quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A papisa Joana

Papisa Joana, como João VII, gravura
constante do livro "Crônica de Nurem-
berg", de 1493 de Hartmann Schedel.
A Papisa Joana teria sido a única mulher a governar a Igreja durante dois ou três anos, segundo uma lenda que circulou na Europa por vários séculos. É considerada pela maioria dos historiadores modernos e estudiosos religiosos como fictícia, possivelmente originada numa sátira anti-papal.

A lenda aparece pela primeira vez em documentos do início do século XIII, situando os acontecimentos em 1099. Outro cronista, também do século XIII, data o papado de Joana de até três séculos e meio antes, depois da morte do Papa Leão IV, coincidindo com uma época de crise e confusão na diocese de Roma. Joana ocupou o cargo durante dois ou três anos, entre o Papa Leão IV e o Papa Bento III (anos de 850 e 858).

Versões

A história possui várias versões. Segundo alguns relatos, Joana teria sido uma jovem oriental, nascida com o possível nome de Giliberta, talvez de Constantinopla, que se fez passar por homem para escapar à proibição de estudar imposta às mulheres. Extremamente culta, possuía formação em filosofia e teologia. Ao chegar a Roma, apresentou-se como monge e surpreendeu os doutores da Igreja com sua sabedoria. Teria chegado ao papado após a morte do Papa Leão IV, com o nome de João VII. A mesma lenda conta que Joana se tornou amante de um oficial da Guarda Suíça e ficou grávida.

Outra versão - a de Martinho de Opava - afirma que Joana teria nascido na cidade de Mainz, na Alemanha, filha de um casal inglês aí residente à época. Na idade adulta, conheceu um monge, por quem se apaixonou. Foram ambos para a Grécia, onde passaram três anos, após o que se mudaram para Roma. Para evitar o escândalo que a relação poderia causar, Joana decidiu vestir roupas masculinas, passando assim por monge, com o nome de Johannes Angelicus, e teria então ingressado no mosteiro de São Martinho.

A Papisa Joana é uma das mais controversas figuras da Idade Média, permanecendo até hoje envolta em contornos brumosos e enigmáticos. Ao longo dos séculos muitos negaram a sua existência; contudo é considerável o número de documentos que atestam a sua passagem pelo trono papal.

Histórica ou lendária?


Papisa Joana representada como o Anticristo,
montando a Besta do Apocalipse.
No inverno do ano 814, em Engelheim, Mainz, Alemanha, nasceu Joana. Filha de um cônego inglês em breve deu mostras de uma inteligência privilegiada.

Aprendeu a ler e a escrever muito cedo, ensinada, às escondidas, pelo seu irmão Mateus, rapaz muito inteligente, que morreu ainda criança, e que era ensinado por um tutor. Este, depois da morte do menino, ensinando o outro irmão, João, apercebeu-se de que Joana sabia ler e escrever, tendo esta lhe confessado que fora Mateus que a ensinara.

Com o auxílio do tutor, em breve Joana dominava o latim e o grego. Mas este foi transferido e, com grande desgosto, Joana viu-se de novo a estudar sozinha. À partida o tutor prometeu-lhe não a esquecer, e fazer o possível para ela poder continuar os seus estudos.

De fato, alguns meses depois, o pai recebeu uma carta do bispo, ordenando-lhe que enviasse a menina ao seu palácio. Contrariado, o pai obedeceu ao seu superior.

Chegada ao palácio episcopal Joana é submetida a um exame, já que a escola era freqüentada apenas por rapazes. O reitor mostra toda a sua antipatia e discordância com a idéia dela freqüentar a escola; mas, perante as provas de sabedoria dadas por Joana, e especialmente pela insistência do bispo, o reitor é obrigado a aceitá-la.

Surge o problema do alojamento, já que Joana não poderia ficar instalada junto aos rapazes. Um cavaleiro ruivo, o Conde Geraldo, que se mantivera sempre junto ao bispo, e observara Joana com a maior atenção, ofereceu-se para alojar a criança em sua casa. De dia viria freqüentar a escola.

Joana revelou-se o que todos consideravam um fenômeno. Mas a sua vida não foi fácil. Os rapazes humilhavam-na, chegando a exercer sobre ela violência física, e chamando-lhe “aberração”.

Alguns anos depois de freqüentar a escola, Joana sentiu que nada mais poderia aprender ali. Senhora dum talento extraordinário, e com uma insaciável sede de saber, só nos mosteiros poderia aprofundar os seus estudos.

Conseguindo fugir, de noite, da casa do “cavaleiro ruivo” onde continuava hospedada, assumiu uma identidade masculina e ingressou no Mosteiro de Fulda com o nome de João Anglicus. Ali, com uma biblioteca à sua disposição, aprofundou-se nos estudos religiosos e clássicos, além de interessar-se, também, pelas Ciências. Com o seu intelecto prodigioso, tornou-se extremamente culta. Era uma erudita.

O monge médico, tendo simpatizado com o jovem monge, começou a transmitir-lhe os seus conhecimentos de medicina que, considerando os poucos meios de que se dispunha naqueles tempos, podiam considerar-se bastante grandes. Joana aprendia rapidamente, ávida que estava de saber. Dentro de alguns anos os seus conhecimentos de medicina excediam os do próprio mestre.

Uma ilustração datada de 1560 (aproximadamente) da
Papisa Joana com a Tiara Papal, absolvendo um monge
em confissão. Acervo da Biblioteca Nacional da França.
Foi devido a estes seus conhecimentos pouco vulgares que foi chamada a Roma, a fim de tratar da saúde do Papa Leão IV, que se encontrava bastante doente. Ali, com a sua sabedoria, ganhou prestígio e respeito entre os ilustres dignitários da Igreja. Foi nomeada Secretário da Cúria e, em seguida, Cardeal.

Em 855, com a morte do Papa Leão IV, foi aclamada Papa, com o nome de João VIII. O seu pontificado distinguiu-se pela justiça e defesa dos mais humildes, sendo um Papa discreto e que quase não aparecia em público.

