terça-feira, 22 de março de 2011

Sertanejo gótico



A música sertaneja de raiz é algo assim como "samba de raiz", preserva aquele jeitinho de se tocar e cantar com o coração, como se fazia no princípio, valorizando principalmente a originalidade de quem a interpreta.

Em 1976, na penumbra de um castelo lá na Transilvânia, a música sertaneja ganhou mais um segmento (in) feliz com a dupla "Conde e Drácula": a Música Sertaneja Gótica ou MSG.

Com mil morcegos alienados, dirão vós!: Como dormir com essa ameaça que vai consumir a raça humana com tanta breguice?

Mas pensando bem, com tanta música ridícula que a Rede Blobo dá chance, com suas chuchas e outras cabrochas sem graça, sem a originalidade ... sei lá... acho que vale a pena a gente pelo menos rir um pouco.

Segundo um conhecedor da dupla e infeliz ouvinte da época: "o pior é a parte: 'o menino foi pra escola do Mobral'. Essa dupla era a coisa mais medonha da música sertaneja. Até digo que graças à Deus não fizeram sucesso, a música sertaneja não merecia essa coisa gótica. Mas que a música é tenebrosa é. Mas o negócio descambou de vez na parte que o menino foi pra escola do Mobral".

Testemunhas tentam defender a dupla vampírica do sertão: "Oi, sou testemunha ocular dessa dupla, aliás parente muito próximo dos mesmos. Drácula faleceu em dezembro de 1999 (infelizmente não emplacou o novo milênio).

O Conde, que hoje é médico oftomologista, mora no interior da Bahia em Vitória da Conquista". Uuuiii....! (na verdade escrevi "uuuiii" porque ando com meu dente molar me incomodando... nada contra essa adorável dupla gótica. Mas é assim que marco algo em alguma publicação) .

O chifrudo praiano

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Olha ele aí! O barulhento do chifrudo praiano ganha uma grana fazendo propaganda com um megafone e mexendo com os turistas aqui de Balneário Camboriú. Ele também cobra pra tirar fotos - foto de 25/1/2011 - Av Atlântica, no meio da praia.

Dercy no teatro rebolado

A nossa querida e desbocada Dercy tá lindona na fotinha…

O causo das Escrituras

Pois não sei se já les contei o causo das Escritura Sagrada. Se não les contei, les conto agora. A história essa é meio comprida, mas vale a pena contá por causo dos revertério.

De Adão e Eva acho que não é perciso contá os causo, porque todo mundo sabe que os dois foram corrido do Paraíso por tomá banho pelado numa sanga. Naqueles tempo, esse mundaréu todo era um pasto só sem dono, onde não tinha nem dele nem meu.

O primeiro índio a botá cerca de arame foi um tal de Abel. Mas nem chegou a estendê o primeiro fio porque levou um pontaço no peito, do irmão dele, um tal de Caim, que tava meio desconforme com a divisão.

O Caim, estonces, ameaçado de processo feio, se bandeou pro Uruguai.

Deixou o filho dele, um tal de Nóe, tomando conta da estância. A estância essa ficava nas barranca de uma corredera e o Noé, uns anos despois, pegou uma enchente muito feia pela frente. Cosa muito séria. Caiu água uma barbaridade. Caiu tanta água que tinha até índio pescando jundiá em cima de cerro.

O Noé entonces botou as criação em cima de uma balsa e se alargou nas correnteza, eta índio velho. A enchente era tão braba que quando o Nóe se deu conta a balsa tava atolada num banhado chamado Dilúvio. Foi aí que um tal de Moiséis varou aquela água toda com vinte junta de boi e tirou a balsa do atoleiro. Bueno, aí com aquele desporpósito, as família ficaram amiga.

A filha mais velha do Noé se casou-se com o filho mais novo do Moisés e os dois foram morá numa estância muito linda, chamada estância da Babilônica.
Bueno, tavam as família ali, tomando mate no galpão, quando se chegou um correntino chamado Golias, com mais uns trinta castelhano do lado dele.

Abriram a cordeona e quiseram obrigá as prenda a dançá uma milonga. Foi quando os velho, que eram de muito respeito, se queimaram e deu-se o entrevero. Pelia braba, seu. O correntino Golias, na voz de vamo, já se foi e degolou de um talho só o Noé e o velho Moisés.

E já tava largando planchaço em cima do mulherio quando um piazito carreteo, de seus dez ano e pico, chamado Davi, largou um bodocaço no meio da testa do infeliz que não teve nem graça! Foi me acudam e tou morto.

