sexta-feira, 26 de abril de 2013

Levantadores de copo


Eram quatro e estavam ali já ia pra algum tempo, entornando seu uisquinho. Não cometeríamos a leviandade de dizer que era um uísque honesto porque por uísque e mulher quem bota a mão no fogo está arriscado a ser apelidado de maneta. E sabem como é, bebida batizada sobe mais que carne, na COFAP. Os quatro, por conseguinte, estavam meio triscados.

A conversa não era novidade. Aquela conversa mesmo, de bêbedo, de língua grossa. Um cantarolava um samba, o outro soltava um palavrão dizendo que o samba era ruim. Vinha uma discussão inconsequente  os outros dois separavam, e voltavam a encher os copos.

Aí a discussão ficava mais acalorada, até que entrasse uma mulher no bar. Logo as quatro vozes, dos quatro bêbedos, arrefeciam. Não há nada melhor para diminuir tom de voz, em conversa de bêbedo, do que entrada de mulher no bar. Mas, mal a distinta se incorporava aos móveis e utensílios do ambiente, tornavam à conversa em voz alta.

Foi ficando mais tarde, eles foram ficando mais bêbedos. Então veio o enfermeiro (desculpem, mas garçom de bar "de bêbedo" é muito mais enfermeiro do que garçom). Trouxe a nota, explicou direitinho por que era quanto era etc. etc, e, depois de conservar nos lábios aquele sorriso estático de todos os que ouvem espinafração de bêbedo e levam a coisa por conta das alcalinas, agradeceu a gorjeta, abriu a porta e deixou aquele cambaleante quarteto ganhar a rua.

Os quatro, ali no sereno, respiraram fundo, para limpar os pulmões da fumaça do bar e foram seguindo calçada abaixo, rumo a suas residências. Eram casados os quatro entornados que ali iam. Mas a bebida era muita para que qualquer um deles se preocupasse com a possibilidade de futuras espinafrações daquela que um dia — em plena clareza de seus atos — inscreveram como esposa naquele livrão negro que tem em todo cartório que se preze.

Afinal chegaram. Pararam em frente a uma casa e um deles, depois de errar várias vezes, conseguiu apertar o botão da campainha. Uma senhora sonolenta abriu a porta e foi logo entrando de sola.

— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbedos, não é?

Foi aí que um dos bêbedos pediu:

— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros três querem ir para casa.

__________________________________________________________________________ 
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Hélio e o anti-Hélio


A história dos meus jantares e almoços com o Hélio Pellegrino não é, como pode parecer aos idiotas da objetividade, um problema de menu. (Eu devia estar aqui falando do desfecho do Festival). Mas como ia dizendo: — acima das preferências de cardápio e da voracidade dos nossos apetites, há toda uma complexa, dilacerada, conflituosa relação humana. Não sei se me entendem e tentarei explicar.

Enganam-se os que veem um só Hélio Pellegrino. São dois. Há o Hélio e o anti-Hélio. A alma do meu amigo tem sido palco de uma batalha feroz entre um e outro, entre ele e o seu oposto, entre o verdadeiro e o apócrifo.

Dirá alguém que estou apresentando a figura de um centauro. Exatamente. A metade do Hélio é o Hélio e a outra metade o anti-Hélio. Mas como o leitor é fanático da nitidez, tentarei ser mais claro. O Hélio é a pessoa e o "outro" Hélio a antipessoa. Se, apesar da minha prolixidade, ainda não me entenderam, paciência. O que chamo Hélio do puro, do legítimo, do escocês, é o que me telefonou na véspera dos meus anos.

Dias antes, eu o desafiara a jantar comigo no meu aniversário. Esse repto foi, e aqui o confesso, uma impiedade. Sim, eu sabia que estava provocando uma luta corporal entre o Hélio e o anti-Hélio, ou seja: — entre o poeta e o político. Para minha sádica satisfação, as coisas se passaram como eu previa. Os dois Hélios marcaram um encontro no terreno baldio, à meia-noite, a hora que apavora. Tratava-se de decidir se o poeta e psicanalista devia comer, ou não, um bife comigo. Como era uma rixa crudelíssima, o contra-regra do terreno baldio providenciou um mau tempo de quinto ato do Rigoletto.

Segundo a cabra vadia, única testemunha do fato, o bate-boca teve um fundo de relâmpagos de curto-circuito e de trovões de orquestra. E, como se trata de um centauro humano, as duas metades chegaram ao mesmo tempo. E não houve nem boa-noite. Começaram brigando. Ou por outra: quem brigava, e escouceava, era o anti-Hélio. O Hélio, não. O Hélio legítimo, escocês e não falsificado, é o que há de mais doce, terno, compassivo, luminoso.