Certo dia, durante uma procissão solene, com toda a pompa e circunstância, montada num cavalo e à frente do cortejo, como era o costume da época, Joana sentiu-se mal e dores violentas fizeram-na cair do cavalo. Ali, entre dores, sangue e lágrimas, deu à luz uma criança. Alguns cardeais, atordoados, ajoelharam-se, exclamando: - Milagre! Milagre!

A partir daí os relatos divergem. Segundo alguns, a multidão reagiu com indignação, apedrejando Joana e a criança até à morte. Para outros foram encerradas no castelo papal, até ao fim dos seus dias. Outra versão seria que ela e a criança morreram de complicações do parto.

Fontes: Wikipédia; História de Encantar (http://mariazita-historiasdeencantar.blogspot.com.br).

Siwa, a rainha do sex appeal

Siwa - 1959
Aparecida Maria Castro Augusto nasceu em São Paulo (capital) em 4 de fevereiro de 1924. Siwa formou-se como bailarina clássica e aos 12 anos já fazia parte do corpo de baile do Municipal de São Paulo. Foi solista e também fez carreira no Municipal do Rio. Apresentou-se ao lado de grandes bailarinas.

Ainda nos anos 40, fundou, com outros profissionais da dança, o tradicional Ballet Pigalle. Entre os grandes balés de que participou, estão "O Julgamento de Páris", "Mozartiana" e "Divertissements".

Apesar de ter verdadeira paixão pela dança clássica Siwa fugia um pouco dos padrões estéticos das bailarinas da época, pois fazia o tipo boazuda: quadris largos, coxas bem torneadas e cintura fina. 

No início dos anos 1950, fez incursões no teatro de revista dançando em teatros e boates. Entre seus números dessa época está o famoso French Cancan. Siwa nunca chegou a ser girl. Na revista começou como bailarina e pouco tempo depois já era vedete.
 
A partir de 1952, com o fim do Ballet Pigalle, Siwa adotou o nome artístico de Siwa Tzen e optou, sem medo, pela revista. Uma de suas primeiras aparições como vedete foi em "Eva me Leva", no Follies, em janeiro de 1952. Seu primeiro papel de destaque foi em "Poeira do Chão" (1952), com a Cia. Mary-Juan Daniel. O elenco da peça era encabeçado por Elvira Pagã, Dalva de Oliveira e Zeloni, mas Siwa foi a grande atração.

Em 1953, já empresária e estrela de sua companhia, apresentou sucessos como "Uma Pulga na Camisola", no Teatro Alumínio, em São Paulo. Em 1958 fez um grande sucesso com "Disfarça... e Bota a Mão". Trabalhou com a Cia. Mary e Juan Daniel; Cia. Ney Machado e outras.

Em 1953, montou a sua própria companhia: Siwa e Sua Companhia de Revistas de Bolso. Dentre as revistas que fez, estão "Poeira do Chão" (1952); "Eva me Leva" (1952); "Eu Quero é me Rebolar" (1953); "O Mágico do Catete" (1953); "Uma Pulga na Camisola" (1953); "É Sopa no Mel!" (1954); "Mulheres à Bangu" (1954); "Mão na Toca" (1957); "Coquetel de Boas"; "Disfarça... e Bota a Mão" (1958); "Mulheres, me Afobei!" (1960). Fez, também, shows na boate Ranchinho do Alvarenga (1952), Casablanca, Monte Carlo.
 
Siwa era flexível, tinha grande desenvoltura cênica e se expressava muito bem com o corpo. Sua sensualidade não residia apenas no belo físico, mas também em sua postura insinuante e sugestiva. Tinha um tipo exótico, era morena alta com rosto marcante: lábios grandes, sobrancelhas arqueadas, olhos amendoados, sorriso devastador. Era chamada de "a misteriosa", se apresentava com roupas sempre extravagantes e incomuns no teatro, como vestes orientais, folclóricas, estampas de onça, etc...
 
Siwa foi casada com o comediante Vagareza (Hamilton Augusto). Conheceram-se no teatro de revista, quando atuaram juntos em   "Poeira do Chão" (1952). Montaram companhia própria no fim dos anos 1950, com bastante sucesso. Foi o terceiro empreendimento de Siwa como empresária de revista.

No início dos anos 1960, Siwa e Vagareza fizeram estrondoso sucesso, como dupla, em diversos humorísticos da TV Rio e da Tupi. Permaneceram casados até a morte de Vagareza, em 1997.

Siwa era ousada: em 1954, organizou uma nova companhia constituída apenas de mulheres, tendo apenas um varão em cena: o comediante Spina. Fez temporada em Campos, lançou grandes girls e vedetes, e importou meninas do Follies Bergère.Também lançou vedetes como Wilma Palmer e comediantes como Costinha. Foi considerada a atriz mais elegante e bem-vestida de 1954.
 
Durante a temporada de "Disfarça... e Bota a Mão" (1958), no Teatro São Jorge, ela fez um ensaio fotográfico para J. Trovão. Um retrato se destacou: o que ela trajava uma fantasia de baiana. Trovão levou a imagem a uma agência de publicidade e a foto foi escolhida para a campanha publicitária da câmera fotográfica Minolta, da empresa japonesa Rokkor. A tal imagem de Siwa  vestida de baiana foi parar em Tóquio, reproduzida em banners e outdoors. Fez tanto sucesso que vários apaixonados japoneses  lhe enviaram cartas (em japonês). Por isso, foi apelidada de "A preferida dos japoneses". 

Um de seus quadros de grande sucesso chamava-se "A Neurastênica" da revista "Poeira do Chão" (1952), em que ela entrava cantando assim: "Eu quero achar um remédio eficaz / Para poder meus nervos acalmar, / Meu mal não sei diagnosticar... / Será que é neurastenia? / Se um bonitão me vem falar / Começo logo a me assanhar / Mas se ele vem muito perto, / Eu quero logo é brigar! / É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz / O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!"

