quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Mitos e verdades sobre a terceira idade

Não adianta negar, todo mundo vai envelhecer. O processo, que começa perto dos 30 anos com a queda da capacidade pulmonar e cardíaca máxima e com a diminuição na produção de colágeno, é inevitável. Saiba mais sobre os mitos e verdades que acontecem com o corpo quando você alcança a casa dos 60.
 

Quando ficamos velhos, ficamos mais esquecidos. Mito. Do ponto de vista neurológico, existem modificações sim, porém, nem sempre elas comprometem a função cerebral do indivíduo, explica Roberto Dischinger Miranda, geriatra.

Algumas mudanças no estilo de vida fazem com que o idoso fique menos atento ou participativo. À medida que a pessoa fica mais tranquila, tende a diminuir o poder de assimilação dos fatos. A nossa memória está relacionada à atenção.

Quando ficamos mais velhos precisamos nos exercitar menos. Verdade. As alterações no organismo próprias do envelhecimento começam aos 30 anos, com elas vem a diminuição das capacidades pulmonar e cardíaca máximas. A repercussão dessas mudanças na vida cotidiana é pequena, porém, a queda de desempenho pode ser facilmente sentida durante os exercícios físicos. Os exercícios devem ter uma intensidade diferente daquele praticado quando a pessoa era jovem. Mas, em qualquer idade, a atividade física é importante. E a performance ao se exercitar dependerá de cada um, é uma capacidade individual, comenta o geriatra.

As dores são inevitáveis, principalmente as causadas pela artrite. Mito. Osteoartrose é uma das doenças mais comuns no envelhecimento e provoca dor. Apesar das dores ocasionadas pela degeneração da cartilagem serem consideras comuns, não podemos considera-las normais. O paciente deve ir ao médico para fazer um tratamento, fisioterapia e controlar o peso, explica o médico.

O desejo sexual diminui com a idade. Verdade. Segundo Roberto Dischinger Miranda, o desejo sexual tende a diminuir com a idade, por ser próprio do envelhecimento humano. Nas mulheres, a menopausa faz com que a lubrificação diminua, o que causa dores durante a penetração. No homem, é comum a disfunção erétil. Porém, muitas vezes isso não impede a vida sexual do casal. É importante que os dois estejam bem com a prática, seja uma vez ao dia ou uma vez ao mês.

Acima de 60 anos devo procurar um geriatra. Mito. O geriatra é nada menos que um médico generalista com especialização em doenças mais comuns da terceira idade. Como o processo de envelhecimento começa quando somos jovens, é possível ir ao geriatra para acompanhar o avanço da idade, de maneira preventiva. Não há nada que impeça a pessoa de envelhecer, o importante é manter a capacidade funcional, motora, física e mental, explica o médico.

As pessoas com mais de 60 anos sentem menos sede. Mito. A estrutura fisiológica em si não causa essa alteração. Muitas vezes, o que acontece é que o idoso perde bastante água por um quadro de incontinência urinária ou devido aos remédios diuréticos. Com isso, eles tendem a diminuir a ingestão de água conscientemente ou não, diz a nutricionista especializada em gerontologia Maristela Strufaldi. O quadro pode levar à desidratação, tontura, problemas intestinais e prejudicar a pele. Por mais que o corpo não exija, deve-se tomar a mesma quantidade de água que antes, defende Maristela.

Os idosos sentem menos sono. Mito. Algumas teorias defendem que o que acontece na verdade é uma mudança na arquitetura do sono. Muitas vezes, o idoso tem a sensação de que dorme menos ou de que não dormiu bem. Mas nem sempre isso é real, comenta Miranda. Quando a atividade do corpo é menor durante o dia, é natural que as horas de sono diminuam. Porém, nem sempre é preciso tratar com medicamentos. Primeiramente, é preciso investigar as causas dessa mudança e, se possível, trata-las.

O paladar muda com a chegada da idade. Verdade. Assim como os outros músculos, as papilas gustativas, que ficam na língua, tendem a atrofiar. Isso influência na percepção do paladar. Para compensar essa perda, os idosos tendem a buscar alimentos ora muito doces, ora muito salgados, elucida Maristela.

Os músculos desaparecem com o passar do tempo. Verdade. Segundo a nutricionista, a queda funcional do corpo faz com que aumente a quantidade de gordura, diminua a quantidade de massa magra e ocasione a queda no colágeno. O quadro, normal com o envelhecimento, acontece devido à morte celular e à atrofia muscular. O problema pode ser levemente corrigido com atividade física e alimentação balanceada.

Existem doenças consideradas normais na 3ª idade. Mito. Tudo que é considerado doença não pode ser chamado de normal. Pressão alta, diabetes, catarata são comuns, porém, jamais devem ser consideradas normais, uma vez que comprometem a vida do indivíduo. O ideal é envelhecer com saúde e bem-estar, completa o geriatra.

Fonte: Terra

O sal na comida

Diminuir a quantidade de sódio ingerida diariamente é um bom caminho para quem quer evitar doenças graves como insuficiência renal , hipertensão e problemas cardiovasculares.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o valor máximo de 5g de sal por dia, o equivalente a 2g de sódio. A quantidade consumido hoje pelo brasileiro, segundo o iBGE, é duas vezes maior. A cada 1000mg de sal 400mg são de sódio.

“Uma colher rasa de café tem 3g de sal, já uma colher rasa de sobremesa tem 5g”, alerta Daniel Rinaldi, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia.

