sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Do inquirir os querelantes

Não, isso também já é enveredar pelo perigoso terreno da galhofa — se é que vocês me permitem usar esta expressão de Tia Zulmira. Esse negócio de se arranjar uma comissão de inquérito para apurar o que estão fazendo as comissões de inquérito é muito chato. Desculpem, mas vamos mais uma vez usar a sábia parenta.

A velha e experiente Tia Zulmira, quando soube que se cogitou, de brincadeirinha, é claro, de uma comissão de inquérito para as comissões de inquérito da Câmara sentenciou:

— Há um dado momento em que se deve confiar, pra não piorar! Ora, a velha é fogo e sabe o que diz.

Ensinou bailado a Nijinsky, relatividade a Einstein, psicanálise a Freud, automobilismo a Juan Fangio, foi técnica de basquete dos "Globe Trotters", deu aula de tourada a Dominguín, explicou a Charlie Chaplin como se faz cinema e, na rebarba, ainda temperou a vacina para o Dr. Jonas Salk. Logo, não está aí para blablablá.

Se ela diz que, num dado momento, mexer a panela é pior que deixar no fogo lento, é porque esta é a melhor maneira de se proceder. Vivida como é, a excelente macróbia esteve a conversar conosco sobre esse círculo vicioso que, às vezes, causa a desconfiança excessiva. Lembrou então o que aconteceu com os pais de Primo Altamirando, menino que cedo foi viver com a tia, porque o casal foi à garra.

Deu-se — contou-nos ela — que Mirinho quando garoto já prometia que um dia seria isto que é hoje, razão pela qual seus pais resolveram arranjar uma babá de toda confiança para vigiar o agora abominável parente. Contrataram uma babá inglesa (até hoje ninguém sabe explicar por que certos casais acham que babá, pra ser de confiança, tem que ser inglesa)... mas — dizíamos — contrataram uma babá inglesa e estavam muito satisfeitos, até o dia em que acharam que era preciso ver se a babá era mesmo de confiança.

Então — porque era um antigo conhecido da família — chamaram o velho Crisanto (já falecido) para vigiar a babá.

Crisanto ia se desincumbindo satisfatoriamente do mister e nada teria acontecido se Altamiro, pai de Altamirando, não tivesse a idéia de conversar com a mulher a respeito da missão de Crisanto. Quem lhes podia garantir que o distinto estava mesmo vigiando a babá que vigiava Mirinho?

É... ninguém podia, pois ninguém vigiava o homem. E foi por isso que — usando da velha teoria de quem quer vai, quem não quer manda — Altamiro, pai de Altamirando, passou a sair para vigiar Crisanto, que vigiava a babá, que vigiava o menino.

Tudo ia muito bem, até o dia em que a mãe da criança resolveu espiar pra ver se o marido estava mesmo controlando o velho Crisanto. E qual não foi sua surpresa, ao descobrir Crisanto ninando Mirinho e Altamiro ninando a babá!

É... Tia Zulmira tem razão: num dado momento, deve-se confiar, para não piorar!

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Fonte: Tia Zulmira e Eu  - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

O óleo de argan e nossa pele

Recente fenômeno no mercado de produtos de beleza para os cabelos, o óleo de argan - extraído de uma árvore típica do Marrocos - também pode ser uma boa opção para as pessoas que desejam deixar a pele mais hidratada e livre da ação negativa dos radicais livres. Rico em vitamina E, polifenóis e ácidos graxos essenciais, como o ômega 6 e 9, a maravilha do mundo árabe exerce a função de um poderoso antioxidante e anti-idade para a cútis do rosto.


Conhecido como “Ouro do Marrocos”, o ingrediente de origem vegetal tem ainda o poder de regenerar a membrana de proteção da pele, favorecendo a nutrição e a renovação celular. “Quando aplicado no rosto e no corpo, o óleo de argan cria uma espécie de filme protetor que impede a água de sair da derme, mantendo-a mais hidratada, macia e viçosa”, explica Valcinir Bedin, dermatologista e diretor do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento (CIPE).

