas vale a pena — quem falava assim era a mulher de Al­cindo. Já tinham discutido às pampas, o Alcindo e a mu­lher, por causa da tal empregada.

Dona Míriam — mulher do Alcindo — tinha conseguido a empregada com uma parceira de pif-paf, uma tal de Iolanda, com a qual o Al­cindo sempre implicou. Mulherzinha gastadeira, que es­banjava o dinheiro do marido no jogo.

Dona Míriam era vidrada na Iolanda. Achava a Iolan­da o fino da elegância. Imitava a Iolanda, fazia vestidos na costureira da Iolanda, penteava o cabelo no mesmo cabeleireiro da Iolanda e dera até para gastar como a Iolanda.

O Alcindo ia suportando tudo porque os programas de pif-paf da Dona Miriam lhe davam uma frente bárbara. Enquanto a mulher estava fazendo seqüências, trincas, "lo­bas" e outras besteiras, ele ia se espalhando pelas boates, fazendo suas miserinhas pela aí. O Alcindo era muito assa­nhado.

Ultimamente, porém, a Iolanda começara a mandar também em sua casa. Aconselhara Dona Míriam a mudar os móveis da sala (Alcindo teve até que assinar um papa­gaio no Zé Luís para quebrar o galho), fizera Dona Míriam aderir às suas dietas para manter a linha (Alcindo já se sentia um mísero herbívoro de tanto mastigar saladas), e tudo culminara com a dispensa das duas empregadas que não eram lá essas coisas, mas pelo menos respeitavam o patrão.

Dona Míriam — sempre achando que a Iolanda era o máximo - ia seguindo os conselhos. Lá se foram as duas domésticas simplórias e viera a novidade: a Iolanda arran­jara uma espécie de governanta. Uma moça que trabalha­ra para os Martorelli.

— Uma governanta perfeita. Fala até um pouco de inglês - informou Dona Míriam, exaltando as qualidades da nova contratada.

E naquela tarde discutiram pra valer, com Alcindo irritado de tanta badalação dentro de casa. Mas, como Dona Míriam ia passar a noite na casa do pai (o velho esta­va quase abotoando o paletó) e ele ia a um pré-carnavalesco legal organizado pelo Pindoba — grande técnico na es­truturação de badernas íntimas —, acabou concordando.

— Ela chega amanhã. Vai ganhar Cr$ 100 mil, mas vale a pena — foram as últimas palavras de Dona Míriam, antes de sair para a casa do pai moribundozinho.

Alcindo inda ficou zanzando pela casa, tentando se acostumar à idéia de uma governanta em casa; uma mulherzinha provavelmente cheia de chiques, que iria inibir sua comodidade dentro do próprio lar. Grande chatea­ção! Não fosse a perspectiva da farra no tal pré-carnavalesco, e o Alcindo estaria uma fera.

Quando saiu pra festa estava mais calmo. Meteu uma bermuda, uma camisa folgada e mandou brasa. O forró foi numa dessas boates também chamadas de "inferninho", onde o diabo não entra para não se comprometer.

No escurinho tava valendo tudo. Com dois minutos do tem­po regulamentar o Alcindo já estava armado. Pegou uma zinha mais ou menos, lourinha, de narizinho fino e um rebolado que não era assim aquele estouro mas que tam­bém não era de se deixar pra lá.

A noite inteira agarrado, enquanto uma charanga segundo time tocava uma marchinha chamada "O Cachorrinho do Lalau". Quando a charanga meteu o "Cidade Maravilhosa", que dá por en­cerrados os debates, o Alcindo estava de moringa cheia e doido pela lourinha. Fez tudo para comprar o seu passe, mas na confusão da saída, caindo pelas tabelas de tão bêbedo, a lourinha sumiu e ele nem sabe como chegou em casa.

Mas que chegou, isto chegou. Tanto que, no dia se­guinte de manhã, acordou com Dona Míriam a catucá-lo: — Levanta, Alcindo. A Dolores já está aí.

