segunda-feira, 18 de julho de 2011

O fósforo

Quando criança, eu gastava a maior parte dos palitos de fósforo, tentando acender em algum lugar que não era do lado da caixa de fósforos. Eu queria fazer igual os cowboys e bandidos do velho cinema americano que acendiam um fósforo em qualquer lugar. Isso também acontece muito nos desenhos animados, você já viu?

Os anos passaram e eu finalmente entendi por que eu nunca seria capaz de repetir o que tenho visto na televisão. A razão é simples: o que existe hoje na nossa casa é chamado fósforo de segurança, que tem o material necessário para a combustão, dividido entre o palito e recipiente.

Além disso, o fósforo não é a cabeça do palito, mas a superfície áspera da caixa, que contém fósforo vermelho (uma das mais seguras maneiras de se usar o fósforo), sulfeto de antimônio (Sb2S3), trióxido de ferro ( Fe2O3) e goma arábica (cola). O palito é o clorato de potássio (KClO3) e não como muitas pessoas pensam que a pólvora.

Mas então por que colocar esse nome: Palito de Fósforo? Durante muito tempo, o fósforo foi realmente colocado no palito e acendia em qualquer superfície áspera. Na verdade, este tipo de palito ainda está lá, é tradicionalmente encontrado no Reino Unido.

A descoberta do fósforo

O palito de fósforo foi inventado no século XIX, porém a história do palito que mudou a forma de se fazer fogo se iniciou bem antes, em 1669, com a descoberta do fósforo (elemento químico P).

O alemão Hennig Brand, em suas tentativas de transformar metais em ouro, descobriu acidentalmente o elemento ao estudar amostras de urina. O material que obteve brilhava e, por essa razão, Brand batizou a substância de Phosphoros, que quer dizer “aquele que traz a luz, que ilumina”.

Em 1680, o britânico cientista Robert Boyle, um dos mentores e fundadores da química atual, observou que uma chama era gerada ao gerar atrito entre um pedaço de papel com fósforo em um pedaço de madeira coberto com enxofre.

Boyle acreditava que o fogo não era provocado apenas pela atrito, mas por algo próprio àquelas substâncias. E estava certo, tinha descoberto o princípio que levaria à invenção do fósforo.

Depois da descoberta, vários aparatos químicos para gerar fogo foram desenvolvidos na Europa. Alguns usavam a descoberta de Boyle, outros, hidrogênio, porém eram todos complicados e arriscados. Em 1805, um químico francês chamado K. Chancel criou um palito coberto de clorato de potássio e açúcar. Mas, como era preciso encharcá-lo em ácido sulfúrico para que queimasse, ele não fez muita fama.

Em 1827, o farmacêutico inglês John Walker descobriu que se combinasse, na ponta de um palito, sulfeto de antimônio, clorato de potássio, cola e amido, ele poderia ser aceso por atrito em qualquer superfície arida. Walker chamou os seus palitos de congreves, numa citação aos foguetes bélicos inventados por William Congreve em 1808.

Apesar do apoio de amigos, Walker decidiu não patentear sua invenção, registro que dá direitos exclusivos ao criador, pois desejava que ela fosse um bem público. Por isso, muitas pessoas a replicaram, inclusive Samuel Jones, que começou a vender os palitos com o nome de Lucifers (um dos nomes dados ao diabo).

Embora cheirasse mau e fossem perigosos (eram explosivos e às vezes acendiam sozinhos dentro da própria embalagem), os Lucifers ficaram muito famosos entre fumantes. Para evitar acidentes, os primeiros palitos eram carregados em estojos de metais ou de porcelana. Os mais finos eram feitos de ouro e prata e eram trabalhados como uma jóia.

Fonte: Felipe - http://www.vocesabia.net em 24/02/2011

Tesouros no fundo do mar

Os naufrágios, no jargão dos mergulhadores — sempre foram alvo de caçadores de tesouros, que deles tentavam retirar alguma coisa da carga valiosa que afundara junto com a embarcação. As primeiras tentativas foram tímidas, com os aventureiros recuperando objetos espalhados pelo fundo. Mas com o passar dos anos e o desenvolvimento de técnicas específicas, foi possível criar um método de recuperação de objetos submersos, que hoje tem o auxílio de detetores magnéticos e robôs, além de minuciosos estudos científicos.