Desce e improvisa com a plateia:  "O senhor seria tão gentil... Podia indicar-me um remédio? Eu vejo um rapaz, fico louca para falar com ele, mas quando ele chega perto de mim eu sinto uma coisa esquisita. Eu sinto vontade de apertar, apertar, apertar, até... Asfixiar! Não sei o que é que eu tenho".
 
Para outro senhor: "Ah, é você mesmo! O senhor vai me ajudar. Indique-me um remédio! Como? Não quer que eu chegue perto? Não tenha medo, eu agora estou calma. O que foi que o senhor disse? Não tem o remédio? Ah! O senhor tem o remédio sim! Se eu procurar eu acho.  Garanto!"
 
Sobe ao palco e canta: "É neurastenia meu mal-estar, / É neurastenia... / Que não se pode curar! / Se eu encontrar alguém que é capaz O meu remédio logo acertar, / Eu faço qualquer negócio / Qualquer negócio... / Menos casar!".
 
Siwa também fez cinema, na Atlântida, com "Os Apavorados" (1962), uma das últimas chanchadas de Oscarito. Também tomou parte no filme "Eu Sou o Tal" (1959), que o marido protagonizou.

Em 1968 voltou ao ballet clássico e fundou – com o marido – a Siwa Ballet Morumbi, em São Paulo. A escola existe até hoje e é uma das mais tradicionais da cidade. Atualmente é administrada por sua filha, Vânia. 

Faleceu no dia 1° de abril de 2009, em São Paulo, aos 84 anos.  

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sucos para hidratar o corpo

Quando o índice de umidade relativa do ar está inferior a 30%, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda cautela. Nos dias mais secos, hidratar-se adequadamente é essencial para evitar prejuízos à saúde. O clima favorece crises respiratórias e até problemas mais graves como o infarto .

Para repor os sais minerais e se hidratar de maneira rápida, a nutricionista Lucianna Jardim, da Way Diet - Nutrição Exclusiva, do Rio de Janeiro, indica sucos com morango e cenoura. A fruta é fonte de vitamina C e antioxidantes, evitando o envelhecimento da pele e o legume é rico em betacaroteno e compostos fenólicos como o ácido caféico.

E se além de hidratar, a ideia é acelerar o metabolismo, vale apostar em um suco termogênico. Lucianna indica misturar maçã, salsão, aipo e gengibre.

“O aipo e o salsão são ricos em fibras e vitamina C e têm ação diurética – fator super importante para as mulheres, pois elas têm tendência à retenção de líquido”, diz.

Já a nutricionista Betina Ettrich, de Porto Alegre, recomenda o mix de abacaxi, água de coco, hortelã e suco de limão. Entre as frutas, na hora de batê-las, prefira melancia, melão, abacaxi, maçã, cenoura, goiaba e banana, que são basicamente compostas por água.

Veja a seguir receitas de sucos diversos que ajudam a hidratar:

Suco de morango e cenoura: bata 5 morangos, 1 cenoura e 200ml de água de coco (ou de água pura).

Suco de maçã, salsão, aipo e gengibre: bata 1 maçã, 1 talo de apio e 1 de salsão e uma colher de sopa de gengibre ralado.

Abacaxi, hortelã, limão e água de coco: bata 300 ml de água de coco, 2 fatias médias de abacaxi, 4 folhas de hortelã e o suco de meio limão.

Suco de melancia com limão: bata uma fatia pequena de melancia com o suco de um limão.

Suco de erva-doce e pera: bata 1 pera com 300ml de chá de erva-doce.

Suco de melão, mel e água de coco: bata 200ml de água de coco, 1 colher (de café) de mel e uma fatia de melão.

Chá mate com limão: bata 200ml de chá mate com o suco de 1 limão. É uma ótima pedida para hidratar rapidamente e refrescar.

Suco de banana com maçã: bata uma banana nanica com uma maçã e 200ml de água de coco.

Suco de melancia com capim cidreira e laranja: bata 1 fatia pequena de melancia, o suco de 2 laranjas, 2 folhas de capim cidreira e coe antes de servir.

Suco de maçã verde, mel e limão: bata 1 maçã verde, 1colher (de café) de mel e o suco de um limão.

Suco de goiaba com água de coco: bata 200ml de água de coco com uma goiaba vermelha.

Suco de abacaxi com hortelã: bata 2 fatias de abacaxi com 3 (ou mais) folhas de hortelã. 

Fonte: iG São Paulo / Texto: Chris Bertelli

Efeitos do álcool em sua pele

Quem nunca exagerou um pouco no vinho ou na capirinha que atire a primeira pedra. O consumo de bebidas é, sem dúvida, muito prazeroso para a grande maioria das pessoas, sobretudo, ao lado dos amigos, num happy hour após o expediente ou no churrasco de fim de semana.

Porém, os efeitos do álcool no organismo vão muito além das consequências já bem conhecidas, como o comprometimento da coordenação motora e o surgimento de doenças no fígado.

O consumo de álcool etílico, o tipo mais comum contido nas bebidas, pode tirar o brilho e a beleza da pele, provocar o surgimento de doenças nas unhas, dentre outros malefícios.

A cosmetóloga e diretora técnica da Medicatriz Dermocosméticos, Sheila Gonçalves, assegura que a bebida alcoólica é um "veneno" para quem busca prolongar a juventude e retardar o surgimento dos sinais de envelhecimento.

"Mesmo que o consumo seja pequeno, o álcool é um agente dilatador dos vasos sanguíneos, o que provoca alterações nas células da pele, provocando uma série de conseqüências, além do envelhecimento precoce, tais como: dermatite seborreica, aumento de incidência de caspa, aumento do tamanho da glândula sebácea, resultando mais oleosidade na face, unhas fracas e com manchas brancas, vermelhidão facial, que pode chegar a rosácea, desidratação, que pode levar a descamação, principalmente nos cotovelos e joelhos, psoríase, etc", alerta a cosmetóloga.