Quantas vezes já o vi crispado de misericórdia como um santo. E não resisto à tentação de contar um dos seus gestos exemplares. Eis o caso: na véspera de partir para Lisboa, o Otto Lara Resende estava, na cozinha do Hélio, bebendo um copo de leite. Bebe o leite e, súbito, dá-lhe uma nostalgia total do Brasil. Começa, então, a chorar. Enquanto o anti-Hélio achava aquilo uma papagaiada, o verdadeiro Hélio chora também. Os idiotas da objetividade dirão que um chorava porque partia, e o outro chorava porque ficava. Não, não. O Hélio chorava de graça, chorava por nada. Minto. Ninguém chora por nada e repito: — chora-se por tudo. Devíamos chorar, em massa, em unanimidade, todos por todos. Mas o que importa notar é que o Hélio chora.

Dito isto, voltemos ao terreno baldio. O anti-Hélio esbravejava: — "Você não pode jantar com a besta do Nelson! É um reaça! Acredita nos Dez Mandamentos! É da Igreja velha! A favor da Virgem Maria!". E o verdadeiro Hélio: — "Mas é meu amigo! Gosto dele! Meu chapa!". Dando rútilos coices, dizia o outro: — "É a favor dos 2 mil anos da Velha Igreja e contra os quinze minutos da Nova!".

Dada a exaltação de ânimos, o contrarregra providenciou mais uma meia dúzia de relâmpagos de curto-circuito e outra de trovões de orquestra. A guerra verbal durou até às quatro da manhã. O anti-Hélio batia na mesma tecla: — "Não podes jantar com a reação! Não podes jantar com a Direita!".

Às cinco horas da manhã, o legítimo Hélio capitulou: — "Está bem. Não janto. Mas preciso telefonar. Dou uma desculpa. Afinal, gosto do Nelson, que diabo!". E assim se fez.

O telefonema que me deu o Hélio, na véspera dos meus anos, foi uma página de Os Maias. Disse-me que nada mudara; era meu amigo como nunca; e foi mais taxativo: — "Autorizo você a dizer, no seu artigo, que você continua sendo um dos meus amigos fundamentais!". Mas logo acrescentou: — "Só não posso jantar". Pigarro e ajunta: — "Tenho que ir a Teresópolis!". Eu imaginei o esforço físico que lhe custara fabricar tal viagem contra um pobre e indefeso aniversariante.

Transido de remorso, disse ainda: — "Na semana que vem jantamos juntos. Sem falta. Faço questão". E eu: — "Deus te abençoe, Hélio, Deus te abençoe".

Dia dos meus anos, todo mundo jantou comigo, menos o Hélio. Sua ausência estava sentada na minha alma. Mas, e o jantar posterior, combinado e datado por ele mesmo, com a ênfase dos compromissos fatais? Sim, o jantar mais esperado do que o Messias? Interditado pelo anti-Hélio, o meu amigo não me telefonou nem para perguntar: — "Morreste?".

Mas dizia eu que o nosso jantar não era uma questão de menu. Em verdade, seu telefonema foi um momento da consciência humana: enquanto meu obscurantismo não me proíbe de tê-lo por amigo, seu socialismo o impede de jantar comigo. E eu sou, segundo ele próprio o declara com a sua bela voz de barítono, um dos seus "amigos fundamentais".

Durante anos, os casais Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende não faltaram na minha mesa de aniversariante. Lembro-me de que, na véspera da morte de Getúlio (eu faço anos a 23 de agosto), abri a minha casa, de par em par, para recebê-los. Tudo por quê? Porque o anti-Hélio, o Hélio falsificado, não admite que eu insinue as minhas objeções ao d. Hélder e ao dr. Alceu.

Tenho uma vizinha gorda que, nos grandes impasses, costuma dizer: — "Deixa pra lá, deixa pra lá". E eu ia esquecer tudo, quando, domingo, li o artigo do meu amigo e irmão sobre Lúcio Cardoso. Ora, fui, se assim posso dizer, amigo de infância do grande romancista. E pensei, antes de começar a leitura: — "Ainda bem que o Hélio escreve sobre o Lúcio". Ora, um artigo sobre Lúcio Cardoso teria de ser sobre Lúcio Cardoso. O diabo é que o testemunho sobre o ficcionista foi escrito pelos dois Hélios e, portanto, padece de contradições e equívocos horrendos.

Começa assim: — "Lúcio Cardoso morreu no dia 23 de setembro e, na tarde desse mesmo dia, foi enterrado". As primeiras linhas são do poeta. Em seguida, vem o político, o anti-Hélio: — "Nesse dia, intelectuais, artistas, professores, sacerdotes, mães de família participavam de um ato público contra a realização da VIII Conferência de Exércitos Americanos". Só não entendi por que "mães de família" e não também "pais de família". De resto, uma mãe de família, quando em ação política, não está ali em função de sua maternidade, mas por motivos outros, políticos, ideológicos etc. etc.

"La Pasionaria" tinha uns oito filhos, mas seus partos nada tiveram a ver com o seu fervor socialista. Bem.