Além disso, os polifenóis presentes em sua fórmula são ótimos para proteger a cútis contra a radiação ultravioleta, assim como as propriedades anti-inflamatórias da vitamina E que ajudam a tratar infecções e acelerar o processo de cicatrização de feridas.

Como usar?

A fama dos benefícios da substância vinda da Arábia para a cútis tem feito a indústria de cosméticos lançar produtos enriquecidos com a substância para fins dermatológicos. De forma geral, o ativo pode ser usado sozinho na forma tópica ou com outros agentes. “Para uma pele jovem, o óleo de argan pode ser incorporado a um sérum, enquanto para uma cútis madura, ele deve ser usado no formato de creme. Os géis não são ideais, principalmente se a pessoa tiver o rosto oleoso”, destaca Adriano Almeida, dermatologista e diretor do Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele (IPTCP).

Apesar de ser tão benéfico quanto o ingrediente usado para cuidar dos cabelos é importante lembrar que o óleo de argan para o tratamento dos fios é diferente do utilizado para a cútis. Por isso, é preciso ter o cuidado de verificar nas embalagens as indicações de cada item, pois em alguns casos eles podem ser muito oleosos para a aplicação no rosto.

Resultados e contraindicações

A ação nutritiva e os efeitos mais visíveis dos cosméticos feitos à base da substância são percebidos a médio e longo prazo. “A ideia desses itens é de regenerar a pele e evitar o seu envelhecimento exagerado, o que demora, pelo menos, de quatro a cinco meses”, destaca Valcinir.

Para obter os efeitos esperados com o óleo de argan, o uso dos produtos deve ser diário, pela manhã e à noite. No entanto, quem sofre com a oleosidade deve adotá-los apenas no período noturno.  “Além disso, vale lembrar que durante o dia, após a aplicação do ativo, o protetor solar deve ser utilizado para intensificar a proteção contra as radiações solares”, ressalta Adriano.

A substância é contraindicada para pessoas com alergias e ferimentos na cútis, por isso vale a pena aplicá-la numa pequena quantidade no braço para testar a aceitação da pele à fórmula.

Fonte: Agência Hélice / Terra

Alimentos que ajudam o sistema imunológico

Comer de forma adequada pode contribuir para que seu sistema imunológico fique sempre em dia. Não descuidar da ingestão de frutas e legumes, manter-se hidratado, entre outras dicas, é importante. Quer mais algumas boas ideias? Veja abaixo.


1. Iogurte

As bactérias saudáveis encontradas nesse tipo de alimento ajudam a manter seu trato digestório funcionando perfeitamente. Um estudo da Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que 200 g de iogurte por dia podem ser o suficiente para que seu corpo fique mais saudável.

2. Aveia

A aveia é rica em betaglucana, uma fibra alimentar que tem características antioxidantes e antimicrobianas, diz um estudo feito pela Universidade de Oslo, na Noruega. Comer uma porção de aveia ao dia pode proteger contra a gripe, evitar que a herpes labial se desenvolva e melhorar a capacidade de regeneração dos tecidos do corpo.

3. Alho

A alicina contida no alho ajuda a proteger seu corpo contra infecções. O extrato de alho, ingerido durante 12 semanas, fez que um grupo de pessoas observadas em uma pesquisa da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, ficasse até três vezes menos suscetível ao resfriado. Estudos similares também indicam que a alicina pode diminuir os riscos de se desenvolver câncer colorretal e de estômago.

4. Peixe

O selênio, presente nos peixes e frutos do mar, ajuda as células do sistema imunológico a produzirem as citocinas, proteínas que agem contra inflamações virais. Além disso, alguns tipos de peixe, como o salmão, também contêm o ômega-3, que reduz o risco de inflamações e protege contra infecções respiratórias.