- Dolores?, Que Dolores?

- A governanta. Já estudamos os horários. Ela acha que não devemos dormir depois das dez. O breakfast pode tirar o apetite para o almoço.

Alcindo levantou-se estremunhado. Entrou debaixo do chuveiro (era dia de adutora consertada) e tomou uma ducha legal. Quando chegou na sala de jantar, foi aquele espanto. Sua mulher ouvia encantada as "ordens" da go­vernanta. E a governanta era igualzinha à lourinha da vés­pera. Seria a mesma? Era muito azar do goleiro. Alcindo cumprimentou-a meio ressabiado. Ela respondeu com um sorriso amável. Não, não era a mesma. Estava era imagi­nando besteira. Mas foi Dona Miriam ir lá pra dentro e a governanta começou a cantarolar baixinho a marcha "O Cachorrinho do Lalau".

Coitado do Alcindo, anda numa rosca soviética! Só ato institucional pra cima dele a governanta já assinou uns três para cercear os seus direitos humanos.

Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Como surgiu o biquini

Michelini Bernardini
Em 1946, Louis Réard fez pela moda praia uma verdadeira bomba atômica quando “batizou” uma peça de roupa de banho de “biquíni”, nome inspirado no Atol de Bikini, localizado no Oceano Pacífico.

Os testes da bomba atômica foram realizados cinco dias antes. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era o grande acontecimento na época, e acabou sendo inspiração para o nome das invenções do engenheiro francês que cuidava do atelier de sua mãe.

Réard se inspirou no local de teste das bombas, o atol de Bikini, no sul do Pacífico, para batizar sua invenção, menor ainda do que a de Heim (por isso acabou se dando melhor e o biquíni estourou no mundo da moda como uma bomba atômica).

Pela origem latina do nome, parece não ter tido escolha mais perfeita para o nome: BI significa “dois” e KINI quer dizer “polegadas quadradas de Lycra”.

A sua idéia era tão desafiante que quando apareceu apenas poucas mulheres tiveram coragem de se exibir usando o biquíni. Quem teve de divulgar a nova sensação foi Micheline Bernardini, dançarina do Cassino do Paris (acostumada a se apresentar em panos mínimos nos musicais noturnos da casa).

Brigitte Bardot em Saint Tropez.
Em 1956, a francesa Brigitte Bardot imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos.

O biquíni sofreu proibições em várias partes do mundo e inclusive no Brasil. O tempo foi passando, o biquíni diminuindo de tamanho e nos anos 1960 surge uma peça denominada “engana mamãe”, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni.

Mas foi no início dos 1970, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga.


Fonte: http://kvinnas.fashionblog.com.br/2/#

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A glamourosa Carroll Baker

A atriz Carroll Baker (Karolina Piekarski) nasceu em Johnstown, Pennsylvania, em 28 de maio de 1931. Descendente de poloneses era filha de um vendedor ambulante. Frequentou a faculdade local durante um ano, abandonando para seguir carreira como dançarina.

Após um rápido casamento, fez uma pequena participação em Easy to Love (1953), comerciais de tv e peças da Broadway.

Estudou no Actors Studio. Loira, foi uma das atrizes colocadas para rivalizar com a bela Marilyn Monroe.

Casou-se com o diretor Jack Garfein, com quem teve uma filha, Blanche Baker. Em 1982 casou-se com Donald Burton.

Dentre seus filmes de destaque, podemos citar Giant (1956), Baby Doll (1956), The Carpetbaggers (1964) e Harlow (1965).

Carroll também fez filmes na Espanha, Alemanha, México e Inglaterra. Teve inúmeras brigas com a Warner Bross e ela se negou a fazer alguns filmes para a companhia, dentre estes, Devil's Disciple (1959).