Eis o que eu queria perguntar: — por que falar em passeata, por que, se Lúcio Cardoso era a antipasseata, era a negação da passeata? E, de repente, comecei a rilhar os dentes, no pavor de que me saísse um súbito e aviltado Lúcio Cardoso de passeata. Tempos atrás, escrevi que a única solidão da literatura brasileira era Guimarães Rosa. Não falei de outras e totais solidões: — de Lúcio Cardoso, Octavio de Faria etc. etc.

Em dado momento, diz o artigo: "[...] capitalismo que amesquinha, degrada e coisifica o ser humano" e, portanto, "o amor humano". O articulista diz isso fremente, com o seu tão conhecido gosto pelo patético. Realmente, o capitalismo não é flor que se cheire e muito menos o socialismo que as passeatas propõem. Amigos, às vezes um pequenino, um ínfimo, um individualíssimo episódio abre uma janela para o infinito.

Vejam o nosso jantar. O capitalismo nunca me impediria de jantar com o Hélio. E o socialismo é tão assassino do amor que não o deixa comer um bife comigo, um doce e franciscano bife.

[8/10/1968]
___________________________________________________________________________
A Cabra Vadia: novas confissões / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo:  Companhia das Letras, 1995. 

Entenda a fibrose cística


Fibrose cística é uma doença causada por uma alteração genética, transmitida à criança pelo pai e pela mãe. Ela altera, principalmente, o mecanismo que controla a água e o sal de alguns sistemas do nosso organismo - como o respiratório e o digestivo - e também as glândulas de suor. A doença pode atingir ainda o sistema reprodutor de homens e mulheres.

Por que ela também é chamada de doença do beijo salgado?

Porque faz a pessoa ter uma perda excessiva de sal pelo suor e ficar com a pele mais salgada, a ponto de quem a beija sentir.

Quais os sintomas?

No sistema respiratório, as secreções passam a ser eliminadas com dificuldade. Isso causa sinusite crônica, tosse que varia de seca a com catarro, infecções e pneumonias.

No sistema digestivo, pode haver insuficiência na produção de enzimas no pâncreas. Aí, as vitaminas e gorduras dos alimentos se perdem nas fezes, o paciente não ganha peso e pode ficar desnutrido.

No sistema reprodutivo da mulher, os mucos ficam bastante espessos, o que dificulta a fertilização. Na maioria dos homens, a doença impossibilita a produção de espermatozoides, causando infertilidade.

Como é feito o diagnóstico?

O teste do pezinho sinaliza se o recém-nascido é portador da fibrose cística - quanto mais precoce o diagnóstico, maior a expectativa e qualidade de vida. Porém, o principal exame para confirmar a presença da doença é o teste do suor. Na maior parte dos casos, a fibrose cística é descoberta quando o paciente é criança, ainda nos dois primeiros anos de vida.

Como é o tratamento?

A doença pode afetar um ou mais órgãos. Quando compromete o pulmão, são feitas inalações, fisioterapia respiratória e tratamento de infecções. Se ataca o sistema digestivo, o paciente toma enzimas pancreáticas em cápsulas (em alguns casos, por toda a vida) a fim de prevenir a desnutrição e garantir o desenvolvimento normal. No caso do aparelho reprodutor, não há tratamento: de 60% a 70% das mulheres conseguem ter filhos, mas 98% dos homens ficam estéreis.

Qual é a expectativa de vida para quem tem fibrose?

Grave e sem cura, no Brasil a doença limita a expectativa de vida média a 19 anos. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito.

Onde procurar ajuda

No site da ONG Unidos Pela Vida, você encontra uma lista com centros de referência em tratamento da fibrose cística em todo o Brasil: abr.io/fibrose_cistica

____________________________________________________________________
Fonte: SOU MAIS EU! / M de Mulher
Texto: Fernanda Gazzaneo

O sérum no combate ao envelhecimento


Tendência entre os produtos de beleza, o sérum vem ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras das clínicas estéticas e no nécessaire das mulheres que buscam resultados mais rápidos nos cuidados com a pele. Com textura viscosa, o cosmético foi desenvolvido para atuar de forma mais concentrada sobre a cútis, o que facilita a absorção dos princípios ativos e, por consequência, combate o envelhecimento.

Fonte agrupada de substâncias antioxidantes, oligoelementos (responsáveis pelo bom funcionamento das células), extratos vegetais e vitaminas, o artigo evita o aparecimento das indesejáveis rugas.

“Ele é bem aceito em razão da textura fluida, cuja nutrição não deixa a pele oleosa ou com aquele aspecto pegajoso”, avalia Cláudia Marçal, dermatologista da Clínica Cariz Dermatologia, de São Paulo.

O sucesso anti-idade é justificado pela formação de um filme protetor sobre as regiões tratadas, evitando a perda de água e estimulando a produção de colágeno, a proteína que confere o aspecto jovem à pele. “Séruns também melhoram a microcirculação sanguínea, proporcionando vitalidade e renovação cutânea, além de muitas vezes terem partículas de cor e brilho”, afirma Cláudia.

