sábado, 29 de setembro de 2012

Hebe morre aos 83 anos

A apresentadora Hebe Camargo morreu em São Paulo, neste sábado (29), aos 83 anos. Ela lutava contra o câncer desde 2010 e morreu, segundo a assessoria do SBT, após sofrer uma parada cardíaca, ao se deitar para dormir, nesta madrugada.

Hebe é um dos maiores ícones da televisão brasileira e ficou internada pela última vez por quase duas semanas em agosto, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Nos últimos dois anos passou por várias cirurgias e tratamentos contra o câncer.

O velório será realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, no Morumbi, a partir das 18h deste sábado – o carro funerário chegou à casa da apresentadora por volta das 16h15. Já o sepultamento está marcado para as 9h30 deste domingo (30), no cemitério Gethsemani, segundo funcionários do local e o governo do Estado de São Paulo. (Fonte: G1)

 Um pouco de sua trajetória artística

Hebe Camargo nasceu no dia 08 de março de 1929, em Taubaté, São Paulo. Filha de Ester e Fego Camargo, que era violinista do Cinema Politeama em Taubaté na época dos filmes mudos, Hebe teve uma infância humilde, principalmente depois da chegada do cinema falado, quando seu pai perdeu o emprego.

Em 1943, a família Camargo se mudou para São Paulo e Fego passou a integrar a orquestra da Rádio Difusora. No ano seguinte, Hebe começou a se apresentar em programas de calouros das rádios paulistanas, fazendo imitação de Carmen Miranda.

Depois de ganhar vários prêmios como caloura, Hebe formou o Quarteto Dó-Ré-Mi-Fá, junto com a irmã Stela e as primas Helena e Maria. Cantando músicas do grupo feminino americano Andrews Sisters, o quarteto foi contratado pela Rádio Tupi. Encerraram atividades três anos depois, quando uma das primas se casou.

Logo em seguida, Hebe e a irmã Stela formaram a dupla sertaneja Rosalinda e Florisbela, que teve vida curta. Hebe, então, decidiu iniciar carreira solo, interpretando as seguintes músicas: Moreno Lindo e Dora Dora.

Seu primeiro disco, em 78 rotações, foi gravado pela Odeon. Nele havia as músicas Oh! José e Quem foi que disse?. A artista lançou outros discos, passou a ser conhecida como Estrelinha do Samba e posteriormente como A Estrela de São Paulo.

Já consagrada, prestou homenagem a Carmen Miranda, gravando um pout-pourri com os maiores sucessos da pequena notável. Ainda como cantora, Hebe atuou em alguns filmes do comediante Mazzaropi e até contracenou com Agnaldo Rayol num deles. Como atriz, participou do filme Quase no Céu, de Oduvaldo Vianna, lançado em maio de 1949. Hebe participou ainda da última edição do Festival de Música Popular, defendendo a música Volta Amanhã.

Com o passar do tempo, a carreira de cantora deu lugar à de apresentadora. Hebe, inicialmente substituiu Ary Barroso num famoso programa de calouros. Mas o programa que a destacou como apresentadora foi "O Mundo é das Mulheres", exibido no então canal 5 e que contava com a produção de Walter Forster.

Em 14 de julho de 1964, Hebe se casou com o empresário Décio Capuano e interrompeu a carreira artística. No dia 20 de setembro de 1965, nasceu o primeiro e único filho da artista, Marcello Camargo. Logo ela retomou a carreira, com um programa na rádio Excelsior.

No dia 6 de abril de 1966, Hebe estreou na TV Record (Canal 7) o Programa Hebe, que teve como convidado Roberto Carlos. A atração bateu recordes de audiência, chegando a obter 70% dos telespectadores. A fase só não era melhor porque Hebe não conseguia aliar a carreira com o casamento. Em 1971, terminou sua união com o empresário Décio Capuano. Em 1973, conheceu Lélio Ravagnani, com quem viveu até 2000, ano em que Lélio faleceu.

Após uma pausa de quase 10 anos, Hebe retornou à televisão em 1981. Seu programa era exibido nas noites de domingo e posteriormente às sextas-feiras, na TV Bandeirantes. Depois de quatro anos de sucesso, a direção da emissora resolveu inexplicavelmente acabar com a atração.

Em 1985, quando ainda estava na Bandeirantes, recebeu convite do SBT e em novembro do mesmo ano assinou contrato. Sua estréia aconteceu dia 4 de março de 1986. Desde a estréia no SBT, Hebe apresentou: o Programa Hebe, no estilo show, no ar nas noites de segunda-feira, e o "Hebe Por Elas", programa de entrevistas só com mulheres apresentado às terças-feiras. Ela chegou a ter, por curto período, um programa nas tardes de domingo.

Hoje o Programa Hebe vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 22h20, no qual a apresentadora conversa com artistas e personalidades sempre de forma descontraída, mostrando toda sua irreverência e experiência, num estilo inconfundível. Aurora Prado dirigiu o programa até abril de 2002, mês em que a diretora Simone Lopes assumiu a atração.