Filmografia

•  Another Woman's Husband (2000) (TV)
•  Nowhere to Go (1998)
•  Heart Full of Rain (1997) (TV)
•  The Game (1997)
•  North Shore Fish (1997) (TV)
•  Skeletons (1997) (TV)
•  Rag and Bone (1997) (TV)
•  La signora della città (1996) (TV)
•  Dalva (1996) (TV)
•  Im Sog des Bösen (1995)
•  A Kiss to Die For (1993) (TV)
•  Men Don't Tell (1993) (TV)
•  Judgment Day: The John List Story (1993) (TV)
•  Jackpot (1992)
•  Gipsy Angel (1992)
•  Blonde Fist (1991)
•  Kindergarten Cop (1990)
•  Ironweed (1987)
•  On Fire (1987) (TV)
•  Native Son (1986)
•  What Mad Pursuit? (1985) (TV)
•  Hitler's S.S.: Portrait in Evil (1985) (TV)
•  The Secret Diary of Sigmund Freud (1984)
•  Red Monarch (1983) (TV)
•  Star 80 (1983)
•  The Watcher in the Woods (1980)
•  Las flores del vicio (1979)
•  The World Is Full of Married Men (1979)
•  Bad (1977)
•  Zerschossene Träume (1976)
•  La moglie di mio padre (1976)
•  Ab morgen sind wir reich und ehrlich (1976)
•  La moglie vergine (1975)
•  Lezioni private (1975)
•  Il corpo (1974)
•  Il fiore dai petali d'acciaio (1973)
•  Baba Yaga (1973)
•  Il coltello di ghiaccio (1972)
•  Il diavolo a sette facce (1971)
•  Captain Apache (1971)
•  La última señora Anderson (1971)
•  Paranoia (1970)
•  Così dolce... così perversa (1969)
•  Orgasmo (1969)
•  Il dolce corpo di Deborah (1968)
•  L'harem (1967)
•  Harlow (1965)
•  Mister Moses (1965)
•  The Greatest Story Ever Told (1965)
•  Cheyenne Autumn (1964)
•  The Carpetbaggers - Os Insaciáveis (1964)
•  Station Six-Sahara (1962)
•  A Conquista do Oeste (1962)
•  Something Wild (1961)
•  Bridge to the Sun (1961)
•  The Miracle (1959)
•  Beijos que não se esquecem (1959)
•  The Big Country (1958)
•  Baby Doll - Boneca de carne (1956)
•  Assim Caminha a Humanidade (1956)
•  Fácil de Amar (1953)

Fonte: Wikipedia; Carroll Baker - Cinema Clássico.

Barão de Itararé

Barão de Itararé era o pseudônimo do jornalista e humorista Aparicio Torelly, cujas sátiras políticas marcaram a primeira metade do século XX. Nascido em viagem ao Uruguai, era filho de um federalista revolucionário gaúcho, neto de americano e tornou-se um famoso humorista da imprensa da década de 20.

Em 1919, abandonou a Faculdade de Medicina para atender a conferências humorísticas, lançando no mesmo ano o livro "Versos Diversos". Em 1925, trabalhava em O Globo, Diário da Noite e A Manhã, neste último com a seção Amanhã Tem Mais. Devido as suas sátiras políticas, chegou a ser preso diversas vezes na época de Getulio Vargas.

Em 1946, fundou A Manha, um semanário ornamentado com caricaturas humorísticas e tendo como slogan, um órgão de ataque... de riso. O desenho do título era idêntico ao da A Manhã, sem o til. Ele o chamava de o quintaferino que saía às sextas e como estava em vigor o racionamento do troco, por causa da guerra, custava exatamente um passe de bonde. Tratava-se de uma crítica cômica aos jornais da época, contendo semelhantes, como conselho fiscal, consultor jurídico, cartomante própria para as profecias do fim do ano, sempre assinadas com nomes de políticos de então, sob a forma de trocadilhos. Tinha também uma página literária, Arte & Manha, outra para a cobertura internacional, além do noticiário policial e esportivo. Nasceu em 1926, em prédio impróprio, interrompeu sua tiragem entre 1930 e 1946, devido à prisão do proprietário.