Solução no outono

Revitalizante, o composto pode ser associado ao uso do creme hidratante para melhorar ainda mais a maciez das peles mistas e oleosas, especialmente nesta estação, quando o ressecamento ataca, devido à constante variação de temperatura.

Para isso, logo pela manhã é recomendado aplicar o sérum após a higienização cutânea, seguido pelo uso do tônico ou adstringente. Em seguida, ele deve ser utilizado com a ponta dos dedos em toda a face, pescoço e colo com movimentos leves e circulares. Já à noite, depois de retirar a maquiagem, use-o antes do nutritivo noturno, de preferência da mesma marca , evitando assim uma incompatibilidade química.

___________________________________________________________________
Fonte: Agência Hélice / Terra

Emagrecimento: 5 mitos


Muitas coisas ditas sobre dietas não passam de mito. Fuja de cinco deles, listados pela nutricionista Cynthia Sass, no site Health:

Alimentos diet resolvem o problema

Segundo a profissional, ingerir alimentos naturais e integrais é muito melhor do que os processados com ingredientes artificiais, que normalmente causam estufamento, mas deixam a pessoa ainda insatisfeita.

Para aqueles relutantes em deixar de lado itens diet por medo de ganho de peso, a nutricionista garante que seus clientes comem mais calorias e perdem peso trocando os processados pelos frescos. Isso se deve a vários fatores, como a forma com que aroma, textura e antioxidantes afetam a saciedade e como alimentos integrais impactam o metabolismo quando comparados com os processados. A noção de que perda de peso é simplesmente cortar calorias está desatualizada. Qualidade é o segredo.

Alimentos saudáveis não têm gosto bom

Alimentos saudáveis podem, sim, dar água na boca e serem saborosos. O truque está no preparo. Por exemplo, vegetais assados são mais gostosos e cozinhar arroz integral com água de infusão de erva transforma o seu sabor.  Aposte em temperos naturais, como ervas, especiarias, suco de frutas cítricas, raspas de frutas, pimenta, chá. Cada um deles acrescenta antioxidantes à refeição, além de sabor (sem adição de sal ou açúcar).

Nutricionistas são policiais de alimentos

“Já vi pessoas que conheço no supermercado que, ao me ver, sutilmente mudaram itens do carrinho ou imploraram ‘por favor, não me julgue’”, contou Cynthia. Os nutricionistas não são policiais de alimentos, mas treinadores. O trabalho deles é capacitar as pessoas a fazer escolhas mais saudáveis e oferecer dicas e ferramentas que tornam isso fácil. A ideia não é repreender ou envergonhar o paciente.

Perder peso é uma questão de força de vontade

Emagrecer não é uma questão apenas de querer. Muitas vezes, as vontades ficam pelo caminho, devido a emoções, limitações de tempo, pressões sociais, hábitos arraigados desde a infância. Aprender a passar por esses obstáculos, em vez de apenas focar no que comer, é o que muitas vezes estabelece as bases para uma mudança real e duradoura. Em outras palavras, perder peso e mantê-lo exige desenvolver habilidades.

Perder peso mudará a vida magicamente

Perder peso de maneira saudável pode transformar o seu bem-estar, humor e confiança. Mas se você não estiver satisfeito com os principais aspectos de sua vida, como relacionamentos e trabalho, atingir sua meta de peso não vai milagrosamente resolver essas questões.

_______________________________________________________________
Fonte: Ponto a Ponto Ideias / Terra

Peixe ainda tem baixo consumo no Brasil


Seja em casa ou no restaurante, o consumidor brasileiro não tem o hábito de comer peixe. Diversas pesquisas já realizadas apontam que o consumo está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, ainda que seja de conhecimento geral que o alimento é uma ótima fonte de ácido graxo ômega 3 e traga dezenas de benefícios para o organismo humano. O que influencia o baixo consumo deste alimento?

Foi em busca de respostas que a nutricionista Izabella Tesoto Loscalzo realizou entrevistas com 199 pessoas, procurando saber quais atributos de qualidade são levados em consideração para a ingestão do peixe pelo consumidor de Campinas (SP). Uma resposta obtida é que os voluntários levam em consideração o sabor, o aroma, a textura e a aparência do peixe na hora de consumir.

"Fora o período em que os cristãos celebram a Semana Santa, o peixe não costuma estar presente na mesa do consumidor. É comum imaginarmos que a procedência poderia ser um aspecto relevante, por se tratar de um alimento perecível e de fácil contaminação. Mas fato é que o consumidor leva em conta muito mais os quesitos sensoriais, como aparência, sabor e aroma do que aqueles relacionados com a origem do pescado", destaca a nutricionista.

Apresentada na FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos), a pesquisa de mestrado teve orientação da professora Elisabete Salay. Para a nutricionista, os resultados podem servir de referência para que os restaurantes e a indústria de alimentos proponham alternativas atrativas ao consumidor e, assim, conseguir uma maior aceitação do peixe. "Um exemplo seria o de sugerir receitas saborosas e criativas. O restaurante também pode informar o cliente sobre os cuidados higiênicos tomados durante o preparo, por meio de selos de qualidade. Talvez essas informações pudessem despertar o interesse e estimular o consumo", sugere a nutricionista.