Todos esses efeitos são mais intensos nas mulheres, uma vez que elas são mais suscetíveis por serem menos resistentes ao álcool. "O álcool se mistura com a água do corpo e, como as mulheres possuem proporcionalmente menos água do que os homens, a concentração e os efeitos da bebida são maiores. Portanto, não recomendo perder tempo e dinheiro na clínica estética e na utilização de cosméticos se a mulher colocar tudo a perder num copo de bebida", diz Sheila.

A especialista comenta que são efeitos que podem ser amenizados, desde que o consumo de álcool passe a ficar fora da lista de bebidas preferidas.

"O ideal é trocar a cerveja por chás, por exemplo. É uma bebida estimulante, refrescante e praticamente sem calorias se tomada pura. Além das substâncias antioxidantes, o chá contém bioflavonóides, que podem reduzir o risco de câncer, doenças do coração e derrames. Os chás em geral ajudam a reduzir a oleosidade da pele, ajudam na cicatrização e combatem o envelhecimento", observa a cosmetóloga.

Mas, se não for possível, ela recomenda que seja ingerida a bebida com menos teor alcoólico, a cerveja, por exemplo. Com 5% de concentração, a cerveja fica atrás dos vinhos, com 12% e, em primeiro lugar, ficam os destilados, como o whisky, com 40%.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, contudo, mostram um cenário adverso. Enquanto em 2006, 8,2% das mulheres entrevistadas admitiram exagerar no álcool, em 2010 esse número pulou para 10,06%. Uma dose-padrão de bebida alcoólica (350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 50 ml de destilado) contém, aproximadamente, 10-14 g de álcool puro.

Fonte: Vila Mulher
Texto: Jessica Moraes

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Joana D’Arc, a vedete escultural

Anna do Couto Martins nasceu em Araguari (MG), em 2 de julho de 1925. Mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda bem jovem, com  sua  mãe. Desde criança cultivava o desejo de seguir a carreira artística.

Ao ler num jornal que a Companhia Beatriz Costa e Oscarito estava selecionando girls para o seu próximo espetáculo, viu uma oportunidade para realizar seu sonho. Apresentou-se no Teatro João Caetano e logo foi contratada.

Estreou como girl na revista "Garotas de Além-mar", em 1944, aos 19 anos. A carreira de girl durou pouco. Sua figura ganhou destaque entre as coristas, e no espetáculo seguinte, "Fogo na Canjica", ganhou suas primeiras falas. Foi nessa época que  adotou o nome artístico de Joana. Mais tarde, adicionou o sobrenome D’Arc, em alusão à famosa heroína francesa. A sugestão foi de Beatriz Costa, por acreditar ser um nome forte, que combinava com sua figura marcante no palco. Participou ainda de   outras revistas, destacando-se, principalmente, nas carnavalescas.
 
Após o término da companhia, Joana ingressou no balé do empresário Carlos Lisboa, em 1947. O balé se apresentava em teatros e também em casas noturnas. Excursionou para o Sul, fazendo uma temporada no Rio Grande. Em Pelotas, conheceu o ator Procópio Ferreira que, na ocasião, estava com sua companhia de comédias fazendo uma temporada na cidade. O popular ator se encantou com a morena e a convidou para fazer parte de sua companhia. Joana aceitou na hora. Procópio era um dos mais famosos e influentes atores do Brasil.
 
Estreou na comédia "Sua Excelência, o Criado". Apresentaram-se em mais algumas cidades e, em seguida, estrearam no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro. Mas ela sentiu falta da revista. Não gostava da comédia. Achava monótono um espetáculo sem música, sem fantasias, sem escadarias, sem a alegria da revista. Joana D’Arc, então, se descobriu vedete. 

A experiência com Procópio foi a única fora do teatro de revista. Durante toda a sua vida artística, Joana D’Arc foi exclusivamente uma vedete. Tradicional de teatro e do palco. Apesar de ter feito apresentações em boates e cabarés, era no   palco, de preferência nos da Praça Tiradentes, onde se encontrava plena e absoluta.

Em 1948, retornou ao gênero musicado, na Companhia de Dercy Gonçalves. Já não era uma simples vedetinha, mas um dos destaques do elenco. Fez "Manda Quem Pode"; "Cara Malfeita" e "Noites Cariocas". Sua ascensão foi rápida.

No ano seguinte, apareceu no elenco de grandes produções recordistas como "Brotinhos e Tubarões"; "Olha a Boa!" e "Quero Ver isso de Perto". Todas estreladas por Renata Fronzi, a vedete sensação.

O grande responsável pelo sucesso de Joana D’Arc era seu corpo. Ela era um mulherão. Não tinha nada de mignon. Era alta e imponente. Tinha curvas generosas e pernas perfeitas. Foi chamada de A Escultural, pela crítica. Mas Joana não era só um corpo que se movia com graça. Cantava, dançava – rebolava e dizia – com muita malícia – textos de double sens. Um de seus números famosos foi apresentado em "Bonde do Catete" (1950), no João Caetano. Vestida de vendedora de cigarros, usando uma minissaia, declamava: "O senhor, quieto, velhinho, / Mas que pita o seu fuminho / E engasga com a nicotina, / Bem pode voltar ao jogo / E fumar com vitamina /  Pois eu lhe ofereço fogo!".
 
Ainda em 1950, fez parte do elenco do fenômeno "Muié Macho, sim Sinhô", de Walter  Pinto. O espetáculo é considerado um dos melhores de toda a carreira teatral do empresário. Ficou cinco meses em cartaz com lotações esgotadas. Faturou mais de quinze milhões de cruzeiros. Encabeçando o elenco, Oscarito, Virgínia Lane, Pedro Dias, Grande Otelo, além da cantora Dalva de Oliveira.

O estrelato daquela que era considerada o corpo mais perfeito do teatro brasileiro, pelo jornalista Brício de Abreu, só aconteceu em fins de 1951. Após sagrar-se Rainha das Atrizes, no tradicional concurso do Baile das Atrizes, estrelou absoluta "Boa... Até a Última Gota", no João Caetano. 