5. Chá

Um estudo feito pela Universidade de Harvard apontou que pessoas que tomam até cinco copos de chá-preto por dia têm os níveis de interferon (uma proteína que protege o corpo contra vírus e bactérias) aumentados em até 10 vezes. Outros chás, como o chá-verde, também induzem o organismo a produzir a L-teanina, outro aminoácido que é produzido durante o combate do corpo a agentes externos.

6. Canja de galinha

É como diz a música que você já conhece: prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Uma pesquisa feita pela Universidade de Nebraska, nos EUA, mostrou que durante o cozimento, a carne de frango libera um aminoácido chamado cisteína que ajuda os brônquios de pessoas gripadas a voltarem à normalidade. Se a canja for temperada com alho, cebolas e condimentos, a sensação de alívio é ainda maior. Viu só: vovó tinha razão.

Fonte: O que eu tenho?

Os falsos light

Comer bem e de forma saudável é o objetivo de todas as pessoas que procuram manter a forma com base na alimentação. No entanto, ao começar uma dieta, caímos em algumas armadilhas que sabotam qualquer processo de emagrecimento, principalmente por considerar alguns alimentos como pouco calóricos, quando, na verdade, não o são.


A atenção ao rótulo de alguns alimentos é fundamental para uma alimentação balanceada, mas a propaganda de alguns produtos industrializados leva os consumidores a acreditar que determinados alimentos contêm menos calorias do que realmente têm.

Na hora de comprar o produto, a dica é comparar a quantidade de calorias, sódio e gorduras, essa é a única forma de melhorar a qualidade do que comer na hora de escolher um produto. De acordo com a nutricionista Gabriela Cuesta, uma informação importante, mas pouco divulgada é que os ingredientes no rótulo aparecem em ordem decrescente, da maior a menor quantidade. "Se o primeiro item dos ingredientes for açúcar, por exemplo, é esse o ingrediente que aparece em maior quantidade na composição do alimento".

Nos biscoitos "cream crackers" os dizeres dos rótulos estão descritos como "leve", "água e sal" e "0% gordura". Segundo a nutricionista Gabriela Marcelino, do Congelados da Sônia, eles devem ser bem avaliados comparando os valores nutricionais. "Em algumas marcas o conteúdo de sódio e gorduras está em excesso", explica.

O mesmo acontece com o queijo branco, uma vez que, dependendo do fabricante, os teores de gordura e calorias podem variar significativamente. Normalmente eles contêm menos calorias e gorduras. "A escolha mais acertada devem ser a variedade dos brancos e, depois, as versões light", afirma.

Na escolha da bebida o cuidado também deve ser redobrado. Os famosos refrigerantes "zeros" não são vantajosos para quem quer emagrecer, pois possuem sódio em excesso, o que altera a pressão arterial e provoca inchaços no corpo. Para substituí-los, o suco natural é a opção mais nutritiva. Agora, se mesmo assim existir a preferência em consumi-los, é melhor escolher as versões diet/light e os refrigerantes incolores e/ou transparentes, pois não contém corantes.

A nutricionista Marcelino ressalta ainda algumas atitudes que aparentemente ajudam a emagrecer, mas que na verdade engordam. Confira!

1) Não tomar o café da manhã. O café da manhã é a primeira refeição do dia, nela deve ter carboidratos para dar energia e fazer o cérebro funcionar, proteínas para repor células de tecidos e órgãos, vitaminas e minerais para regular as funções vitais, fibras e água para colocar o intestino para funcionar.

2) Pular uma das principais refeições do dia (almoço e jantar) para "economizar" calorias para um evento especial pode comprometer a dieta;

3) Seguir dietas da moda. Radicalismo e dietas da moda não resolverão problemas a médio e longo prazo. Caso a pessoa esteja acima do peso, um nutricionista é o ideal para auxiliá-lo.