Entretanto, a responsabilidade pela baixa aceitação deste alimento não pesa apenas sobre os restaurantes. Na opinião de Izabella Loscalzo, o setor público poderia programar campanhas visando ensinar o brasileiro a identificar um bom peixe, bem como outras maneiras de preparo. "Seria interessante destacar a qualidade nutricional, mas também esclarecer as particularidades quanto a contaminantes, de modo que auxilie no aumento do consumo saudável do produto", defende.

Índices preocupantes

Segundo a pesquisadora, o peixe assado foi a forma de consumo mais indicada nas entrevistas. Mas, de maneira geral, a frequência de consumo tanto em casa como no restaurante se manteve muito baixa, confirmando resultados de outros estudos: apenas 7% dos indivíduos comem peixe duas ou mais vezes por semana em casa e 4% em restaurantes. Os índices de quem nunca ou raramente consome peixe são ainda mais preocupantes: 39,7% dos frequentadores de restaurantes e 32,6% dos que fazem as refeições em casa.

O estudo também apontou que as mulheres dão mais atenção à qualidade do peixe, em comparação aos homens. Outro dado é que quanto maior a faixa etária, maior relevância é dada ao seu valor nutricional. Segundo a nutricionista, esses dados mostram que a percepção da qualidade pode variar conforme as características socioeconômicas e demográficas dos indivíduos. Isso foi possível perceber pelo fato de a pesquisa ter sido realizada com funcionários de uma empresa, com diversos perfis, desde trabalhadores da produção até aqueles em cargo de diretoria.

Izabella Loscalzo faz questão de lembrar os benefícios que os peixes oferecem para a saúde humana, por conterem um conjunto de minerais e vitaminas essenciais, proteínas de melhor digestibilidade e baixo teor de gordura e colesterol, além de apresentarem uma composição graxa beneficiada, graças à presença de ácidos graxos essenciais polinsaturados. "Por estes e por muitos outros motivos, o consumo deve ser incentivado na população brasileira", conclui.

_______________________________________________________
Fonte: Jornal da Unicamp / Uol

A dactilógrafa


Amigo nosso, que sofre de sinceridade alcoólica, depois do terceiro contou aqui pra este pobre escravo do padrão ouro, que batuca esta intimorata Remington semiportátil enquanto o sol lá fora assovia coió pra gente, o que aconteceu no seu escritório, esta semana. E contou sem o menor remorso.

Deu-se que sua secretária, senhora respeitabilíssima, que era sua auxiliar direta há muitos anos, cometeu a temeridade de casar e largar o emprego, no momento em que a maioria das mulheres está largando o marido pra arranjar emprego. Mas a secretária quis, disse que ia e não houve jeito. Ou melhor, o jeito foi botar um anúncio no jornal, na base do "precisa-se de secretária".

Diz o amigo que essa coisa de existir muita gente procurando emprego é bafo de boca, porque somente depois do quinto dia é que apareceram duas candidatas. Apareceram quase ao mesmo tempo, explicaram por que vinham e ficaram sentadinhas na sala de espera, aguardando a vez.

Diz ainda o amigo que, lá de dentro, sem ser visto, ele examinou bem as duas, principalmente a segunda. A primeira, segundo sua descrição, era dessas magras e de óculos, que sofrem de utilidade, sabem fazer tudo, têm pele ruim e cara de quem nunca tirou menos de 10 no colégio. Pela pinta, segundo sua própria expressão, era uma mulher invicta.

A segunda... Bem, a segunda tinha aquela cor de pele que a gente mandaria pintar no carro, se assim pudesse ser feito. Tinha olhar 45, corpo que é a forma universal e aquele ar inocente das que nunca foram inocentes.

A primeira era estenógrafa, arquivista, falava inglês, francês e espanhol. Era dactilógrafa, taquígrafa e tinha cursos de um modo geral. Mas ele não quis saber nada disso. Quando ela entrou na sala limitou-se a dizer que a vaga — infelizmente — já estava preenchida.

Então, depois que a bruxa foi embora, mandou entrar a certinha que, num bambolear ameno e compassado, entrou, sentou numa cadeira próxima e deixou um joelho de fora, ao cruzar as pernas. Ele pigarreou e explicou que a vaga era dela.

A moça agradeceu muito e foi obrigada a confessar que aquele era o seu primeiro emprego, que não tinha experiência nenhuma. E, ante a decisão dele, murmurou aveludadamente que só batia a máquina de escrever com dois dedos. Mesmo assim ficou no emprego.

Quando terminou de contar, perguntamos o que dissera, quando a boa confessou que só batia a máquina com dois dedos.

— Eu perguntei pra ela assim: Pra que tanto dedo, minha filha? E fomos tomar um lanche.