Ambiciosa, Joana D’Arc lançou sua própria companhia, em 1953 – mesmo ano em que foi eleita, por Sergio Porto, uma das "Dez mais bem despidas", lista que no futuro se imortalizaria como "As certinhas do Lalau". Encenou no João Caetano "Bomba da Paz", uma revista milionária, financiada por um admirador. Dividiu o estrelato com Dercy Gonçalves, mas o empreendimento  fracassou. Mesmo com o tremendo prejuízo, continuou.

No ano seguinte, montou uma nova companhia, agora tendo Silveira Lima como financiador. Estreou em São Paulo, em temporada no Teatro Alumínio, com três revistas: "Rainha da Alegria"; "Tudo de Fora" e "Pernas Provocantes". Com essa última apresentou-se no Rio de Janeiro, no Teatro Glória (na Cinelândia). Dessa vez, Joana D’Arc e a companhia fizeram sucesso. 

Com tudo acertado para estrear no Teatro Colón, em Buenos Aires, Joana D’Arc abandonou a carreira de vedete e empresária. Mudou-se para os Estados Unidos. Foi viver com William Bird, um milionário apaixonado. O romance não durou muito tempo e, da América, Joana partiu para uma temporada, como vedete, na Europa. Em Portugal, atuou no Teatro Coliseu, promovida pela amiga Pepa Ruiz II. Fez também apresentações na Espanha e na França, em cassinos, boates e cabarés.

Voltou ao Brasil somente em 1957. A partir daí sua carreira já não tinha o mesmo impacto. Apesar de vencer, pela segunda vez, o concurso de Rainha das Atrizes, atuou, somente, em cinco revistas entre 1958 e 1960. Seu último espetáculo foi "Entre Pernas e Plumas", no Teatro Recreio (1960). Completou 16 anos de carreira e se despediu dos palcos com a seguinte frase: "A gente tem de sair de cena, enquanto a casa ainda tem público". 

Em 1966, foi convidada pelo revistógrafo Meira Guimarães para uma reentré artística, no show Frenesí, no Golden Room do Copacabana Palace. Recusou. Preferiu ficar imortalizada na memória de seus fãs, em bons espetáculos, na fase áurea da revista. O seu negócio era o teatro, o palco. Era uma vedete em toda a sua essência.
 
Joana D’Arc teve dois filhos, Maria Margarida e David Barata – que atualmente mantém um blog sobre a mãe vedete. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1º de novembro de 2003, aos 78 anos de idade, vítima de um infarto. 

Fonte: As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano

Superando a ansiedade

A ansiedade causa diversas doenças, como cardiopatias em geral. Muitas vezes, o indivíduo faz o tratamento medicamentoso, mas esse desconforto psíquico impede que a doença seja controlada. Ela pode causar insônia, tensão por dor muscular, dor de cabeça, dor no peito, palpitações no coração, sudorese intensa, tremores, falta de ar, aumento da pressão arterial, etc. Pode ser despertada pela perda de algum ente querido, dificuldade financeira, brigas com algum parente, expectativa ou perda de emprego, abstinência de álcool, drogas, etc.

Todas as pessoas enfrentam esses problemas. Algumas conseguem lidar com eles de forma tranquila; outras, de forma tensa.  Se você faz parte desse último grupo, tente pôr em prática algumas técnicas de relaxamento para se sentir melhor.

1  Encontre um lugar calmo de sua casa e ponha uma música que lhe transmita tranquilidade.

2  Deite-se de costas no chão e com olhos fechados.

3  Contraia os músculos do rosto e depois relaxe-os. Repita algumas vezes.

4  Erga a cabeça e deixe-a cair para trás suavemente.

5  Mantenha o pescoço e o maxilar relaxados, de modo que sinta a garganta se abrindo.

6  Estique os braços e os dedos, tensione-os por um instante antes de relaxar completamente os músculos.

7  Mantenha os calcanhares juntos, estique as pernas e os dedos e depois relaxe-os totalmente.

8  Permaneça deitado por mais alguns minutos, levante-se, tome um banho morno e cante uma música durante o banho.

9  Faça uma prece a Deus e entregue a Ele suas preocupações. A fé é um dos remédios mais poderosos e tem comprovação científica.

Por: Évelyn Emília Faye Santos (enfermeira)

Fonte: Vida e Saúde - Abr 2011, p.44.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Probióticos: as bactérias do bem

Os probióticos, ou “bactérias do bem”, são ótimos aliados da saúde e são encontrados em alguns alimentos, como certos iogurtes. Além de melhorar o trânsito intestinal, também ajudam a prevenir diversas doenças, como o câncer de cólon. Mas atenção: os probióticos são alimentos, e não remédios, ou seja, eles não curam doenças.

“Alimentos que contêm probióticos servem para auxiliar no bom funcionamento do intestino e do organismo, e não para suprir possíveis deficiências do corpo”, afirma Sandra Lúcia Fernandes, nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia.

Além desses benefícios, eles ainda ajudam a perder peso e reduzir o inchaço. “Como eles melhoram as funções intestinais, a pessoa que já está fazendo dieta acaba emagrecendo mais rápido”, completa.

Atenção aos rótulos, pois não são todos os iogurtes que possuem probióticos.

Conheça os probióticos

Essas bactérias do bem vivem no nosso intestino e têm responsabilidade sobre o bom funcionamento do órgão e pela manutenção das defesas do corpo. De acordo com Durval Ribas Filho, nutrólogo do Departamento Científico da Associação Paulista de Medicina, “os probióticos são a base da nossa flora intestinal, pois proporcionam a ela saúde e equilíbrio”. Qual a quantidade ideal de consumo? Quando são encontrados em alimentos (e não em medicamentos, como sachês e cápsulas), não existe uma quantidade certa. É necessário o consumo regular de alimentos com probióticos para que a pessoa consiga sentir seus benefícios. Além disso, “não adianta usá-los sem manter uma alimentação balanceada”, explica a nutróloga Sandra Lúcia Fernandes.