Aí a indiada toda se animou e degolaram os castelhano. Dois que tinham desrespeitado as prenda foram degolado com o lado cego do facão. Foi uma sangüera danada. Tanto que até hoje aquele capão é chamado de Mar Vermelho.

Mas entonces foi nomeado delegado um tal de major Salomão. Homem de cabelo nas venta, o major Salomão. Nem les conto!

Um dia o índio tava sesteando quando duas velha se bateram em cima dum guri de seus seis ano que tava vendendo pastel. O major Salomão, muito chagado ao piazito, passou a mão no facão e de um talho só, cortou as velha em dois. Esse é o muito falado causo do Prejuízo de Salomão que contam por aí.

Mas, por essas estimativas, o major Salomão, o que tinha de brabo tinha de mulherengo. Eta índio bueno, seu. Onde boleava a perna, já deixava filho feito. E como vivia boleando a perna, teve filho que Deus nos livre. E tudo com a cara dele, que era pra não havê discordância. Só que quando Deus nosso Senhor quer, até égua véia nega estribo.

Logo a filha das predileção do major Salomão, a tal de Maria Madalena, fugiu da estância e foi sê china no bolicho. Uma vergonhera pra família. Mas ela puxou a mãe, que era uma paraguaia meio gaudéria que nunca tomô jeito na vida.O pobre do major Salomão se matou-se de sentimento, com uma pistola Eclesiaste de dois cano.

Mas, vejam como é a vida. Pois essa mesma Maria Madalena se casou-se três ano despois com um tal coronel Ponciano Pilatos.

Foi ele que tirou ela da vida. Eu conheço uns três caso do mesmo feitio e nem um deles deu certo. Como dizia muito bem o finado meu pai, mulher quando toma mate em muita bomba, nunca mais se acostuma com uma só. Mas nesses contraproducente, até que houve uma contrapartida.

O coronel Ponciano Pilatos e a Maria Madalena tiveram doze filho, os tal de aposto, que são muito conhecido pelas caridade que fizeram. Foi até na casa deles que Jesus Cristo churrasqueou com a cunhada de Maria Madalena, que despois foi santa muito afamada. A tal de Santa Ceia.

Pois era uns tempo muito mal definido. Andava uma seca braba pelos campo. São José e a Virge Maria tinham perdido todo o gado e só tavam com uma mula branca no potrero, chamada Samaritana. Um rico animal, criado em casa, que só faltava falá. Pois tiveram que se desfazê do pobre.

E como as desgraça quando vem, já vem de braço dado, foi bem aí que estouraram as revolução. Os maragato, chefiado por um tal coronel Jordão, acamparam na entrada da vila.

Só não entraram proque tava lá um destacamento comandado pelo tenente Lazo, aquele mesmo que por duas vezes foi dado por morto.

Mas aí um cabo dos provisório, um tal de cabo Judas, se passou-se pros maragato e já se veio uns tal de Romano, que tavam numas várzeas, e ocuparam a vila. Nosso Senhor foi preso pra ser degolado por um guasca muito forte e muito feio chamado Calvário. Pois vejam como é a vida. Esse mesmo Calvário, degolador muito mal afamado, era filho da velha Palestina, que tinha sido cozinheira da Virge Maria.

Degolador é como cobra, desde pequeno já nasce ingrato. Mas entonces botaram Nosso Senhor na cadeia, junto com dois abigeatário, um tal de João Batista e o primo dele, Heródio dos Reis.

Os dois tinham peleado por causo de uma baiana chamada Salomé e no entrevero balearam dois padre, Monsenhor Caifás e Cônego Atanásio.

Mas aí veio uma força da Brigada, comandada pelo coronel Jesus Além, que era meio parente do homem por parte de mãe e com ele veio mais três corpo de provisório e se pegaram com os maragatos. Foi a peleia mais feia que se tem conhecimento, Foi quarenta dia e quarenta noite de bala e bala.

Morreu três santo na luta: São Lucas, São João e São Marco. São Mateus fico três mês morre não morre, mas teve umas atenuante a favor e salvou-se de lado a lado. Ainda levou mais um pontaço do mais velho dos Romano, o César Romano, na altura da costela.

Ferimento muito grave que Nosso Senhor curou tomando vinagre na Sexta-feira da paixão. Mas aí, Nosso Senhor se disiludiu-se nos home, subiu na cruz, disse adeus pros amigo e se mandou-se de volta pro céu. Mas deixou os dez mandamentos, que são cinco e que pode mutio bem acolher em dois “não se mata home pelas costa, nem se cobiça mulher dos outro pela frente.”