No rádio, Hebe apresenta atualmente o programa "Hebe & Você", pela Nativa FM, de segunda à sexta, das 11h às 12h. Ela recebe convidados especiais, responde perguntas dos ouvintes, fala sobre sua vida, emite opinião sobre fatos relevantes que marcaram a semana e dá dicas de beleza e saúde, entre outros temas.

A carreira de cantora foi retomada em 1999. Hebe gravou o CD Pra Você, pela Universal-Polygram, com produção de Zé Milton. O show de lançamento, realizado no Palace, alcançou enorme repercussão e originou uma turnê pelas principais capitais do país.

Em agosto de 2001, Hebe lançou Como é grande o meu amor por você - Hebe e convidados. O CD tem participações especiais de Chico Buarque, Caetano Veloso, Zezé di Camargo e Luciano, Simone, Nana Caymmi, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo e Fábio Júnior.

Entre os vários prêmios que a apresentadora recebeu ao longo da carreira, o que mais a deixou emocionada foi ter sido escolhida pelos paulistanos, numa pesquisa realizada 1990, A cara de São Paulo. Em 1994, Hebe recebeu da Câmara Municipal o título de Cidadã Paulistana.

A cantora Hebe

Hebe Camargo
Testemunha (samba-canção, 1952) - J. Piedade e Alfredo Godinho


Título da música: Testemunha / Gênero musical: Samba / Intérprete: Hebe Camargo / Compositores: Godinho, Alfredo - Piedade, J / Acompanhamento Regional / Gravadora Odeon / Número do Álbum 13289 / Data de Gravação 28/05/1952 / Data de Lançamento 07/1952:

Você pode fazer minha vida
mudar de repente
Você pode ser mais para mim
Do que toda essa gente
Essa gente que fala, maltrata
Difama o meu nome
Você é testemunha
Que a eles eu matei a fome

Você pode fazer minha vida
mudar de repente
Você pode ser mais para mim
Do que toda essa gente
Essa gente que fala, maltrata
Difama o meu nome
Você é testemunha
Que a eles eu matei a fome

Você é testemunha dos atos
Que eu pratiquei
Você é testemunha da minha
Inocência, bem sei
Você é minha vida
É minha razão
Tudo enfim
Mas de tanto falar em você
Você pode um dia
Virar contra mim...


Fontes: Hebe/SBT - SBT; MPB Publicações

Encontro em Samarcanda


Reza a lenda que um rico mercador árabe, percorrendo o buliçoso mercado de Bagdá, encontra a Morte e esta o informa que dentro de três dias lhe vai levar o mais querido dos seus servos.

Aflito, o mercador chama o servo, dá-lhe um saco de moedas e ordena-lhe que viaje para Samarcanda, cidade longínqua e cosmopolita, situada na movimentada Rota da Seda, enganando assim os desígnios da Morte.

Dois dias depois, deambulando pela cidade, o mercador encontra de novo a Morte, e esta, surpreendida pergunta-lhe:

- Que estranho! Que fazes aqui?

Atrapalhado, o mercador respondeu:

- Exerço o meu mister. Porque perguntas isso? Ao que a Morte responde:

- Por nada de especial. Apenas fiquei espantada, pois tenho amanhã um encontro com o teu servo em Samarcanda e não te esperava encontrar aqui na cidade.

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Então é isso: ninguém foge ao seu destino. Um dia vai chegar a minha hora, a do caro leitor, de todo mundo: a morte é a única inevitabilidade que conhecemos a partir do dia em que nascemos.

A mais antiga mensagem engarrafada


Enquanto pescava perto das Ilhas Shetland (Escócia) no último dia 12 de abril, Skipper Andrew Leaper apanhou uma garrafa em sua rede. Poluição? Nada disso: era uma mensagem escrita em 1914, confirmada recentemente pelo livro de recordes Guiness Book como a mais antiga já encontrada em uma garrafa. Ela passou 97 anos e 309 dias à deriva.

“Quando puxei as redes de volta, eu vi a boca de uma garrafa saindo por ela e a peguei rápido, antes que caísse de volta no mar”, contou Leaper, em depoimento dado no final de agosto.

A mensagem encontrada não era de um náufrago pedindo por socorro. Na verdade, ela fazia parte de um experimento científico feito em 1914 pelo Conselho de Pescaria da Escócia. Naquele ano, eles lançaram ao mar 1.890 garrafas para mapear as correntes marítimas em torno do país. Dentro de cada uma delas, havia um documento pedindo para que quem encontrasse a garrafa anotasse no papel sua data e localização e o encaminhasse de volta ao diretor do Conselho, em troca de uma pequena recompensa. Até hoje, foram encontradas apenas 315 dessas mensagens.