Para ter uma flora intestinal saudável, é preciso abastecê-la de frutas, legumes e verduras regularmente. Os probióticos estão presentes em alimentos como alguns tipos de iogurtes e leites fermentados. Também é possível encontrá-los em cápsulas e sachês. Nesses casos, porém, é necessário ter uma orientação médica antes de consumi-los, pois a concentração de probióticos é muito maior. Os tipos de bactérias do bem mais encontrados nos alimentos são as chamadas bifidobactérias e os lactobacilos.

Os principais vilões do equilíbrio intestinal

Estresse
Medicamentos (antibióticos, por exemplo)
Má alimentação
Meio ambiente (mudanças climáticas)

Benefícios dos probióticos

Fortalecem o sistema imunológico. Atuam na prevenção de algumas doenças como o câncer, principalmente o de cólon (fazem essa proteção devido ao equilíbrio entre bactérias boas e ruins). Regulam o trânsito intestinal, diminuindo os riscos de uma doença inflamatória no intestino. Por melhorarem o funcionamento do intestino, acabam ajudando a reduzir o inchaço do corpo.


Fonte: ANAMARIA / M de Mulher
Texto: Marina Lucchesi

Luz del Fuego


Se hoje as mulheres têm direitos garantidos e podem assumir sua posição no meio da liberação sexual sem tantos tabus, muito devem a mulheres transgressoras que viveram antes delas. Infelizmente, muitas dessas representantes da ousadia, sempre a frente do seu tempo, acabam esquecidas entre as páginas da história (Imagem do livro "A bailarina do povo", de Cristina Agostinho - Ed. Best Seller).

Filha de comerciantes de Cachoeiro do Itapemirim (ES), a menininha Dora nasceu numa segunda de Carnaval. Fazia muito calor naquela madrugada de 21 de fevereiro de 1917. Ela era a 15ª filha do casal Etelvina e Antonio Vivacqua. A família Vivacqua   era grande e respeitada. Quando eles se mudaram para Belo Horizonte, a menininha de seis anos começou a apresentar gostos meio estranhos: ela gostava de ir ao serpentário do Instituto Ezequiel Dias e pegou uma cobra na mão no dia em que foi ao circo. Foi, também, uma adolescente rebelde e provocativa. Após a morte do pai, interrompeu os estudos e foi morar com o irmão mais velho no Rio de Janeiro.

No Rio, conheceu Cesar Ladeira, locutor da Rádio Mayrink Veiga que a introduziu no meio artístico e na high society. A   família não gostou de seus comportamentos inadequados e acabou mandando a moça voltar a Belo Horizonte.

Em 1936, Dora foi  morar com a irmã Angélica, casada com Carlos. Foi quando Angélica encontrou o marido assediando Dora e resolveu interná-la no Hospital Psiquiátrico Raul Soares. Dora ficou isolada durante dois meses. Quando saiu, transformou-se em presença incômoda e contava pra quem quisesse ouvir o caso do assédio.

Foi obrigada a passar uma temporada na fazenda. Foi quando ela se meteu no mato e voltou nua com duas cobras-cipó enroladas   no corpo, mandando o filho do administrador fotografá-la. Resultado: nova internação, dessa vez numa casa de saúde do Rio de Janeiro. Estava com 20 anos. Quando saiu do hospital, foi morar em Campos (RJ). 

Dos 21 anos em diante, teve uma vida cheia de fugas, emoções e desafios. Recusou um pedido de casamento, tirou brevê, quis ser paraquedista, apaixonou-se, desiludiu-se e decidiu ser dançarina sensual coadjuvada por serpentes. Arranjou uma jiboia, deu-lhe o nome de "Anjo" e treinou-a durante 12 semanas. Mas a cobra morreu durante o último ensaio antes da estreia. Já experiente, domesticou e treinou duas outras cobras. Depois de dois anos, dezessete dias e quase cem mordidas, fez seu espetáculo na companhia do casal de jiboias "Cornélio" e "Castorina".

Em 1944, virou a atração da noite no palco do picadeiro do Circo Pavilhão Azul, sendo anunciada como "A Luz Divina e suas incríveis serpentes".Também nesse ano estreou no teatro de revista, no espetáculo "Tudo é Brasil", no Teatro Recreio. Fez seus bailados com as cobras e muito sucesso, ao lado de Jararaca & Ratinho, Colé, Celeste Aída e Aracy Côrtes.

Apresentou-se em outros circos de periferia no Rio de Janeiro e acatou a sugestão do palhaço Cascudo: mudou o nome artístico para "Luz del Fuego", que era como se chamava o batom argentino da Carmen Miranda.

Luz seguiu salvando circos da falência até que, em 1950, foi contratada pelo casal Juan Daniel e Mary Daniel 1, donos do Teatro Follies, em Copacabana. No ano seguinte, ela foi para o Teatro Recreio.

Um dos seus grandes sucessos foi "Eva no Paraíso" (1951). A peça era fraca, mas ela brilhava com seus brotinhos cultivados na ilha nudista que apareciam no quadro "O nu através dos tempos". A "Verdade Nua" (1952) a fez voltar ao follies com a família Daniel. Luz, com suas cobras, se sobrepunha aos esforços de Zeloni e a beleza das follies-girls. Também atuou na companhia de Dercy Gonçalves e no Teatro de Zaquia Jorge. Bastava colocar seu nome nos cartazes que era bilheteria garantida.

Em um de seus quadros famosos ela aparecia de freira e, com ar sério, caminhava até o proscênio, dizendo:  – Eu sei que os senhores me consideram uma mulher leviana, imoralíssima, e não querem me ver nem como irmã de caridade. Vocês estão doidos é para me ver pelas costas, não é mesmo? Está bem!

E quando dava as costas  para o público, o que se via era seu traseiro completamente nu. A plateia ia ao delírio.

Em meio a esses acontecimentos positivos Luz publicou seu livro "Trágico Black-Out", cheio de relatos sobre a sedução do cunhado. Neste livro, apresentava, também, suas ideias naturalistas, vegetarianas e nudistas: "Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisam esconder". 