Fonte: Puxa o banco e senta, que tá na hora do chimarrão - cifraclub.

Novidades na Globo

Diante da palhaçada que vem acontecendo no Rio, é difícil conseguir ser engraçado. Então resolvi relatar as  novidades que a Rede Globo vem trazer para o conforto do seu lar ficar cada vez mais tranquilo.
 A primeira é a mudança de Galvão Bueno. Ele não participará mais de narrações esportivas e se dedicará às narrações policiais. Ele será acompanhado de José Padilha, comentarista oficial da Guerra no Rio.

Outra nova novidade é uma solução para um problema. O número de baixas e ocorrências criminais cresceu muito, e fica dificil acompanhar tudo isso que está acontecendo. Assim, imagens irão aparecer no canto inferior esquerdo do seu televisor quando algo importante que não está sendo filmado ocorrer. Abaixo segue a legenda para entender o que significa cada imagem:

Morte de inocente
Morte de um policial
Morte de um bandido
Morte na Coreia
Ônibus pegou fogo
Fiat pegou fogo
Volkswagen pegou fogo
Merchandising: Ninguém põe fogo em Ferrari
Gol

Também será adotado um placar para saber o número de baixas.

Fonte: Blog do Covil.

O gato de Eunice

Eunice chorava com o seu gatinho no colo…

Eunice chorava porque era pobre e feia. De repente se lhe surge pela janela uma fada que lhe pergunta:

-Choras por que, Eunice?

-Ah, minha fada, - responde Eunice - eu choro porque sou pobre e feia…

-Mas eu sou sua fada-madrinha e vim realizar três desejos seus.

E Eunice:- Que bom! Que bom!

-Primeiro, minha boa fada – continua Eunice – Queria ser linda.

E a fada-madrinha pega a sua varinha e plim! Eunice transforma-se na mais bela das damas… loira, bonita, assim uma mistura de Bundchen com Ana Hickmann e uma pitadinha de Galisteu.

-Agora – fala a deslumbrante Eunice – quero ser rica, porque ser linda e pobre nesse país subdesenvolvido é uma merda…

E a fada pega sua varinha e plim! A choupana onde Eunice morava vai se transformando aos poucos num castelo encantado, com pontes levadiças, duendes, príncipes, fogos de artifício, caminhão do Faustão, filhos de duplas sertanejas, Chupaozinho e Chateiasó, discos do Nelson Ned…

-Agora como último desejo eu quero que esse gato que me acompanhou fielmente por toda a vida virasse o meu príncipe encantado, o meu amor!. E a fadinha plim! Diz: - Felicidades, Eunice! E sai voando pela janela e some.

Eunice vê o seu gato se transformando num príncipe: alto, bonito, moreno, de olhos azuis como todo príncipe… costureiro… que costurava…

Ela grita: - Meu príncipe!?

E ele: - Bem feito, bem feito, nojenta! Quem mandou castrar o gatinho…

Camboriú - Moda verão 2006

Essa foto é do desfile de perucas naturais de planctons (nome xique para algas) - Prainha do Pontal Norte - Balneário Camboriú - SC, janeiro de 2006.

Dunga

Dunga (Valdemar de Abreu), compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 16/12/1907, e faleceu em 5/10/1991. Recebeu o apelido quando cursava os primeiros anos do primário na escola pública do subúrbio de Haddock Lobo, onde nasceu.

Compôs grandes sucessos que foram interpretados por Emilinha Borba, Aracy de Almeida, Orlando Silva e Cauby Peixoto (Conceição).

Aaah, por favor! Não confundam o grande artista com o também famoso personagem integrante dos 7 anões da Branca de Neve… acho que é isso…

Dio que corpo!

Elvira, vedete dos teatros de revista na década de 50, um dos mitos sexuais do Rio de Janeiro, foi das primeiras brasileiras a explorar o impacto do nudismo, nos anos 50 e 60, disputando com Luz del Fuego o espaço nos noticiários da época. Com seu corpo perfeito para os padrões da época, Elvira Pagã mexeu com a cidade, promoveu Copacabana internacionalmente e foi a primeira Rainha do Carnaval Carioca. Veio a ser a primeira mulher a usar biquíni no Brasil: um dia, na praia de Copacabana, ela rasgou o maiô (pelo que consta, feito de um tecido de penugem dourada) e o adaptou ao modelo de duas peças, que só se usava no teatro rebolado, chegando a ficar conhecida fora do Brasil por isso.

