terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sua câmera foi roubada?

Uma câmera que me foi furtada em 2009.
Uma reportagem da BBC,  de dezembro/2011 (matéria antiga, porém interessante), informa que já é possível encontrar as câmeras fotográficas digitais perdidas ou roubadas, mesmo que estejam a milhares de quilômetros de distância. 

Vamos explicar: "É que a grande maioria delas registra um código "embedado" nas fotos. Esse código, conhecido como EXIF data, traz informações como marca, modelo e número de série da máquina. Basta a pessoa que achou, roubou, ou comprou a máquina, publicar na internet uma foto que foi tirada pela câmera".

Dois sites, o stolencamerafinder, que é britânico, e o CameraTrace, que é americano, são capazes de rastrear as fotos postadas em sites como Facebook ou Flickr, por exemploe chegar ao local onde está a máquina. Aí o cliente recebe os detalhes e pode acionar a polícia.

Foi assim que o fotógrafo americano John Heller, da Getty Images, conseguiu recuperar um ano depois seu equipamento digital, avaliado em US$ 9 mil, roubado em um centro cultural em Hollywood, em 2010. Um outro fotógrafo profissional, que tinha comprado a máquina no eBay, sem saber que era roubada, publicou as imagens e foi localizado.

Também já houve um caso de máquina recuperada na Austrália. Aqui na "terrinha brasilis" deve ser mais difícil, né?

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Fonte: BBC

O poliglota

Vocês desculpem, mas nós num güenta! Nós num güenta e é preciso desabafar, inscrevendo mais uma vez aqui aquela frase que a posteridade já reclama com folgada antecedência: "Ah, Ibrahim, Ibrahim... se não fosse você, o que seria de mim?" Vocês leram o que escreveu o rapaz? Não leram? Aí é que está. Ficam perdendo tempo a ler Gide, Rilke e outros debilóides, depois perdem as maiores jóias literárias do famoso escritor líbano-carioca.

Imaginem vocês que Ibrahim — agora em viagem pela Europa, para desmentir definitivamente a máxima "quem viaja aprende" — vem de publicar uma notinha das mais importantes.

Diz o mestre de Jeff Thomas, o inspirador de Pouchard, que andou conversando com o Duque de Windsor. Para castigar um pouco de modéstia no seu escrito, o famoso "dramaturco" explicou que não conversou em português, o que, aliás, deve ser verdade, pois o Duque fala um pouquinho de português, mas Ibrahim não. A conversa foi num misto de espanhol, inglês e francês.

Quem conta é o próprio Ibrahim: usando um pouco do meu modesto espanhol, do meu inglês e do meu francês, consegui explicar ao Duque de Windsor o que é Brasília. Vejam vocês que pretensão! Explicar a um inglês o que é ponto facultativo já é um negócio considerado impossível pelos brasileiros que dominam perfeitamente o idioma de Henry Wadsworth Longfellow, quanto mais explicar em mau inglês, mau francês e mau espanhol o que vem a ser Brasília.

Brasília, como explicar Brasília a um inglês? Mesmo um inglês que saiba o português direitinho? É tarefa mais árdua do que marcar o Garrincha com um calo no dedão (no dedão do marcador e não do Garrincha, of course). Como é que o Ibrahim, incapaz de entender-se com qualquer plebeu, em qualquer língua, pôde explicar ao nobre e sofisticado Duque de Windsor o que é Brasília?

Dizem nossos olheiros especializados que estiveram apreciando a conversa dos dois, que ambos pareciam índios de fita em série, cada um soltando sons guturais para o outro, numa troca estranha de sons ininteligíveis, onde só se compreendia a palavra Brasília. Houve um momento em que Ibrahim afirmou:

— Brasília es la ville brésilienne who está the capital of Brazil.

O Duque de Windsor arregalou os olhos e não agüentou. Virou-se para a Duquesa que estava ao seu lado e afirmou:

— I’ll be a circus monkey if this cocoroca is not the famous Ibrahim Sued.

__________________________________________________________________________ Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

O caso do tatu

Era um tatu. Nada mais que um tatu, bichinho que rivaliza com a Prefeitura na arte de esburacar. Um tatu — segundo a ciência — é nome comum a diversas espécies de mamíferos da família dos Dasipodídeos — mas este de que falamos, embora dasipodídeo, não tinha família.

Fora adotado pelo cavalheiro de calça cinzenta e unhas idem, cara de debilóide e camisa de meia, com as tradicionais cores do Flamengo. Aliás, diga-se a bem da verdade, não podíamos saber se ele era torcedor dos rubro-negros. O fato de envergar a camisa do Flamengo não quer dizer que o camarada seja rubro-negro, conforme cansou de provar o beque Tomires, em furadas comprometedoras para o clube da Gávea, quando era titular do time.

Mas — dizíamos — era um tatu. O dono do tatu usava-o para chamar a atenção sobre si mesmo. Assim como Luz Del Fuego usa cobra, Barreto Pinto usa cueca e Salvador Dali usa bigode, o camarada usava o tatu para se fazer notado.