Publicou "Verdade Nua", o livro em que lançou bases de sua filosofia naturalista. As autoridades deram sumiço na obra. A segunda edição foi vendida por reembolso postal. O dinheiro serviu para arrendar uma ilha na qual se instalaria a sede do seu clube naturalista.

Na primeira metade dos anos 1950, Luz causava furor por onde passava. Era conhecida em todo o País. Doava renda de seus espetáculos para instituições beneficentes. Era atração também durante o carnaval, quando aparecia nua em cima de carros alegóricos. Sempre acompanhada das cobras.

Criou o PNB (Partido Naturalista Brasileiro) à custa de espetáculos gratuitos, que fazia seminua, nas escadarias do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Luz obteve licença para viver na ilha Tapuama de Dentro, que foi rebatizada como Ilha do Sol. Essa ilha, na Baía de Guanabara, passou a ser uma das grandes atrações turísticas do Rio de Janeiro. Ali funcionava o Clube Naturalista Brasileiro, o primeiro clube de nudismo da América Latina. Em sua fase áurea de 1956 a 1961, chegou a ter 240 sócios, apesar dos protestos da Igreja.

Nos anos 1960, Luz passou a viver, definitivamente, na Ilha do Sol. Suas reservas financeiras terminavam, a idade chegava e o mito começou a desaparecer. Seus amantes já não eram homens influentes e ricos. Envolveu-se com Júlio, um pescador musculoso  e analfabeto, com quem manteve uma relação de muitos meses. 

Como precisava de dinheiro para obras no clube, retornou aos palcos em 1965, com "Boas em Liquidação". Na ilha, passou a receber poucos amigos e alguns casos amorosos, encerrando as atividades do clube.

Em 1967, Luz del Fuego e seu caseiro foram assassinados. Seus corpos foram amarrados em pedra e lançados ao mar. Os criminosos, presos, confessaram. Mas a tragédia da Ilha do Sol teve requintes de crueldade e muitos fatos não explicados. 

Luz foi ousada, avançada e, ao mesmo tempo, fiel aos seus princípios. Apesar de frequentar as festas noturnas regadas a  álcool, não fumava nem ingeria bebidas alcoólicas. Ela teve sua vida transformada em filme, estrelado por Lucélia Santos.

O dia 21 de fevereiro, data do seu nascimento, é comemorado como o Dia do Naturismo.

Fonte:  As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano; Vila Mulher - Terra.

Espionando no Facebook

De acordo com uma pesquisa feita pela Werstern University, do Canadá, 88% dos usuários do Facebook usam a rede social para acompanhar o que o ex-namorado anda fazendo.

O estudo de nome "É complicado: rompimentos românticos e suas consequências no Facebook" foi feito pela estudante de mestrado Veronika Lucacs.

Ela entrevistou pessoas, durante um ano, que tiveram o "coração partido" com o fim da relação. Segundo a pesquisa, quase 90% dos entrevistados admitiram que, de alguma forma, buscavam saber o que os ex-parceiros estavam fazendo.

O curioso é que 70% das pessoas que admitiram ser espiãs dos amados usavam perfis de amigos para dar uma olhada na vida social do ex-companheiro.

O maior interesse dos entrevistados era saber se a pessoa tinha um novo companheiro (74%). Já o principal temor era saber se o novo namorado era algum conhecido em comum. Ou pior, aquela pessoa "que ele já desconfiava estar interessado".

Veja outros dados da pesquisa:

48% das pessoas permaneceram amigos dos seus ex no Facebook.

74% tentaram arrastar um novo parceiro ou ex novo parceiro suspeita.

64% disseram reler mensagens antigas de seu ex.

50% excluíram fotos do ex do perfil.

52% disseram que ficaram com ciúmes das imagens que o ex postou.


Fonte - UOL Tecnologia

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Década de 50 e o fim dos cassinos

Elvira Pagã, na Revista de Copacana
Em abril de 1946, os jogos de azar foram proibidos no Brasil, por ordem do presidente Eurico Gaspar Dutra, sob a influência   da sua mulher Carmela Teles Leite Dutra, conhecida como Dona Santinha, por sua vez, influenciada pela Igreja Católica. Essa proibição teve forte efeito sobre os atores do teatro de revista que transitavam pelos shows de cassinos completando suas rendas e fazendo-se conhecidos de outras plateias. Havia muitos artistas que trabalhavam exclusivamente em shows de cassinos.

Desempregados migraram para o teatro. O fim do jogo no País e a extinção dos cassinos provocaram un tour de force de homens empreendedores, a fim de que o divertimento e o dinheiro fossem desviados para outros locais e com outros tipos de   lazer e entretenimento.  

Essa sociedade sofisticada que movimentava restaurantes e night clubs era chamada de café society. O maior desses homens empreendedores era Carlos Machado, também conhecido como "O Rei da Noite". Ele institucionalizou o show de boate e tornou famosas suas boates Monte Carlo, Casablanca e Night and Day. Colocou um palco menor, cuidou da sonorização e dos ambientes, chamou as melhores e mais bonitas vedetes, os melhores músicos e revistógrafos experientes para escrever esquetes. Serviu muito whisky aos frequentadores e, aos poucos, assumiu o strip tease nas altas horas. A este conjunto, que era também outro modo de fazer teatro de revista, chamaram "Teatro da Madrugada". 

Os shows se caracterizavam por trazer os elementos básicos do teatro de revista para um espaço menor: a boate. Renata Fronzi e Cesar Ladeira faziam isso no espetáculo Café Concerto, dando mais ênfase à parte musical com influência direta dos cabarés  parisienses. 

Paralelamente, o teatro de revista continuava como o movimento teatral mais expressivo do Rio de Janeiro. Mas agora, a vedete ganhava mais força e importância. Esta figura, no início, dividia as atenções com cômicos e bons textos.

