terça-feira, 5 de março de 2013

Formas de contaminação por comida em viagens

Para muitas pessoas, comer é uma das melhores partes de uma viagem. Mas muitas vezes estamos expostos a doenças, especialmente em lugares onde a comida e a água podem estar contaminadas por bactérias, parasitas e vírus. O site do Huffington Post listou 7 itens a serem evitados durante viagens. Confira e aproveite seu passeio.  

1. Água de torneira

Água contaminada é uma das principais causas mundiais de doenças. Diarreia, rotavírus e cólera são alguns dos problemas que podem ser transmitidos pela água e pela comida, contaminados por fezes animais e humanas. Este tipo de contaminação é particularmente comum em regiões com higiene e saneamento precário.

O que fazer:  quando estiver em dúvida, prefira água engarrafada, sucos de garrafa, refrigerante em lata, cerveja, vinho, chá ou café feito com água fervida. Mesmo o gelo derretido nas latas e garrafas podem estar contaminados, por isso, lembre-se sempre de limpar antes de consumir. Evite escovar os dentes com água da torneira também.

2. Os riscos do gelo

O gelo carrega os mesmos riscos que a água de torneira – em lugares que se desconfia das condições de higiene, o gelo deve ser consumido apenas quando foi feito com água de garrafa, fervida ou tratada.

O que fazer: a menos que você tenha como verificar se o gelo foi feito com água limpa, opte por bebidas já refrigeradas, como sucos ou refrigerantes enlatados.

3. Moscas

Ao voar e posar em alimentos, as moscas contaminam de várias maneira. Primeiro, porque carregam vestígios de todos os lugares que pousaram anteriormente, incluindo fezes e lixo podre. Elas também depositam o próprio material fecal por onde passam.

O que fazer: comida preparada, exposta em buffets ou em carrinhos na rua, está mais propensa às moscas. Por isso, vale fazer uma vistoria no local para ver se as moscas estão muito presentes. Se sim, considere comer em um lugar fechado e mais protegido.

4. Mãos limpas

Ter as mãos limpas é uma das mais efetivas formas de prevenir muitas doenças, mas em alguns lugares isso ainda não é uma prática entre as pessoas que servem ou preparam refeições. Muitos países investem em campanhas de higiene, mas adotar novos hábitos requer tempo.

O que fazer: procure por lugares onde as pessoas que estão tocando sua comida estejam com as mãos limpas. Se você  não consegue confirmar isso, procure por outros sinais de higiene como sabonete no banheiros e atendentes usando uniformes limpos. E não se esqueça de lavar as suas próprias mãos com regularidade.

5. Alimentos quentes

Bactérias transmitidas por alimentos se multiplicam rapidamente em alimentos frios não mantidos abaixo de 4 graus, alimentos cozidos não mantidos acima de 60 graus. Por isso, se a comida que você está comendo deveria ser quente, certifique-se que realmente está quente.

O que fazer: procure estabelecimentos que fazem comida mediante pedido, e certifique-se que, ao chegar à mesa, o alimento está bem quente.

6. Alerta do sol

Controlar a temperatura certa do alimento é a chave para se comer com segurança. Quando a comida não é mantida quente ou fria devem ser ingeridos em um período máximo de duas horas para o consumo seguro. Este tempo é ainda menor quando está muito calor. A comida deixada sob a luz do sol fica ainda mais quente.

O que fazer: fique longe da comida deixada no sol. As estimativas mostram que mais de 200 doenças podem ser espalhadas por meio dos alimentos, e o calor acelera o crescimento de bactérias. Cuidado com os piqueniques, com a comida de rua, e em situações em que o alimento é exposta ao calor da luz solar direta.

7. Alimentos crus

Frutas e vegetais fazem bem para a saúde, mas em lugares onde a água não é boa para beber, é melhor evitar alimentos crus. Muitos deles podem ter sido lavados com água contaminada. Enquanto o processo de cozinhar o alimento mata os agentes patogênicos, ingredientes para salada ou frutas e vegetais crus não são muito seguros.

O que fazer: em locais onde a água não é segura para beber, respeite esta regra: ferva, descasque e cozinhe. Evite saladas e outros frutos e vegetais crus, exceto as que podem ser descascadas (e que não são, em seguida, expostos a água da torneira), uma vez que a casca protege contra a contaminação.

