sexta-feira, 23 de março de 2012

Glúten: vilão ou amigo?

Quando você vê um produto na prateleira e se depara com as informações da embalagem, certamente não sabe o que significa ao certo cada coisa. Por mais que esteja presente nos alimentos que levam trigo, centeio, cevada, aveia ou malte, o glúten é uma proteína desconhecida.

Mas afinal... O que raios é o Glúten? Faz mal, faz bem? Ajuda a Emagrecer, Prejudica no Emagrecimento? De fato há uma polêmica que ronda o tema, no entanto, todos concordam que indivíduos que apresentam doença celíaca devem abolir os alimentos com o nutriente.

Por motivos genéticos, o organismo do portador de tal distúrbio não possui a enzima transglutaminase, responsável em quebrar o glúten e fazer com que tal proteína seja metabolizada e absorvida da forma correta pelo organismo. A conseqüência da falta dessa enzima é o estufamento do abdômen, gases, vômito, diarréia e mal-estar provocado pela proteína que acaba “machucando” as paredes do intestino. Isso ocasiona um processo inflamatório que prejudica também a absorção de outros nutrientes.

Por conta da comprovação dos malefícios do glúten aos portadores da doença celíaca, em 1992, entrou em vigor a Lei nº 8.543, que definiu a necessidade da indústria de alimentos em incluir a frase “Contém Glúten” na embalagem de todos os produtos com trigo, cevada, aveia, centeio e malte na receita. Isso, de certa forma, contribui para que a população associasse esse tipo de proteína com algo ruim. No ano de 2003, uma nova lei obrigou a informação de advertência da presença ou ausência do glúten em produtos alimentícios industrializados, o que só aumentou a aversão de todos com relação ao glúten. "não há necessidade de banir o glúten da dieta, a diminuição da sua ingestão já proporciona benefícios visíveis à sua saúde e ao seu peso"

Relação com Boa Forma

Algumas dietas afirmam que banir o glúten do cardápio ajuda na redução da circunferência abdominal. Por outro lado, cientistas afirmam que não há base científica para condenar essa proteína do trigo e nem que ele está diretamente associado à obesidade. Para eles, o que existe é uma tendência natural em evitar o consumo de alimentos fontes de carboidratos e, aí sim, com um cardápio variado, ser beneficiado pela perda de peso.

Devemos seguir a tendência natural de abolir o glúten já que tantos produtos ressaltam a informação de não conter a tal proteína? Uma das características da obesidade é o processo inflamatório crônico. Como consequência há resistência insulínica e o aumento da gordura abdominal. O glúten é uma proteína de difícil digestão. Caso a flora intestinal esteja prejudicada, alguns nutrientes são mal digeridos e passam pelo intestino, como é o caso do glúten. O sistema imunológico entende que essa proteína é um “corpo estranho” o qual deve ser eliminado. Isso acarreta a geração de substâncias que aumentam a inflamação do tecido adiposo.

Segundo a Nutricionista do Emex Kelly Fu Yu Chen (CRN-3/9786), não há necessidade de banir o glúten da dieta, a diminuição da sua ingestão já proporciona benefícios visíveis à sua saúde e ao seu peso, assim como redução do inchaço. “Diminuir a ingestão de glúten não significa reduzir a ingestão de carboidratos, temos vários outros carboidratos isentos de glúten, tais como biscoito de polvilho, tapioca, barras de quinoa, macarrão de arroz, arroz integral, salgadinho de arroz, frutas, etc. Ao invés de ingerir pãozinho diariamente, no café da manhã, intercale com a granola (a granola possui aveia na composição e esta possui glúten, mas em menor quantidade se comparada com a farinha de trigo). Substitua também as bolachinhas da tarde por barras de cereais, tais como de quinoa, totalmente isenta de glúten, ou então por frutas in natura. Diminua a freqüência de ingestão de massas e procure comer no máximo 1 vez por semana. O segredo é a moderação: quanto menos glúten você ingerir, mais o seu peso e a sua saúde agradecem".

Por: Dionisio Alexandrini Neto e Kelly Fu Yu Chen. CRN-3/9786

Chocolate é nocivo aos cães

Os cães não costumam rejeitar nada do que lhes é oferecido e, seja um pedacinho ou um pedação, vão logo abocanhando o que lhes é atirado. Mas certos alimentos que nos parecem tão apetitosos e inocentes, podem causar graves intoxicações nos animais.

O cão, em particular, pode ser afetado por uma guloseima popular e apreciada em todo o mundo: o chocolate.

Constituído por duas substâncias nocivas aos cachorros, a teobromina e a cafeína, o chocolate pode causar graves problemas e até a morte dos cães. A teobromina, encontrada em quantidade muito superior à cafeína nos chocolates, é o maior problema. Leva o animal a quadros de diarreia, vômitos, ingestão exagerada de água, excitação, tremores, taquicardia, febre, respiração acelerada e ataques convulsivos. Todos esses sinais, juntos ou isoladamente, podem começar a aparecer de 6 a 12 horas após a ingestão de chocolate e persistir por até 3 dias.

A quantidade de chocolate necessária para provocar a intoxicação dos cães é muito variável e depende do porte do animal, sensibilidade e até o tipo de chocolate ingerido. Sabe-se que o chocolate amargo possui uma quantidade de teobromina oito vezes maior do que o chocolate ao leite. Embora, como já dito, a dose que causa intoxicação seja variável para cada indivíduo, se um cãozinho de dois quilos ingerir uma barra de 120 g de chocolate ao leite, essa quantidade pode ser letal. Em um cão bem maior, essa mesma dose pode não ser fatal, mas causar problemas gastrointestinais ou neurológicos.

Os chocolates devem ser evitados e, se possível, nunca oferecidos ao cão. Uma vez experimentado o sabor adocicado, o cão vai farejar e consumir toda barra de chocolate que estiver ao seu alcance. E aí está o perigo: a ingestão exagerada e sem controle. Não são poucos os casos de animais intoxicados durante a Páscoa, quando os ovos de chocolate são abundantes e estão bem à vista.

Algumas empresas produzem "chocolates caninos", um produto que possui apenas o aroma do chocolate, sem possuir o princípio ativo tóxico. É uma boa alternativa para satisfazer o cão sem correr riscos.

Fonte: Web Animal.