Elvira Pagã (Elvira Cozzolino), cantora, atriz, vedete e compositora, nasceu em Itararé/SP em 6/9/1920 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 8/5/2003. Sua família mudou para o Rio de Janeiro quando ela ainda era criança. Estudou com a irmã, Rosina Pagã, no colégio Imaculada Conceição em Botafogo.

Realizava com sua irmã inúmeras festas das quais participavam inúmeros artistas entre os quais os integrantes do Bando da Lua. Em 1935 cantaram com os Anjos do Inferno na inauguração do Cine Ipanema, sendo apresentadas por Heitor Beltrão como as Irmãs Pagãs.

Atuaram na Rádio Mayrink Veiga. Ao todo Elvira gravou 13 discos com a irmã. Em 1935, atuaram no filme Alô, alô, carnaval, de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro. Em 1936, no filme Cidade mulher, de Humberto Porto, onde apresentaram a música título (de Noel Rosa), cantando com Orlando Silva. Ainda com a irmã, excursionou por quatro meses pela Argentina, Peru e Chile. Em 1940, casou-se e encerrou a dupla com a irmã.

O mito sexual

Vedete dos teatros de revista na década de 50, um dos mitos sexuais do Rio de Janeiro. Foi das primeiras brasileiras a explorar o impacto do nudismo, nos anos 50 e 60, disputando com Luz del Fuego o espaço nos noticiários da época. Com seu corpo perfeito para os padrões da época, Elvira Pagã mexeu com a cidade, promoveu Copacabana internacionalmente e foi a primeira Rainha do Carnaval Carioca.

Elvira Olivieri Cozzolino expunha o corpo e idéias bastante avançadas para os anos 50 e veio a ser a primeira mulher a usar biquini no Brasil. Era uma figura muito divertida, como se pode ver ainda hoje nas chanchadas de que ela participou, algumas bem conhecidas como "Carnaval no Fogo", e, principalmente, ousadíssima pra época. Um dia, na praia de Copacabana, ela rasgou o maiô (pelo que consta, feito de um tecido de penugem dourada) e o adaptou ao modelo de duas peças, que só se usava no teatro rebolado, chegando a ficar conhecida fora do Brasil por causa disso.

Fez oito filmes ao todo, entre eles O Bobo do Rei (1936), Cidade-Mulher (1936), Alô, Alô Carnaval (1936), Dominó Negro (1939), Laranja-da-China (1940), Carnaval no Fogo (1949), Aviso aos Navegantes (1950) e Écharpe de Seda (1950). Rainha do Carnaval durante muitos anos ao longo da década de 50, instituiu o erotismo nos bailes quentes da época, tipo Boate Arpège, Cassino Icaraí. Foi também a primeira a fazer plástica nos seios. Posou nua e distribuiu a foto como cartão de Natal. No auge da carreira, lançou um livro chamado "Elvira Pagã - Vida e Morte".

Casou-se aos 13 anos com um homem de 39 e vivia num apartamento em Copacabana, sustentada pela irmã viúva de um milionário americano. Excursionando por todo o Brasil e conhecida no exterior como The Original Bikini Girl e The Brazilian Buzz Bomb, Elvira não desistia de afrontar a moral, provocando verdadeiras enchentes nos cabarés e teatros de rebolado. Depois de operar os seios, posou nua e distribuiu a fotografia como cartão de Natal, reafirmando-se como sinônimo de escândalo, atentado ao pudor, imoralidade. Por seus atributos físicos e audácia provocou incontáveis e devastadoras paixões, confessando numa de suas últimas entrevistas: “Foi uma orgia só”.

O perigoso bandido Carne Seca forrou a sua cela com fotos dela, e numa em que a vedete encosta-se numa pele de onça, lia-se a dedicatória: “Para Carne Seca, um consolo de Elvira Pagã”. Desesperado, o marginal tentou fugir da prisão inúmeras vezes. Nos anos 60 ela se recolheu, como faria Odete Lara na década seguinte. Saiu da vida artística e da vida social. Dizia não precisar de amantes e se intitulava sacerdotisa, ligada a discos voadores e à Atlântida, criando uma seita, Doutrina da Verdade. Rita Lee, que fez uma música chamada "Luz del Fuego", no tempo do Tutti Frutti, fez depois, com o Roberto de Carvalho, uma outra chamada "Elvira Pagã". Elvira faleceu aos 80 anos, em 8 de maio de 2003.

Fontes: Memorial da Fama - Elvira Pagã.