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Fonte: Terra

Conjuntivite aumenta no verão


Olhos vermelhos, irritação e ardência. Estes são os sintomas mais comuns para quem está com conjuntivite. A inflamação, que ocorre na conjuntiva (membrana que envolve o globo ocular e a parte interna das pálpebras), é bastante frequente no verão.

"O verão é a época do ano em que as pessoas estão mais ao ar livre, em contato com outras, e mergulhando em praias e piscinas contaminadas, que são formas importantes de transmissão", explica o médico Marco Antonio Alves, chefe do setor de córnea do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, ressaltando que, para ser infectado, é necessário o contato com o vírus, seja pela secreção ou por pertences pessoais de quem já está infectado, tais como óculos, maquiagem e toalha.

"O contágio pelo ar, quando a pessoa infectada está no mesmo ambiente, é muito difícil, mas pode acontecer em algumas situações", completa.

No caso da conjuntivite viral, que é a mais comum nesta época do ano, o calor e a umidade favorecem a disseminação do vírus, podendo causar uma epidemia, principalmente em locais com grandes aglomerações. É altamente contagiosa.

Outros sintomas comuns são sensação de corpo estranho (areia nos olhos), fotofobia (sensibilidade à luz), lacrimejamento, coceira e secreção ao redor dos olhos. "A secreção varia de acordo com a causa. No caso das conjuntivites bacterianas, o paciente amanhece com os olhos grudados, com secreção mucopurulenta (que contém muco e pus). Na viral, ela é mais clara", explica o médico.

Tratamento
Após sentir qualquer um dos sintomas acima e fazer o diagnóstico com um oftalmologista, será preciso paciência até a inflamação passar. "A maioria cura sozinha, apesar de serem necessários alguns cuidados", afirma a médica Rachel Rodrigues Gomes, da clínica Cerpo (SP).

O incômodo pode durar de sete a 14 dias, dependendo da infecção e do vírus ou bactéria causadora. "A viral pode durar até dez dias. Já a bacteriana aguda, até 14", explica Rachel.

Em caso de conjuntivite bacteriana, o tratamento é feito com colírio antibiótico, prescrito pelo médico, que fará exames para identificar qual é o tipo de bactéria e qual é o tratamento adequado. Não é recomendado usar colírios por conta própria, pois podem piorar a infecção.

Para os demais casos, os cuidados são:

- Não coçar os olhos;
- Lavar frequentemente as mãos;
- Evitar o compartilhamento de toalhas, travesseiros e objetos pessoais, como maquiagens e óculos;
- Evitar ambientes com muitas pessoas;
- Fazer compressas com água fria e filtrada, mantendo os olhos limpos.

Se não tratada corretamente, a conjuntivite pode deixar sequelas, como cicatrizes no olho e na córnea e infecções intraoculares.

Mitos e práticas caseiras
A médica Rachel Rodrigues Gomes esclareceu algumas dúvidas e mitos sobre a conjuntivite. Confira:

Quais são os principais mitos no tratamento da conjuntivite, tanto viral como bacteriana?
Rachel Gomes - Algumas pessoas acreditam que o leite materno (usado como colírio) pode curar a conjuntivite, o que é um mito e contraindicado.

A limpeza do olho deve ser feita apenas com água quando é detectada a conjuntivite?
A limpeza deve ser feita apenas com água filtrada ou mineral. É contraindicado o uso de água boricada, soro fisiológico ou chás.

Usar óculos escuros ajuda a evitar o contágio e alivia os sintomas?
Os óculos escuros diminuem o incômodo à luz, que pode acontecer. Mas eles não impedem a transmissão da doença.

Como tratar uma criança com conjuntivite?
O tratamento deve ser prescrito por um oftalmologista, independente da idade da criança. Apenas o especialista pode diagnosticar e tratar as conjuntivites.

Esfregar aliança no olho resolve?
Não, isso é um mito.

Usar colírio resolve? Ajuda a evitar ou a melhorar os sintomas?
Os colírios devem ser prescritos por oftalmologistas. Existem diversos tipos de colírios e o uso indiscriminado de algumas substâncias pode causar problemas. Em caso de suspeita de conjuntivite, procure imediatamente um médico.

Usar lentes de contato fica proibido quando há a infecção?
Sim. As lentes de contato não devem ser utilizadas durante a conjuntivite.