Mesmo com a utilização das técnicas modernas e os recursos empregados nas recuperações, as histórias de sucesso são raras. Mel Fisher, presidente da Treasure Salvours, uma empresa exclusiva de resgates, tornouse famoso ao recuperar um valioso tesouro das profundezas do mar.

As pesquisas levaram Fisher aos destroços do Nuestra Señora de Atocha, um galeão que afundou em 1622 nas águas rasas e quentes do Caribe, rendendo ao mergulhador mais de 400 milhões de dólares em objetos valiosos. Para a maioria, no entanto, o prêmio é o insucesso, fazendo com que inúmeros pesquisadores abandonem suas buscas muitos anos e dólares depois de iniciadas.

Sobre esses aventureiros em geral ainda paira o estigma de piratas que pilham os objetos encontrados. Vale esclarecer que os caçadores de tesouros são na maioria estudiosos que gastam muitos de seus anos em bibliotecas, levantando dados que possam levar a um navio que tenha relevância histórica. Isto é o que acontece no Brasil, já que, conforme a Lei Nacional que regulamenta a exploração de submersos, cabem à

União todos os direitos sobre os tesouros que porventura forem encontrados pelos mergulhadores. 0 que não impede que dezenas de aventureiros se dediquem a procurar tesouros pelos oito mil quilômetros da costa brasileira, rica em naufrágios, pois há dois mil deles catalogados. Embora a maioria não esteja adequadamente localizada, um grande número é freqüentemente visitado por mergulhadores em busca apenas de aventura. E o que acontece com o Alfama de Lisboa, afundado em agosto de 1809, no litoral de Recife, e que é considerado um dos mais antigos naufrágios brasileiros. De suas estruturas frágeis, já foram recuperadas por amadores peças valiosas em cerâmica, porcelana e prata, em perfeito estado de conservação.

Em Pernambuco também se encontra o mais importante naufrágio brasileiro: o do navio Santa Rosa. Esta embarcação foi a pique no ano de 1726, próximo ao cabo de Santo Agostinho, com 26 toneladas de ouro a bordo. A valiosa carga afundada transformou o Santa Rosa no segundo naufrágio mais valioso do mundo.

Em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco encontrase a maioria dos navios afundados na costa brasileira. Neles já não há mais tesouros a recuperar, e os mergulhadores que se aventuram a explorálos estão mais interessados em apreciar a belíssima fauna marinha do que recuperar algum objeto valioso.

É preciso saber mais do que apenas mergulhar para ser um caçador de tesouros. A recuperação e principalmente a restauração e a conservação das peças encontradas requerem estudo e técnicas adequadas, além de altos investimentos financeiros. Há mergulhadores despreparados que retiram do mar verdadeiros patrimônios históricos sem ter noção do que encontraram, causando, muitas vezes, perda total do achado. Além disso, localizar e identificar um navio nem sempre é fácil, ainda mais saber de sua carga, já que seus dados estão perdidos nos séculos. O trabalho deve ser feito em conjunto entre os técnicos e seus assistentes, que estudam .as possibilidades e cuidam da manutenção dos objetos.

Embora haja uma aura de mistério envolvendo as explorações de naufrágios, usando-se a metodologia correta é possível ter êxito. Alguns dados são importantes, como a localização do navio, a profundidade, a penetração do casco e o sedimento que o envolve. Estas informações ajudam a prevenir surpresas, como, por exemplo, o tombamento das estruturas, que se deterioram com o passar dos séculos. Como instrutor de mergulho diplomado pelo PDIC (Professional Diving Instructors Corporation), procuro minimizar os riscos do mergulho em destroços, ensinando técnicas que tornam o mergulhador apto a enfrentar as dificuldades desses locais.

Mas nem sempre as surpresas são desagradáveis. Lembrome da ocasião em que um mergulhador retirou do interior de um cargueiro afundado há mais de cem anos um pequeno pacote de papel perfeitamente conservado. Na etiqueta podia ler-se claramente: “Agulhas CRGP são de superior qualidade — Fabricadas do melhor aço.” Aberto o pacote, lamentouse que as agulhas não fossem tão resistentes quanto a etiqueta, pois já se haviam transformado numa massa negra e disforme.