Fonte: Vila Mulher
Texto: Paula Perdiz

O incrível azeite de oliva

Imprescindível na salada e delicioso no macarrão, um bom azeite de oliva torna qualquer prato muito mais saboroso. Mas a estrela das receitas mediterrâneas vai muito além de um precioso tempero, já que especialistas garantem sua ação benéfica para o organismo - o alimento ajuda a prevenir especialmente as doenças cardiovasculares.


Segundo o médico cardiologista Maurício Jordão, do Hospital Samaritano de São Paulo, o azeite é praticamente isento de gordura saturada – aquela que é maléfica para o coração por aumentar os níveis do LDL, que é o “colesterol ruim”. Por outro lado, ele é fonte de gordura monoinsaturada que, por sua vez, diminui o LDL e aumenta o HDL – chamado de “colesterol bom”.

As variedades de azeite virgem e extravirgem – os mais puros – também apresentam altas concentrações de vitamina E, betacaroteno e polifenóis. E, de acordo com Jordão, é justamente essa associação de compostos que parece ser a responsável pela ação antioxidante e anti-inflamatória do azeite.

A nutricionista Juliana Ruas Dal’Mas, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, reforça: “O azeite é rico em poliferóis, que previnem oxidações biológicas, reduzindo a formação de radicais livres. Estes, por sua vez, são muito nocivos à saúde, pois são responsáveis pelo envelhecimento e por doenças degenerativas”. Ela ainda destaca mais benefícios: “Ajuda na absorção das vitaminas lipossolúveis e na função imunológica”.

Claro que não podemos deixar os cuidados com o coração só por conta das refeições regadas a um bom azeite. “A medida mais efetiva para elevar os níveis de HDL, o colesterol bom, ainda é a prática regular de exercícios físicos aeróbicos”, lembra Jordão.

A melhor escolha

A chef e especialista em azeites Alessandra Abud, do Gaeta Masseria, de São Paulo, também ressalta os seus benefícios para a saúde: “Além do já comprovado efeito positivo para o coração, ele ainda tem o poder de retardar o envelhecimento. E mais: há quem diga que reduz os níveis de obesidade”. Mas há uma dose diária recomendada: “Use duas colheres de sopa diariamente em suas refeições. Essa é a quantidade indicada pelos especialistas, em geral, e é também o ideal para aromatizar pratos e saladas ao longo de um dia”, ensina Abud.

Dal’Mas concorda que esta é a porção diária adequada e, como nutricionista, faz questão de comentar sobre os cuidados com a ingestão: “O azeite é bem-vindo nas refeições, faz bem à saúde e, de fato, está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer ter uma vida mais saudável. Porém, é preciso controlar o consumo, já que também é calórico. Trata-se de um óleo e possui muitas calorias, como qualquer outro. E o exagero nunca é bom, mesmo no caso de alimentos saudáveis. Assim, mais do que duas colheres de sopa ao dia pode resultar em alguns quilinhos a mais”, alerta.

Particularmente, a chef paulistana prefere o azeite extravirgem frutado intenso. “Nas saladas, nos preparos dos pratos e também na hora de servir, é sempre indicado colocar um fio de azeite, o suficiente para conferir sabor e aroma deliciosos”.

Na hora da escolha, no entanto, a dona da Gaeta Masseria lembra que cada azeite possui seu grau de acidez e é preciso observar essa informação no rótulo das embalagens. “O extravirgem, por exemplo, não pode passar de 0,8% de acidez”. Então, quanto menor o grau, melhor o produto. Hoje em dia já é bem fácil encontrar nas prateleiras dos supermercados azeites de excelente qualidade, a preços competitivos e com grau 0,3% de acidez.

“A origem do azeite também pode ser observada, a fim de garantir a melhor qualidade”, explica a chef. “O melhor é adquirir azeites com a denominação de origem protegida (DOP), uma certificação que assegura que o produto é feito sob supervisão e regras definidas para colheita e produção”, orienta.

Fonte: Uol
Texto: Yara Guerchenzon