Comida congelada, alimentos processados ou vendidos em lojas de fast-food e temperos prontos formam o trio mais perigoso para quem não pode exagerar no sal – nesses produtos, ele é o principal ingrediente que garante a conservação das propriedades e do sabor.

O nefrologista indica duas boas condutas que podem ajudar a reduzir a ingestão de sal: tirar o saleiro da mesa (assim a pessoa não tem como colocar mais sal na comida) e olhar a tabela nutricional presente nos alimentos. A conta é simples: alimentos com mais de 480mg de sódio por porção, por exemplo, devem ser consumidos com moderação, pois já são ricos nesse mineral.

Fonte: iG São Paulo
Texto: Chris Bertelli

Ter fé é o melhor remédio

Deus, energia, otimismo, força do pensamento, esperança. Não importa que nome você dá àquilo que traz conforto, disposição, alegria e segurança nos momentos difíceis. O fato é que quem consegue mentalizar o bem mesmo quando as coisas vão mal e acredita que, no fim, tudo vai dar certo vive melhor.

O maior estudo já realizado sobre a influência das emoções na saúde saiu da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Para os pesquisadores, satisfação e felicidade teriam a mesma relevância na prevenção de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (os derrames) do que fatores como idade, peso, tabagismo e condição socioeconômica. Trocando em miúdos, os riscos de alguém que tem fé na vida desenvolver doenças são muito menores do que quem não crê que tudo pode acabar bem.

A nova saúde

A ciência tem se dedicado tanto a estudar a influência das emoções e das crenças na vida das pessoas que a medicina vem adaptando suas práticas na prevenção e no tratamento de doenças. Desde a década de 1970, importantes hospitais e centros médicos nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e em Israel começaram a criar departamentos que colocam em prática ações que consideram o indivíduo como ser integral, a chamada medicina integrativa. Por exemplo, quando se trata a obesidade, não é apenas o sistema endócrino ou o estômago que estão em questão, mas o ser humano por trás deles, seus medos e anseios, suas dúvidas e certezas. O foco deixa de ser a doença e passa a ser o paciente. "O sintoma é só a ponta do iceberg, são os 10% que ficam para fora da água que encobre algo bem maior", define o endocrinologista Filippo Pedrinola.

Alimente o espírito

Foi-se o tempo em que a busca por um sentido mais amplo para a vida só existia dentro das religiões. O que conta quando o assunto é entender por que as coisas são como são - e, às vezes, tão difíceis - é espiritualidade. "Ela pode ser entendida como uma força que faz você entrar em contato consigo mesma", define Pedrinola. "Isso pode ser conseguido com a meditação, a arte ou um exercício que dê prazer e a coloque em contato com o que você tem de melhor", completa.

Um estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, com monitoramento por imagem do cérebro dos voluntários, mostrou que, naqueles que diziam ter uma crença - religiosa ou não, mas que se diziam espiritualizados -, a atividade do córtex cingulado anterior (área do cérebro que funciona como uma espécie de alarme quando nos sentimos com medo ou inseguras) foi menor. A interpretação dos cientistas foi que, quanto menor a fé na vida, maior é a propensão de desenvolver distúrbios ligados ao stress e à ansiedade - dois conhecidos vilões da saúde, que podem levar a quadros de compulsão alimentar, sono ruim, gastrite, doenças de pele, males do coração e outros problemas.

Fonte: BOA FORMA / M de Mulher
Texto: Marcia Kedouk

A música piorou nas últimas décadas

Pesquisa científica analisou quase 500 mil músicas, da década de 50 até 2010, e avaliou características como timbre, tom e volume. O resultado é que a qualidade da música piorou. 

A música piorou nas últimas décadas. O que parece relativo quando dito por um crítico ganhou tons científicos com um estudo realidado pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha.

Pesquisadores, através de programas de computador, analisaram cerca de 500 mil músicas populares do Ocidente lançadas entre 1955 e 2010, incluindo pop, rock, hip-hop, folk e funk.

Com os resultados obtidos, avaliaram tendências com o passar dos anos. As diferentes transições entre combinações de notas diminuíram de número nas últimas décadas. A variedade de timbres na música pop também caiu significantemente desde os anos 1960.

Sobre este fato, a conclusão dos pesquisadores é que os compositores tendem a se manter fiéis às mesmas qualidades de som obtidas anteriormente. O volume, porém, tem aumentado desde 1955, em uma "espécie de corrida pela música mais alta".

Para a pesquisa, primeiramente foram avaliados elementos como timbre, tom e volume. Depois, observou-se as diferentes tendências das características ao longo dos anos. A cada batida, os computadores representavam as informações obtidas através de números. Com isso, foi possível identificar diferenças nas harmonias, melodias e acordes, além da intensidade em que eram executadas. Para cada timbre, as ondas foram medidas e avaliadas em relação à sonoridade obtida através das combinações com os outros instrumentos e efeitos.

A partir desta fase foi construído um vocabulário musical. Através da associação de palavras aos números, foram criadas espécies de textos que podem representar um estilo musical de determinado ano ou época. Desta maneira, foi possível descobrir padrões estatísticos sobre a variedade de "textos" surgidos em determinado período, a frequência em que foram usados e os mais comuns ao longo do tempo.

— Nesta fase, observou-se um fenômeno literário em que a palavra mais repetida é duas vezes mais escrita do que a segunda mais repetida, que por sua vez aparece três vezes mais que a terceira. O mesmo padrão se repete na música — explica Joan Serrà, autor da pesquisa junto com Josep Lluís Arcos.

Fonte: O Globo.