Foi nessa particular ocasião em que o Barão tornou-se companheiro de Graciliano Ramos no presídio da rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Em "Memórias do Cárcere", há uma referência ao humorista. Considerado inquietante para os políticos, o jornal acabou encerrando sua carreira em 1957. Em 1989, era reeditado o Almanaque para o primeiro semestre de 1955, um grosso volume de artigos, contos e ditados escrito no tom dos antigos almanaques que se distribuíam em farmácias.

Itararé passou a ocupar um lugar de honra na imprensa brasileira e, de sua história, pode-se destacar trechos memoráveis:

- As tropas legalistas tomaram Parati e evacuaram Pedregulho (Revolução de 30)
- A Mulher deve casar. O homem, não.
- É Melhor dois marimbondos voando que um na mão.
- Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
- O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
- A liberdade é como os artigos de natal. Não tem preço fixo.

O jornalista faleceu aos 76 anos, em 27 de novembro de 1971.

Fonte: Barão de Itararé no Memorial da Fama.

Não sei se você se lembra

Então, não sei se você se lembra, nos veio aquela vontade súbita de comer siris. Havia anos que nós não comíamos siris e a vontade surgiu de uma conversa sobre os almoços de antigamente. Lembro-me bem — e não sei se você se lembra — que o primeiro a ter vontade de comer siris fui eu, mas que você aderiu logo a ela, com aquele entusiasmo que lhe é peculiar, sempre que se trata de comida ou de mulher.

Então, não sei se você se lembra, começamos a rememorar os lugares onde se poderia encontrar uma boa batelada de siris, para se comprar, cozinhar num panelão e ficar comendo de mãos meladas, chão cheio de cascas do delicioso crustáceo e mais uma para rebater de vez em quando. E só de pensar nisso a gente deixou pra lá a vontade pura e simples e passou a ter necessidade premente de comer siris.

Então, não sei se você se lembra, telefonamos para o Raimundo, que era o campeão brasileiro de siris e, noutros tempos, dava famosos festivais do apetitoso bicho em sua casa. Ele disse que, aos domingos, perto do Maracanã, havia um botequim que servia siris maravilhosos, ao cair da tarde. Não sei se você se lembra que ele frisou serem aqueles os melhores siris do Rio, como também os únicos em disponibilidade, numa época em que o siri anda vasqueiro e só é vendido naquelas insípidas casquinhas.

Ah... foi uma alegria saber que era domingo e havia siris comíveis e, então, nos dois — não sei se você se lembra — apesar da fome que o uisquinho estava nos dando — resolvemos não almoçar para ficar com mais vontade ainda de comer siris. Passamos incólumes pela refeição, enquanto o resto do pessoal entrava firme num feijão que cheirava a coisa divina do céu dos glutões. O pessoal — aliás — achava que era um exagero nosso, guardar boca para um siri que só comeríamos à tarde, porque podíamos perfeitamente ter preparo estomacal para eles, após o almoço.

Mas — não sei se você se lembra — fomos de uma fidelidade espartana aos siris. Saímos para o futebol com uma fome impressionante e passamos o jogo todo a pensar nos siris que comeríamos ao sair do Maracanã.

Então — não sei se você se lembra — saímos dali como dois monges tibetanos a caminho da redenção e chegamos no tal botequim. Então — não sei se você se lembra — que a gente chegou e o homem do botequim disse que o siri já tinha acabado.


Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: A crônica acima consta do livro "Garoto Linha Dura", lançamento da Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1964, pág. 163.

domingo, 1 de maio de 2011

Jesus não é surdo


Um bêbado estava passando perto de uma igreja evangélica, quando ele ouviu barulho de gritos, e então foi lá para ver o que é que estava acontecendo naquele local. Chegou ao púlpito da igreja e perguntou ao pastor o que estava acontecendo com aquela gente. E o pastor: “Jesus está operando". O bêbado respondeu: “Então acabou a anestesia há muito tempo que desde lá de fora eu escuto eles gritarem!”.