Na década de 1950, a vedete está em primeiríssimo plano. Eram pra ela todas as atenções. Se cantasse bem, melhor. Mas o  importante era que fosse escultural. De preferência, com as medidas da Vênus de Milo ou, um pouco mais brasileira, como Marta Rocha. Com o fim do jogo, Walter Pinto e os outros empresários apostaram todas as fichas na beleza de suas vedetes. 

Entre 1953 e 1954 o biquíni, já comum nos palcos da revista, ainda era proibido em praias brasileiras. Em Copacabana as garotas que tentassem aparecer com o traje sumário sofriam repressão policial. Mas em 1957, o uso da peça já havia sido liberado na praia de Copacabana. Os costumes mudavam rapidamente. A década de 1950 marcava, também, a era do nudismo.

Elvira Pagã e Luz del Fuego – as duas musas do nudismo – garantiram a bilheteria de várias revistas, consideradas fracas pela crítica. A nudez de ambas, já valia o espetáculo. Como atrizes, eram sofríveis. Como vedetes, desde que não se exigissem delas talento musical e desenvoltura cênica, convenciam e prendiam as atenções masculinas.

Os teatros lotavam. Casais iam assistir. Mas ninguém comentava no dia seguinte. Elas eram péssimos exemplos para as jovens. Naquela época, o pecado ainda estava na moda.

Fonte:  As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano.

Eleanor Parker

Eleanor Parker (Eleanor Jean Parker), atriz, nasceu em Cedarville, Ohio, EUA, em 26/06/1922 e era filha caçula de um professor de matemática. Causou surpresa quando, adolescente, optou pela carreira de atriz, uma vez que, ninguém da família, inclusive suas duas irmãs mais velhas, havia antes escolhido tal carreira.

Como grande parte dos atores americanos, ela começou a atuar em peças escolares.  Aos 15 anos, freqüentou o Rice Summer Theatre, em Massachusettes, durante a temporada de verão, voltando a fazer o mesmo na temporada do ano seguinte. Terminado o curso secundário, Eleanor mudou-se para a California. Uma vez lá, estudou na Pasadena Playhouse.

Certa vez, ao assistir à apresentação de uma peça teatral, um agente da Warner Bros. aproximou-se dela e lhe fez um convite, mas somente um ano depois, ao se sentir preparada, Eleanor assinou um contrato com aquele Estúdio no dia em que completava 19 anos.

Seu primeiro trabalho para a Warner deu-se numa pequena cena do filme "O Intrépido General Custer", de 1941, a qual foi cortada quando dos serviços de edição. A seguir, atuou em alguns filmes "B", antes de ter a oportunidade de conseguir melhores papéis.

Em 1951, foi indicada ao Oscar por sua atuação em "À Margem da Vida", perdendo a estatueta para Judy Holliday por seu trabalho em "Nascida Ontem", de George Cukor. Continuando a fazer sucesso, no ano seguinte, Eleanor voltou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em "Chaga de Fogo", ao lado de Kirk Douglas, desta vez perdendo o cobiçado prêmio para Vivien Leigh, por sua magnífica atuação em "Um Bonde Chamado Desejo", de Elia Kazan.

O vale dos reis (1954)
Entre outros sucessos por ela obtidos, acham-se "Scaramouche", de George Sidney, "A Selva Nua", de Byron Haskin, e "Melodia Interrompida", de Curtis Bernhardt, quando voltou a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Ao longo de sua carreira, Eleanor Parker mostrou-se uma atriz versátil. Durante os anos 70, esteve presente na maioria dos filmes feitos para a televisão, com exceção de seu último trabalho para a telona, "A Morte Ronda a Pantera", de Richard Sarafian.

A década de 80 foi marcada apenas por participações em episódios para a TV, sendo seu último trabalho o de Catherine Blake, no filme produzido para a televisão, em 1991, "Dead of the Money", de Mark Cullingham.

Eleanor Parker casou-se quatro vezes: de 21/03/1943 a 05/12/1944, com Fred Losee; de 05/01/1946 a 10/11/1953, com o produtor Bert Friedlob; de 25/11/1954 a 09/03/1965, com Paul Clemens; e, finalmente, com Raymond Hirsch, de 17/04/1966 até o presente. De seu segundo casamento, com Friedlob, ela teve três filhos e de seu terceiro, com Clemens, um.

Filmografia selecionada

1941 - O intrépido general Custer
1942 - Soldiers in White (Documentário)
1942 - Busses Roar
1943 - Mysterious Doctor
1943 - Missão em Moscou
1944 - Um Passo Além da Vida
1944 - Uma Noite Trágica
1944 - The Last Ride
1944 - Pensando Sempre em Você
1944 - Um Sonho em Hollywood
1945 - Uma Luz nas Trevas
1946 - Escravo de uma paixão
1946 - Nunca me Diga Adeus
1947 - Centelha de amor
1948 - A Mulher de Branco
1950 - A morte não é o fim
1950 - À margem da vida
1950 - Três Segredos
1951 - Chaga de fogo
1951 - Rodolfo Valentino
1951 - Quero Um Milionário
1952 - Scaramouche
1952 - Seu nome e sua honra
1953 - A fera do Forte Bravo
1954 - A Selva Nua
1954 - O vale dos reis
1955 - Melodia interrompida
1955 - O homem do braço de ouro
1955 - Sangue aventureiro
1956 - Esse homem é meu
1957 - O sétimo pecado
1957 - Desejos Ocultos
1959 - Os Viúvos Também Sonham
1960 - A herança da carne
1961 - De volta à caldeira do diabo
1962 - Os Propagandistas
1964 - Suave é o Amor
1965 - A noviça rebelde
1966 - Confidências de Hollywood
1966 - Eu Te Verei no Inferno, Querida
1979 - A Morte Ronda a Pantera
1979 - Hans Brinker

Premiações

Indicação ao Oscar de atriz em Caged (“À Margem da Vida”), em 1950.
Indicação ao Oscar de atriz em (“Chaga de Fogo”), em 1951.
Indicação ao Oscar de atriz em Interrupted Melody (“Melodia Interrompida”), em 1955.

Fontes: Wikipédia; 70 Anos de Cinema.