Aos poucos foi chegando gente. Primeiro um garoto com uniforme de estafeta. Parou e perguntou que bicho era. Era tatu... Depois uma mulata gorda, que vinha em companhia de uma branquinha (mais de inanição que de raça). As duas pararam também e ficaram olhando o tatu. Só o tatu é que não dava bola pra ninguém. Talvez não fosse um tatu-bola. O grupo, pouco depois, já era bem seleto.

Havia mais dois estafetas, um sujeito com pinta de contínuo de escritório, diversas senhoras de variadas camadas sociais, dois ou três senhores de pasta, outros tantos sem pasta, uma mulatinha que fazia quase tanto sucesso quanto o tatu (dadas as suas harmoniosas linhas) e mais gente de somenos.

O tatu fuçava a calçada um pouco humilhado, talvez por perceber que calçada não é coisa que tatu possa esburacar. A Prefeitura tem exclusividade. Ia e vinha num raio de dois metros e tanto, restringido pela cordinha que o camarada de camisa do Flamengo prendera no seu rabo.

— Que bicho é este? — perguntou a mulata que fazia sucesso.

Cinco ou seis que estavam de olho nela responderam pressurosos:

— Tatu.

Ela fez um "ahhh" de espanto e coqueteria que lhe ficou muito bem. Um moleque tentou cotucar o tatu com a ponta de uma vara. O dono estrilou. Não seria um estrilo convicto se não recebesse a adesão da mulata gorda que se fazia acompanhar da branquinha esquelética.

— Falta de religião. Cotucar o tatu.

Alguns aprovaram. Outros resolveram ficar contra o dono. Por que um tatu na esquina da Avenida Rio Branco com Visconde de Inhaúma? O bichinho podia morrer. Quem sabe não comia há horas? As hipóteses cresciam, enquanto crescia o movimento pró-tatu. Quando maior era o grupo, mais numeroso o contingente de curiosos, o dono do tatu puxou-o pela cordinha, agarrou-o e o colocou dentro de uma gaiola. O tatu não se chateou; ao contrário da mulata gorda, líder tatuísta no local.

Sem dar atenção a ela o dono do tatu armou uma mesinha precária na calçada, colocou sobre ela estranhos vidrinhos e diversos pedacinhos de uma coisa indefinida e que depois ficou esclarecido que eram calos. Pigarreou e meteu lá:

— Senhoras e senhores, nenhum de nós está livre de possuir um calo. É por isso que eu lhes apresento este maravilhoso preparado que é o maior inimigo das calosidades, mesmo as mais renitentes.

O grupo foi se desfazendo, o dono do tatu ficou falando sozinho. O senhor de pasta que saiu caminhando à nossa frente ia meio capengando. Devia ter calo e, no entanto, perdera a excelente oportunidade de comprar o "maravilhoso preparado que é o maior inimigo das calosidades".

__________________________________________________________________________ Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

Jacó na suruba

Um judeu foi a uma suruba. Transou com várias mulheres, de todas as maneiras. No troca-troca, se misturou com alguns homens e acabou penetrado por um deles.

No dia seguinte, começa a ter agudos e constantes remorsos do bacanal e vai até a Sinagoga para se confessar com o rabino e assim obter o perdão. Começa a explicar sua noite de orgia

- Tomei álcool, tive sexo com mulheres e ao final fui possuído por um homem.

O rabino diz que é extremamente grave e que se quer ser perdoado deve voltar no dia seguinte com R$ 15.000,00 para a sinagoga. Sai feliz por ter achado a solução, mas bem incomodado com o monte de grana que terá que doar.

Em seu caminho, passa por uma Igreja Católica. Reflete que apesar de não ser católico, talvez possa obter uma absolvição mais em conta. Entra e fala com o padre:

- Noite de suruba... bebidas... fiz sexo com várias mulheres e fui enrabado por um cara.

O padre diz que não se preocupe, que isso acontece, e que mesmo não sendo católico pode ter o perdão de Deus, e que deve doar R$ 8.500,00.

O judeu sai mais aliviado por ter conseguido um desconto no preço do pecado. Mesmo assim, é muita grana.

Caminha mais um pouco e passa na frente de uma de uma Mesquita e, claro, fica tentado em ver quanto que eles cobrariam. Entra na mesquita, procura o Iman e conta-lhe que apesar de não ser mulçumano, está ali na mesquita porque teve uma noite de orgia... bebeu muito, transou com várias mulheres e acabou enrabado...

O Iman o escuta atentamente e lhe diz que para obter o perdão volte no dia seguinte com refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, bolos, doces e outras guloseimas.

O judeu se surpreende e se alegra por ter que cumprir sua penitência por tão pouco e então pergunta ao Iman:

- É tudo que tenho que fazer? O senhor tem certeza de que o que está me pedindo é tudo?

O Iman responde:

- Absolutamente! É isso mesmo! Com a gente é assim. Cada vez que um judeu toma no cu, nós fazemos uma festinha!

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Fonte: E-mail recebido nesta semana.