__________________________________________________________________________ 
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

Ferro em Ferros


Sim, companheiros: ferro em Ferros! Aqui essa a notícia, retirada do jornal tal qual foi publicada: "As moças da cidade de Ferros (MG), situada no coração de uma das zonas mais ricas de minério de Minas Gerais, iniciaram uma greve: a greve do flerte, que consiste em não aceitar como namorados, no período de férias, os rapazes que as trocam, durante o ano letivo, pelas estudantes que vêm de fora.

A greve das moças de Ferros (cidade atualmente com 20 mil habitantes) consiste em não aceitar convites para festas, cinemas ou passeios no jardim (fora o mais importante, naturalmente; e, naturalmente, o parêntesis é por nossa conta), em represália ao fato de os rapazes da localidade trocarem-nas sistematicamente, de abril a novembro, pela moças que se matriculam na Escola Normal da cidade."

Taí no que dá os ferristas (ou será ferrenhos, ou mesmo ferreiros, Osvaldo? Verifica aí) gostarem de novidades. Podiam maneirar com as mocinhas locais. Mas não: chegam as normalistas, mocinhas de fora e — portanto — mais propensas à confraternização, e eles aderem, deixando as beldades locais no frigorífico, até as férias. Agora as ferristas, sem a concorrência das condescendentes rivais, endureceram o jogo, feridas que estão no seu amor-próprio pelo desprezo que dura todo o ano letivo.

Resultado: os rapazes de Ferros vão ficar numa abstinência bárbara de mulher: de janeiro a março. Três meses sem mulher, companheiros. Será que eles aguentam  Se fosse conosco estávamos mais jururu que um galo de terreiro olhando o cercado das frangas.

Mas foi bem-feito. Quem mandou ferirem o amor-próprio das moças de Ferros? Vocês desculpem, sim? Mas era inevitável.

Está na cara que Primo Altamirando, quando leu a notícia no jornal, trocadilhou inexorável: "Quem em Ferros fere, em Ferros será ferido."

__________________________________________________________________________ 
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

Colchão de vaca


Você aí, sabia que vaca tem um sentimento cheio de sutilidades? Agora, sente o drama, vá. Vaca também gosta de boa vida, de ser bem tratada, merecer o seu elogiozinho, como qualquer pessoa vaidosa ou precisada do chamado calor humano.

Claro que, no caso da vaca, melhor seria dizer calor bovino.

Mas não se aplica a expressão. Nada se aplica porque vaca gosta de calor bovino (aliás ela deve gostar mais de calor taurino do que de calor bovino) mas é muito exigente também em relação ao calor humano. Quem disse isso não foi Freud, no seu substancioso manual. Quem disse foram os discípulos atuais do Segismundo...

Como, minha senhora? Se o primeiro nome de Freud era Segismundo?

E era, não somente o seu primeiro nome como também o seu primeiro complexo. — Mas — prosseguindo — psicanalistas modernos descobriram que vaca é um bicho muito sutil e muito vaidoso, sendo que este segundo sentimento qualquer um manja: basta reparar no rebolado pretensioso de todas as vacas, quando caminham. Quanto à sutileza das vacas, foram estudos mais apurados que levaram os psicanalistas à certeza de que vaca bem tratada é mais gentil. A gente tem que puxar saco de vaca, para ela dar mais leite.

Antigamente pensava-se que, para vaca dar leite, bastava puxar suas tetas (lá dela), mas agora já se sabe que também é preciso puxar saco. Diz o criador holandês Van Diesen, num livro sobre pecuária: "Aquele que criar suas vacas em desconforto terá prejuízo. A vaca melhora sempre sua produção de leite, quando cuidada com mais carinho e deferência."

E foi para aumentar a deferência para com as vacas que os pecuaristas europeus passaram a usar colchão de espuma de borracha nos estábulos. As vacas que dormem em colchão de espuma ficam muito mais pródigas do que as outras, às quais se dá um mísero catre de palhas secas para

 repousar. Os vendedores de colchões de espuma de borracha para vacas afirmam que os animais gostam e se acostumam de tal forma à nova Comodidade que, depois de certo tempo, passam a zelar pela limpeza dos seus leitos.

Enfim, o que eles querem dizer é que vaca tratada com boa educação também fica bem educada e, depois de um certo tempo, já não faz mais pipi na cama.

__________________________________________________________________________ 
Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

Alimentos que podem causar dor de cabeça


Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que mais de 90% das pessoas sofrem ou sofreram de cefaleia (dor de cabeça) em algum momento da vida. E as causas podem ser inúmeras, como estresse e falta de sono. O que poucas pessoas sabem é que a alimentação também é fator determinante para desencadear essas dores. 

As nutricionistas Juliana Lucena, da BioGourmet em São Paulo, e Joana Lucyk, da Clínica Saúde Ativa, em Brasília, explicam que a cefaleia pode ser causada por alguns tipos de substância presentes em diversos alimentos e, no caso de pessoas que sofrem de crises de enxaqueca, o ideal é que esses alimentos sejam evitados ao máximo na dieta.