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Fonte: Uol
Texto: Priscila Tieppo

A papagaia

Era uma vez uma papagaia... ou antes, era uma vez uma senhora que vivia sozinha, era muito católica e não tinha bicho nenhum em casa. Como era uma senhora solteirona, ficava até um pouco puxado para o tarado o fato dela não se dedicar a um bicho. É aqui que entra a papagaia.

Um dia a senhora solteirona sem nenhum bicho em casa foi visitar uma família conhecida. Chegou lá, viu uma papagaia num poleiro, cantarolando. "Que bonito papagaio" — ela disse. "Não é papagaio. É papagaia" — disseram para a senhora.

E, como tivesse se interessado muito, a família ofereceu a papagaia a ela. Tá na cara que a senhora solteirona sem nenhum bicho em casa adorou o oferecimento e carregou a papagaia para casa.

Mas aí é que foi chato. A papagaia era levadíssima. Mal chegou à sua nova casa, começou a dizer palavrões homéricos, a citar trechos completos da última peça do Nelson Rodrigues, a recitar o diálogo de "La Dolce Vita" e a dizer coisas horríveis sobre seus desejos incontidos.

A senhora ficou horrorizada e já ia mandar a papagaia embora quando chegou um vizinho para visitar. Soube do drama e disse: "Não há de ser nada. Eu tenho lá em casa dois papagaios comportadíssimos. Tão comportados que passam o dia rezando. Eu boto a papagaia perto dos dois e pode ser que ela se manque e fique igual a eles." A senhora agradeceu muito e a papagaia foi.

O vizinho colocou a papagaia num poleiro entre os dois papagaios. Assim que ela se viu na parede, começou a engrossar outra vez. Foi aí que um dos papagaios abriu um olho e ficou observando. Quando ficou convencido de que a papagaia era mesmo da pá virada, catucou o outro que continuava rezando e disse:

— Pare de rezar, companheiro, que, ou muito me engano, ou nossas preces acabam de ser atendidas.

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Fonte: Tia Zulmira e Eu - Stanislaw Ponte Preta - 6.ª edição - Ilustrado por Jaguar - EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA S.A.

O direito das lagartixas

A Justiça de Santa Catarina condenou uma empresa de importação a pagar R$ 664 de indenização por danos materiais a uma moradora de Florianópolis que teve o ar-condicionado queimado após uma lagartixa entrar no compartimento do motor do aparelho. A decisão da 1ª Turma de Recursos da Capital, porém, chamou atenção pela argumentação "inusitada", ao reconhecer o direito da lagartixa de circular pelas paredes externas da casa.

A empresa recusava-se a arcar com os custos do reparo do equipamento, sob o argumento de que a culpa era do consumidor que, por descuido, havia permitido a entrada da lagartixa no aparelho, o que provocou não só a queima do motor, como a morte do animal.

Em primeira instância, a Justiça já havia condenado a empresa, que recorreu da sentença. A 1ª Turma de Recursos, porém, rechaçou os argumentos da defesa. "É, portanto, indiscutido nos autos que a culpa foi da lagartixa, afinal, sempre se há de encontrar um culpado", ironiza a sentença.

"Uma lagartixa tem todo o direito de circular pelas paredes externas das casas à cata de mosquitos e outros pequenos insetos que constituem sua dieta alimentar" (1ª Turma de Recursos da Capital).

"Uma lagartixa tem todo o direito de circular pelas paredes externas das casas à cata de mosquitos e outros pequenos insetos que constituem sua dieta alimentar. Todo mundo sabe disso e certamente também os engenheiros que projetam esses motores, que sabidamente se instalam do lado de fora da residência, área que legitimamente pertence às lagartixas", prossegue o texto do relator do recurso, magistrado Alexandre Morais da Rosa. "Neste particular, tem toda a razão o autor, se a ré não se preocupou em lacrar o motor externo do split, agiu evidentemente com culpa, pois era só o que faltava exigir que o autor ficasse caçando lagartixas pelas paredes de fora ao invés de se refrescar no interior de sua casa", conclui.

"Era só o que faltava exigir que o autor ficasse caçando lagartixas pelas paredes de fora ao invés de se refrescar no interior de sua casa" (1ª Turma de Recursos da Capital).

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Fonte: Terra.