terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sidney Bechet e sua petite fleur


Sidney Bechet (Sidney Joseph Bechet), clarinetista, saxofonista e compositor de jazz (jazz clássico e dixieland), nasceu em New Orleans, Louisiana, EUA, em 14/05/1897, e faleceu em Garches, Paris, França, em 14/05/1959.

Em 1919 ele foi o clarinetista solista da Southern Syncopated Orchestra, conduzida pelo compositor Will Marion Cook, que se recusou a usar a palavra "jazz", mas estava ansioso para ver Bechet no centro das atenções. O maestro suíço Ernest Ansermet, que em diversas ocasiões ouviu esta formação em Londres, escreveu sobre Bechet. "Ele não pode dizer nada sobre a sua arte, exceto que ele segue o seu próprio caminho... e talvez o caminho em que o mundo 'swingará' amanhã."

Músico prodígio, nascido em uma família crioula, tocou com vários conjuntos ("brass bands") de New Orleans. Foi morar Chicago no ano de 1917 para tocar com dois exilados famosos, o trompetista Freddie Keppard e pianista Tony Jackson. Acompanhou Cook, em Londres, onde ele descobre o saxofone soprano, um instrumento mais dominante do que o clarinete e com o qual ele pode facilmente produzir vibrato, que é sua marca.

Em 1919, viajou para a Europa com a Southern Syncopated Orchestra do diretor Will Marion Cook, onde além de tocar clarinete, executava em uma peça um pequeno acordeom. Suas apresentações em Londres interpretando o Characteristic Blues chamaram a atenção do diretor de orquestra Ernest Ansermet, que lhe dedicou elogios em um artigo publicado na revista "Revue Romande" na qual, segundo se afirma, foi a primeira crítica sobre um músico de jazz, onde afirmava que "Sidney Bechet é um gênio".

Regressando aos Estados Unidos em 1922, foi para Nova York, onde grava pela primeira vez em julho de 1923, com a Clarence Williams Blue Five as músicas "Wild Cat Blues" e "Kansas City Man Blues". Entre 1924 e 1925 realizou uma série de memoráveis gravações com Louis Armstrong, que também havia se juntado ao conjunto de Clarence Williams.

Integrou a orquestra Revue Négre, que acompanhou Josephine Baker a Paris em 1925, permanecendo na Europa até 1931, visitando diversos países e passando quase um ano em um cárcere francês em 1928, por ter se envolvido numa briga entre músicos. Depois desse "recesso" de 11 meses, seguiu percorrendo a Europa e retornou novamente para os EUA, para participar brevemente na orquestra de Noble Sissle, e logo em 1932 formar junto ao trompetista Tommy Ladnier um grupo chamado The New Orleans Feetwarmers.

Entre 1934 e 1938 se une novamente a Noble Sissle, em cuja orquestra vai adquirindo paulatinamente uma participação crescente como solista (por ex. "Polka Dog Rag", 1934).

De 1938 em diante, empreende uma carreira como líder de bandas diversas, na corrente revival do jazz de Nova Orleans, tocando e gravando em diferentes cidades, produzindo abundante material onde seu saxofone-soprano fazia às vezes de voz.

Em 1939 realiza uma série de gravações para a recém criada gravadora Blue Note, de Alfred Lion, entre as quais se sobressai uma excelente e inovadora versão instrumental do clássico de George Gershwin "Summertime".

Em 1941 realiza uma experiência inédita para a época: uma sessão em que ele interpreta seis instrumentos (clarinete, saxofone-soprano, saxofone-tenor, piano, contrabaixo e bateria), que são gravados um sobre a pista do outro, para constituir a "Sidney Bechet's one man band", a primeira tentativa de gravação de um só músico que se tenha notícia.

Em 1949 viaja a França para participar do Festival de Jazz de Paris, em Salle Pleyel. Suas interpretações cativam o grande público e no ano seguinte volta para Paris e se estabelece nessa cidade definitivamente, transformando-se em uma celebridade do movimento de jazz tradicional francês, integrando-se aos clarinetistas Claude Luter e André Reweliotty.

Em 1951 se casa com Elisabeth Ziegler (com quem teve uma relação em Berlim na década de 1920), em uma cerimônia apoteótica que teve lugar na vila de Juan-Les-Pins. Nesse ano compôs um de seus maiores sucessos, "Petite Fleur" (Pequena Flor).

Em 1954 nasce seu único filho, Daniel, e depois de quase 10 anos de residência permanente na França, com turnês e apresentações por toda Europa, vários discos de ouro e outros sucessos, adoece de câncer do pulmão no final de 1958, falecendo em Paris, em 14 de maio de 1959, no mesmo dia em que completava 62 anos.

Discografia

The Legendary Sidney Bechet, RCA Bluebird
Sidney Bechet in New York, JSP (com Louis Armstrong).
The King Jazz Story Vol.4, Storyville (com Cousin Joe)
Jazz Classics Vol.1, Blue Note (com Bunk Johnson, Albert Nicholas).
El Doudou, Vogue, 1956 (com Albert Langue).

Fonte: Wikipédia.

Carol Lynley

Carol Lynley (Carol Anne Jones), atriz e ex-modelo infantil, também conhecida como "Carolyn Lee", nasceu em Manhattan, Nova York, EUA, em 13 de fevereiro de 1942.

Iniciou sua carreira como modelo infantil com o nome artístico de Carolyn Lee em anúncios publicitários. Depois de aparecer na capa da revista Life em abril de 1957, aos 15 anos, descobriu que outra atriz já havia registrado esse nome, de modo que modificou seu nome artístico para Carol Lynley.    

Estreou aos 16 anos no filme "The Light In The Forest" (1958), dirigida por Herschel Daugherty. Nesta película já aparece nos créditos como Carol Lynley. Em 1959, foi indicada para o Globo de Ouro em "Most Promising Newcomer – Female"

Conheceu certa popularidade entre os finais dos anos 1950 e toda a década dos anos 1960 graças ao seu desempenho em filmes como "Blue Denim" (1959) de Philip Dunne, "Hound-Dog Man" (1959) de Don Siegel, "Holiday for Lovers" (1959) de Henry Levin, "The Last Sunset" (1961) de Robert Aldrich, "Return to Peyton Place" (1961) de José Ferrer, "Under the Yum Yum Tree" (1963) de David Swift, "The Cardinal" (1963) de Otto Preminger, "Bunny Lake Is Missing" (1965), também de Preminger, e o filme biográfico "Harlow" (1965) sobre Jean Harlow, dirigido por Alex Segal.

Lynley também trabalhou em séries na TV como "Kolchak: The Night Stalker" e "Ilha da Fantasia", "The Big Valley", "Mannix", "It Takes a Thief", "Night Gallery", "The Invaders", "Kojak", "Hawaii Five-O" e "Charlie's Angels".

Casou-se em 1960 com o publicitário Michael Selsman, porém se divorciou quatro anos mais tarde (o casal teve uma filha chamada Jill em 1962) e posou nua para a edição de março de 1965 da revista Playboy.  Sua vida amorosa esteve envolvida em nomes como Red Buttons, Stuart Withman, Bud Cort, James Earl Jones e Oliver Reed, mas seu namorado mais famoso foi David Frost, com quem esteve quase vinte anos.

Em 2006, apareceu em um filme de 30 minutos, co-escrito e dirigido por Sage Stallone, filho de Sylvester Stallone. Seu filme mais conhecido já em sua derradeira fase foi "The Poseidon Adventure" (1972) de Ronald Neame e Irwin Allen.

Fonte: Wikipédia.