"É aconselhável que as pessoas que sofrem de dores de cabeça façam um tratamento médico especializado para identificar a causa e tratar o sintoma da forma mais adequada possível", diz a nutricionista. Mas além de cuidados com a alimentação, também deve-se evitar períodos de jejum, que também acarreta cefaleia. Veja a seguir as substâncias e os alimentos que lideram o ranking de desencadeadores da dor de cabeça:

Aminas: as aminas estão presentes em alimentos como cerveja, queijos maturados, alimentos embutidos, molho à base de soja, repolho e chocolate. "Estas substâncias podem alterar o calibre dos vasos sanguíneos do cérebro, favorecendo, assim, a dor de cabeça", explica a nutricionista Joana Lucyk.

Cafeína: café, refrigerante, chá preto ou energético são ricos em cafeína. A dor de cabeça desencadeada por esta substância pode acontecer em duas situações: se combinada a alimentação com medicamentos que possuem cafeína em sua composição ou pela própria abstinência de cafeína. "As pessoas acostumadas a consumir uma determinada quantidade de café ou bebidas que contenham cafeína podem sofrer os efeitos da redução", aponta Joana.

Bebidas alcoólicas: bebidas como o vinho e a cerveja possuem substâncias chamadas histamina e tiramina, que desencadeiam a piora do quadro de dor de cabeça.

Lipídeos: os alimentos fontes de lipídeos e que são prejudiciais englobam a manteiga, margarina, frituras, doces, biscoitos recheados, carnes gordas, queijo amarelo, leite integral, requeijão e embutidos. "Esses alimentos possuem proteínas alergênicas, como a beta lactoglobulina e caseína, que podem causar a cefaleia", afirma a nutricionista da Clínica Saúde Ativa.

Frituras: elas são ricas nos ácidos graxos oléico e leonéico, substâncias que causam contração dos vasos sanguíneos cerebrais. As frituras também podem estar envolvidas no desencadeamento da cefaleia.

Aspartame: a nutricionista Juliana Lucena afirma que o aspartame metaboliza no organismo substâncias como a amina e a fenilalanina, tornando-se assim um dos principais vilões desencadeantes da dor de cabeça.

Nitratos e nitritos: presente nos embutidos (como salame e presunto), peixes em conserva, patês e caviar. As nutricionistas contam que essas substâncias também atuam em alguns casos como desencadeadores da dor de cabeça da mesma forma que as aminas. Elas alteram o calibre dos vasos sanguíneos do cérebro, favorecendo, assim, a cefaléia.

_____________________________________________________
Fonte: Minha Vida
Texto: Carolina Gonçalves

Desidratação crônica


A desidratação crônica é mais comum do que se imagina e a maioria das pessoas desconhecem essa doença.

Você anda sentindo muito cansaço, sonolência, dor de cabeça, dificuldade de concentração e fome excessiva? Sua pele anda sem viço e sente o corpo inchado. Pode estar sofrendo de um mal que a maioria das pessoas desconhece que tem: a desidratação crônica. Segundo estimativas, 75% das pessoas sofrem da doença no mundo.

O nosso corpo é composto por cerca de 75% de água, e ela é necessária para muitas das suas funções essenciais. Funciona como um meio de transporte para nutrientes e outros elementos. É essencial para a manutenção da estrutura das células, permitindo que proteínas e enzimas funcionem com mais eficiência.

Ao contrário do que se pode imaginar, a boca seca ou a sede não é o primeiro sinal de desidratação crónica. Quando o corpo manda este tipo de sinal é porque já está entrando em pane. Inclusive, é comum o cérebro mandar sinais de fome, quando na verdade o que o organismo sente é sede. A fome é uma forma de conseguir água para o corpo. O ideal é tomar oito copos de água por dia, e aumentar o número nos dias mais quentes ou quando se está doente. Isso não inclui refrigentes, chás e sucos.

_________________________________________________-
Fonte: Bem Star
Texto: Yasmin Barcellos

Sintomas da dengue e prevenção


Apesar de o alarde não ser tão grande como em outro anos, os casos de dengue aumentaram muito: até março, o Ministério da Saúde registrou mais de 714 mil casos, contra 190 mil notificados nos três primeiros meses do ano passado. Quanta diferença! Não há motivo para pânico, mas não custa nada lembrar os cuidados que se deve ter para fugir da doença.

Um dos fatores para esse aumento é que, neste ano, o vírus 4, menos comum, se espalhou. Atualmente, metade dos casos registrados é desse tipo. “A dengue é causada por quatro vírus diferentes. A maioria das pessoas já teve dengue do tipo 1, 2 ou 3, mesmo que não tenha percebido, e por isso parte da população já está imune a eles. Acontece que poucos tiveram a dengue 4 antes”, explica o infectologista Celso Granato.