Não é apenas a ação contínua do mar que prejudica a retirada dos objetos dos navios. No oceano, qualquer suporte rígido é utilizado por espécies animais e vegetais, para dele extrair alimento e obter sustentação. As embarcações são verdadeiros chamarizes para estes seres vivos, tornando-se com o passar dos séculos recifes cobertos de organismos, o que dificulta sua identificação e recuperação. Assim, a fauna dos naufrágios é sempre exuberante. Além dos minúsculos animais que aderem às diversas peças, muitos peixes grandes, como tubarões e raias, as utilizam como repouso. E fácil imaginar a surpresa de alguém deparar com um tubarão de mais de dois metros dormindo em algum compartimento.

As rodas de propulsão do vapor Bahia, que afundou ao colidir com outro navio no litoral de Olinda, em março de 1887, são agora habitadas por inúmeros cardumes, o que proporciona um espetáculo inesquecível aos que se aventuram por estas águas.

Além do tubarão, o peixe-pedra ou mangangá (Scorpaena sp.), também é um assíduo morador dos destroços submersos. O seu forte veneno, secretado por suas glândulas ligadas aos espinhos na nadadeira dorsal, representam um grande perigo para qualquer mergulhador, desavisado ou não. Camuflado dentro do navio, o peixe dificilmente é percebido, o que facilita que atinja o homem que nele toque.

Para muitos mergulhadores de naufrágios é triste constatar que sua descoberta não resistiu à ação dos tempos. Como exemplo, o galeão português São Paulo, que, embora possuísse 840 toneladas e vários canhões, não suportou a batalha contra os piratas no cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e afundou no ano de 1652. Famoso pela sua antiguidade, o navio foi por muito tempo motivo de cobiça entre os caçadores de tesouros. Mas, descoberto o local de seu túmulo no mar, constatou-se que toda a sua estrutura de madeira se desintegrata, sobrando apenas as âncoras e alguns canhões. Uma decepção para os cobiçosos caçadores, mas um naufrágio historicamente importante, e ponto de honra no currículo de qualquer mergulhador.

Fonte: www.naufragiosdobrasil.com.br

Algumas curiosidades do futebol

Um chute forte, de 90 km/h, percorre os 11 metros entre a marca do pênalti e o goleiro em 440 milésimos de segundo.

Durante uma partida, um jogador corre de 10 a 13 quilômetros. Em 1970, essa marca variava de 5 a 7 quilômetros.

Em fevereiro de 2004 a Nike lançou a mais leve camisa da Seleção Brasileira na história. O modelo pesava, seco, 155 gramas. O uniforme da Copa do Mundo de 2002 pesava 188 gramas, e o da Copa do Mundo de 1994, 215 gramas.

Depois de cabeceada, a bola viaja a uma velocidade de 50 a 60 km/h.

O gol mede 7,32 x 2,44 metros.

O primeiro jogo de futebol no Brasil foi disputado em 14 de abril de 1895, na Várzea do Carmo (SP). As 2 equipes eram de ingleses radicados em São Paulo. O Placar foi Companhia de Gás 2 x 4 São Paulo Railway.

Um ano antes, Charles Miller, paulista filho de ingleses, retornou da Inglaterra, onde fora estudar, trazendo 2 bolas, livros de regras e experiência como jogador do time inglês Southampton.

Bicho, no futebol, começou a ser usado em 1923. Trata-se da gratificação dada aos jogadores de um time por uma vitória ou um empate numa partida.

O primeiro jogo de futebol com transmissão colorida no Brasil foi um 0 X 0 de um amistoso entre uma seleção de Caxias do Sul e o Grêmio. Disputado no dia 19 de fevereiro de 1972, era parte da programação da Festa da Uva da cidade. Essa experiência da TV Difusora de Porto Alegre foi retransmitida pelas TVs Rio, do Rio de Janeiro e de Brasília, e pela TV Record, de São Paulo.

Cerca de 51 mil pessoas poderiam ficar de pé num campo de futebol.

Fonte: www.vocesabia.net