Em 2006, pescadores que usavam o mesmo barco que Leaper encontraram uma das garrafas, considerada até então a mais antiga. “É como ganhar duas vezes na loteria”, comparou Leaper. Os arredores das Ilhas Shetland são um local de pesca muito popular, o que tornou ainda mais improvável que o mesmo barco “encontrasse” dois objetos raros.

Esperar 97 anos para entregar uma mensagem… E você aí, reclamando que seu SMS levou horas para chegar.

Fonte: LiveScience

Os perigos do açúcar

Robert Lustig é um médico americano da Universidade da Califórnia (San Francisco, EUA), especialista em obesidade. Recentemente, ele tem promovido uma campanha para que haja leis restritivas de consumo de açúcar semelhantes às existentes para o álcool e tabaco, o que limitaria especialmente o acesso das crianças a produtos açucarados. Será que existe motivo para tanta preocupação?

O endocrinologista, que lançou um vídeo no Youtube no qual fala sobre o assunto (que já ultrapassou 2 milhões de visualizações), cita como exemplo uma série de doenças. Ele defende que o número de problemas de saúde como pressão alta, doenças do coração e vícios alimentares eram muito menores há 30 anos, e o responsável pelo salto nos índices foi o açúcar.

Como exemplo, o médico cita diabetes. Em 2011, havia 366 milhões de diabéticos no mundo (o equivalente a 5% da população), mais do que o dobro em 1980. Mais ou menos nessa época, o mundo começou a se preocupar e eliminar a quantidade excessiva de gordura na alimentação. Mas ninguém sabia que alguns lipídios são bons para o organismo: a ordem era cortar o máximo de gordura possível.

De lá para cá, fomos substituindo a gordura por açúcar. No Reino Unido, por exemplo, os índices são alarmantes: desde 1990, o consumo de açúcar cresceu 35%. Entre as crianças, a ingestão de glicose representa 17% do total de calorias diárias. Como é que chegamos a esse ponto?

A resposta do médico americano está nos produtos industrializados. Nos últimos anos, conforme ele explica, todos já sabem que açúcar em excesso pode fazer mal. Por isso, substituímos o açucareiro pelo adoçante, por exemplo, e tentamos cortar o açúcar dos alimentos que nós mesmos preparamos.

O problema é que o “açúcar invisível”, já embutido no alimento que vem da fábrica, atinge uma quantidade cada vez maior de produtos. Se você examinar o rótulo dos produtos que colocou em seu carrinho de supermercado, vai descobrir que existe açúcar em coisas que você nem imaginava.

Muitas pessoas engordam, por exemplo, porque o açúcar é um inibidor natural da leptina, o hormônio através do qual o estômago diz ao corpo que “já está bom, pode parar de comer”. Algo como uma trava natural. Este e outros efeitos nocivos indiretos à saúde por parte do açúcar também são objeto de estudo do endocrinologista americano.

O caminho para a restrição de tais produtos, conforme o próprio Robert Lustig afirma, é complicado. A indústria alimentícia resiste às tentativas de baixar os índices de açúcar nos produtos por que acreditam – provavelmente com razão – que o consumo vai cair significativamente se os alimentos nas formas em que as pessoas estão acostumadas mudarem. A vontade de mudar, dessa forma, deve partir primeiramente do consumidor.

Fonte: Telegraph

Chocólatras são mais magros

Pesquisadores americanos, da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), resolveram verificar o seguinte: será que a imagem do chocolate como doce gostoso que deve ser evitado para quem quer emagrecer é verdadeira? Indícios apontam justamente na direção contrária.

O estudo foi feito com 1.000 participantes, com idades entre 20 e 85 anos. Em média, eles apresentavam Índice de Massa Corporal (IMC) de 28, o que é considerado acima do peso, mas não obesidade. Um homem de 1,80 metros de altura e 90 quilos de peso, por exemplo, tem IMC próximo a 28.

Todos os voluntários tiveram seus hábitos alimentares monitorados, com atenção especial ao consumo de chocolate. Descobriram, a princípio, que pessoas que comiam mais chocolate tendiam também a ingerir mais calorias no geral, incluindo gorduras saturadas, nas refeições regulares. Apesar disso, tendiam a ter menor peso. Mas como isso é possível?

A teoria mais aceita defende que o cacau, especialmente quando encontrado em maior quantidade (alguns chocolates têm alto índice de gordura e menos cacau), ajuda a baixar naturalmente a pressão sanguínea e o colesterol.

Os responsáveis seriam os antioxidantes encontrados no alimento. Estudos paralelos confirmam essa tese, explicando inclusive que alguns tipos de chocolate, tais como o amargo, são mais saudáveis.

Apesar disso, os cientistas garantem que uma dieta de emagrecimento à base de chocolate não deve funcionar. A famosa iguaria não deixa de conter açúcar e gordura, e ainda não há certeza sobre o que seria uma “quantidade moderada” de consumo do chocolate: a maioria das pessoas tende a exagerar, o que anula qualquer efeito de perda de peso.

Fonte: Reuters