Com o vírus novo, os casos de dengue hemorrágica também tendem a aumentar, porque essa complicação ocorre quando a pessoa já teve outro tipo da doença antes. Mesmo que o vírus seja diferente, a dengue 4 tem os mesmos sinais que a causada pelos outros vírus. “Os sintomas são febre alta que aparece de repente, acompanhada de dor de cabeça e no corpo. Quando a pessoa suspeita que está com dengue, deve procurar imediatamente uma unidade de saúde”, alerta Giovanini Coelho, do Ministério da Saúde. Cuide-se!

Boa notícia: menos mortes

Mesmo que o número de doentes tenha disparado, a quantidade de casos graves caiu. Neste ano, foram registrados 1.417, e, no mesmo período do ano passado, foram 1.488. Pode parecer uma redução pequena, mas, se você pensar que o número de doentes foi muito maior, isso significa que uma parte menor das pessoas que pegaram dengue teve complicações. O número de mortes também caiu, até março foram 117.

Cuidado especial com os idosos

Segundo o Ministério da Saúde, pessoas com mais de 60 anos correm um risco 12 vezes maior de morrer de dengue. Quatro em cada 10 mortes registradas neste ano foram de pacientes idosos. Então, atenção redobrada com eles!

Fique de olho nos sintomas clássicos

Eles podem indicar que você está com a doença. Na dúvida, procure um médico:

- Febre alta (de mais de 38°).

- Dor de cabeça forte (principalmente atrás dos olhos).

- Dor muscular.

- Não confunda com gripe ou resfriado: a dengue normalmente não apresenta sintomas como dor de garganta e espirros.

Como se prevenir

- Acabe com a água parada. Todo mundo sabe que água parada é um lugar ótimo para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. Cuidado com água parada nos vasos, pneus, lixo, caixa d’'água...

- Use repelente, principalmente nas partes da pele que ficam mais expostas, como braços e pernas, e reaplique a cada duas ou três horas.

- Mesmo com o calor, evite sair com o corpo muito exposto, principalmente no fim da tarde.

Sinais de perigo!

A maioria dos casos de dengue não tem complicações, mas, se você estiver com os sintomas clássicos e sentir também um dos sinais abaixo, vá a um pronto-socorro. Pode ser do tipo hemorrágico!

- Sangramentos: De qualquer tipo. Segundo Granato, se você está com os sintomas da dengue e sua gengiva sangrar, por exemplo, pode ser sinal de que há alguma complicação.

- Dores na barriga: Mas lembre-se: só se preocupe se estiver também com algum dos sintomas clássicos.

- Sonolência: É mais fácil alguém perceber isso. Fique ligada se um amigo disser que está te achando muito cansada.

____________________________________________________
Fonte: VIVA!MAIS / M de Mulher
Texto: Daniela Frabasile

Os mais contaminados por agrotóxicos


Todos sabem que frutas, legumes e vegetais em geral precisam receber produtos que combatem pragas no seu cultivo. O que muitos podem desconhecer são quais alimentos recebem as maiores quantidades de agrotóxicos, substâncias que chegam ao corpo quando ingerimos tais itens.

​O site The Huffington Post publicou a lista dos 12 alimentos mais contaminados nos Estados Unidos, examinados pela entidade sem fins lucrativos Environmental Working Group (EWG). A lista é conhecida como Dirty Dozen, algo como os 12 sujos.

A maçã lidera o ranking há nove anos seguidos. A lista é feita com a análise de 48 alimentos e, segundo a entidade, 67% deles ainda carregam pesticidas mesmo depois de lavados.

Segundo estudos, agrotóxicos estão associados a problemas de saúde, principalmente em crianças. Também podem ser carcinogênicos, bem como alterar a produção hormonal do organismo.

Confira a lista:

Maçãs
99% das amostras testadas demonstraram a presença de pelo menos um tipo de agrotóxico

Morangos
Trata-se do segundo alimento mais contaminado segundo análise de organização sem fins lucrativos

Uvas
As amostras verificadas pela Environmental Working Group (EWG) identificaram 15 tipos de substâncias tóxicas na fruta

Salsão
Foram identificados 13 diferentes tipos de agrotóxicos no alimento

Pêssegos
As frutas ficaram em quinto lugar entre os alimentos mais contaminados com pesticidas

Espinafre
Entre os vegetais, é o segundo mais contaminado segundo análise feita por entidade que verifica nível de agrotóxicos em alimentos

Pimentões
Foram encontrados resíduos de 15 pesticidas no alimento

Nectarinas
Em todas as amostras testadas da fruta foram identificados agrotóxicos

Pepinos
Ocupa o nono lugar na lista dos alimentos mais contaminados

Batatas
Segundo análise da Environmental Working Group (EWG), os alimentos também estão repletos de agrotóxicos

Tomates-cereja
Contém 13 tipos diferentes de pesticidas

Pimentas
Ocupam a 12ª posição entre os alimentos mais contaminados com agrotóxicos

___________________________________________________________
Fonte: Ponto a Ponto Ideias / Terra