Embora existam em São Paulo mais bares do que igrejas, 55 mil contra 22 mil, as cerimônias religiosas, sobretudo as evangélicas, superaram em 2009 as casas noturnas em barulho e caos no trânsito.

Desde 1994, quando foi implantado o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) na cidade, essa foi a primeira vez que as igrejas lideram o ranking de reclamações da população. A informação é da Agência Estado.

Vizinhos das igrejas evangélicas afirmaram ao jornal que estão cansados de reclamar à fiscalização sem que o barulho diminua.

Uma das mais barulhentas é a sede da IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus), que fica na rua Carneiro Leão, no Brasil. Recentemente, o templo ficou interditado por 53 dias. O prédio funcionava com alvará vencido.

Os moradores da região reclamam da falta de educação dos fiéis. Muitos deles urinam na rua e jogam lixo em qualquer lugar.

“A reclamação não é da cerimônia religiosa, mas do barulho e do caos no trânsito e do bolsão de ambulantes”, disse a moradora Rosa Aparecida Fernandes, 66.

No começo do ano passado, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) tinha decidido fechar a igreja, mas recuou diante das pressões de Valdemiro Santiago, o fundador da seita, que ameaçou promover um protesto com mais de um milhão de pessoas no Brás.

Em relação às igrejas católicas, as reclamações mais freqüentes se referem ao congestionamento no trânsito por ocasião de cerimônias, como a de casamento. Um exemplo é a Igreja Santo Ivo, no Largo da Batalha.

O Ministério Público continua defendendo o fechamento das igrejas que produzem barulho acima dos níveis tolerados, com base em resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) de 1990.

O vereador e evangélico Carlos Apolinário (DEM) afirma que os promotores têm preconceito religioso.

Fonte: Paulopes Weblog.

Um conto de mistério

Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto.

No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.

Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:

Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal-iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.

Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.

Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".

O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.

Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:

- Julieta! Ó Julieta... consegui.

A mulher veio lá de dentro euxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

A sensual Luciana Paluzzi

Luciana Paluzzi, atriz, nasceu em Roma, Itália, em 10 de junho de 1937, e é mais conhecida como a sensual vilã Fiona Volpe de 007 contra a Chantagem Atômica / 007 - Operação Relâmpago, de 1965, o filme de maior sucesso de bilheteria de toda a série de James Bond.

Seu primeiro trabalho no cinema foi uma participação sem crédito num filme romântico de 1954, aos 17 anos de idade. Nos anos 50 e início da década seguinte participou de diversos filmes, a maioria deles italianos, notadamente em papéis coadjuvantes. Em seus primeiros trabalhos foi creditada como Luciana Paoluzzi.

Apesar de ter um grande currículo no cinema antes e depois de seu encontro com Bond, Luciana é mais conhecida do publico em geral como a sexy e letal 'Fiona Volpe', de 007 contra a Chantagem Atômica. Ela fez testes para o papel de Domino Derval, a bond girl principal do filme, no que acabou sendo dado à francesa Claudine Auger. Paluzzi ficou arrasada em não conseguir o papel, mas teve seu consolo como 'Volpe', a bad girl, que mais tarde declarou ser mais divertida de viver.

Anos depois, Luciana admitiu que o papel de bond girl no cinema é uma faca de dois gumes para atrizes. Ela ficou agradecida pela fama, o reconhecimento popular e o status de celebridade mundial que o filme lhe deu nos anos 60, mas como resultado disso, reconheceu que participando deste tipo de filme, tão surreal e popular, lhe fez não ser levada a sério como atriz por seus pares, perdendo a oportunidade de trabalhar com cineastas mais respeitados, encerrando sua participação nas telas em 1978, depois de participar de vários filmes europeus de segunda linha.

Casada desde 1980 com Michael Solomon, ela vive atualmente em Bel Air, Los Angeles, Califórnia, EUA.

Fonte: Wikipedia.